Cidades

Santo Casamenteiro

Após a trezena de Santo Antônio, devota encontra aliança e forma família

A jornalista serviu na igreja, conheceu o esposo na festa de Santo Antônio e, agora, ajuda a produzir o bolo da festa do santo casamenteiro e padroeiro de Campo Grande

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A jornalista Deise Helena Vieira Buainain está entre os 100 devotos do santo casamenteiro que estão fazendo o disputado bolo em que alguns encontram uma aliança, que simboliza a fé na formação de uma família.

Helena contou ao Correio do Estado que tudo começou quando fez um retiro na igreja, decidiu se aproximar de Deus e começou a servir na Paróquia de Santo Antônio.

“Comecei a servir, a ajudar nas missas no que fosse necessário. Logo veio a festa de Santo Antônio, e me chamaram para fazer a trezena, que são os treze dias de oração em que a gente pede uma graça para Santo Antônio”, contou Deise.

Essa foi a primeira vez que ela ou treze dias rezando. É recomendado ao fiel que faça um pedido, no  caso, ela sentiu, no coração, a necessidade de pedir um companheiro, um namorado, que fosse da “vontade de Deus”.

“Já fazia muito tempo que eu estava solteira e não tinha tido mais namoros longos, namoros sérios. Eu queria uma coisa nova, diferente. Queria que fosse abençoado mesmo. Não pedi um marido, pedi uma pessoa.”

No 13º dia da trezena, que finaliza exatamente na celebração de Santo Antônio, durante a festa do padroeiro, Deise conheceu, em 2019, aquele que hoje é seu atual marido, por meio de amigos.

A amizade nasceu e eles iniciaram o namoro. Inclusive, ele relatou à esposa que vinha pedindo a Deus uma pessoa da igreja com quem pudesse ter um relacionamento tranquilo, embora ainda parecesse muito cedo para um casamento.

“A gente estava se conhecendo. Então, tive a primeira graça concedida por Santo Antônio, que foi conhecer uma pessoa que também fosse da igreja, mais tranquila, que me trouxesse paz.”

Servos de Deus


O namoro prosseguiu, o casal continuou servindo na igreja, indo a acampamentos, o que a jornalista considera como um relacionamento que nasceu na igreja e foi abençoado por Santo Antônio.

Após três anos de namoro, ela relatou que “sentiram o chamado do matrimônio”.

“Nesse tempo servindo na paróquia, sempre comprava o bolo. E eu já tinha achado a aliança algumas vezes, então já estava na expectativa”, comemorou.

Com a graça do matrimônio, desta vez Deise está do outro lado: participa ajudando a fazer o bolo e acompanha com entusiasmo a devoção das pessoas pelo santo casamenteiro, e também pelas bênçãos.

“Muitas pessoas compram o bolo para toda a família, para levar bênçãos para as casas, para os matrimônios. Afinal, o Santo Antônio é o protetor dos casamentos. Falam ‘santo casamenteiro’, mas, na verdade, ele é protetor dos matrimônios também, e eu sinto muito isso.”

Desde sua entrega como serva de Deus na comunidade, já são treze anos de casamento, quinze de namoro e a formação de uma família com três filhos: Antônia, de 11 anos; Roger Filho, de 9; e o caçula, Luiz Assef, de 5 anos.

“O casamento e o matrimônio são aquele ‘sim’ que você dá todos os dias. Então, sempre que há alguma tribulação, Santo Antônio vem como uma luz, um sinal de que a gente precisa perseverar e permanecer. Santo Antônio está presente na nossa trajetória de maneira muito intensa.”

Imagem Divulgação

Está buscando casamento?


A mensagem da jornalista - que teve o pedido atendido - para as pessoas que estão buscando o chamado para o matrimônio é: tenha fé e siga o exemplo do santo que doou sua vida pela Igreja. Busque servir na paróquia em que estiver.

“Doe seu tempo para a Igreja, que tenho certeza de que as bênçãos virão. E compre o bolo. Muita gente faz simpatia, coloca o santo dentro da geladeira, mas o mais importante é ajudar de alguma forma. E o bolo é uma forma de ajudar nossa paróquia e também de receber a graça através dele.”

Por experiência própria, Deise reforça: caso a pessoa ache a aliança, ela pode se sentir abençoada pelo santo casamenteiro para uma futura união com a pessoa escolhida por Deus, com a intercessão de Santo Antônio.

Produção do bolo


Prosseguindo com a tradição, mais de 100 fiéis estão trabalhando para produzir 17 mil bolos de Santo Antônio. Neste ano, serão distribuídas 3 mil alianças, entre elas, dois pares de ouro.

Além de santo casamenteiro, Santo Antônio é padroeiro de Campo Grande e conhecido como protetor das causas perdidas, dos pobres e como santo dos milagres.

A história conta que, durante suas pregações em praças ou igrejas, doentes e pessoas com deficiência saíam curadas.

Saiba como comprar


Os convites estão sendo vendidos por R$ 15 e podem ser adquiridos com os paroquianos, na secretaria ou após as missas na Catedral.

A entrega do bolo será no dia 13 de junho, das 6h30 às 13h, na Catedral. Assim como nos anos anteriores, a distribuição será feita pelo sistema drive-thru, ou seja, os compradores retiram seus bolos sem sair do veículo.

Serviço

  • A secretaria possui o seguinte horário de atendimento:
  • Segunda-feira: das 13h30 às 17h30
  • Terça a sexta-feira: das 07h30 às 17h30
  • Sábado: das 07h30 às 11h

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MISTÉRIO

CCR embolsa mais de R$ 900 milhões da tarifa excedente da BR-163

Valor corresponde à soma daquilo que foi cobrado a maior nos pedágios entre junho de 2021 e dezembro do ano ado

06/06/2025 11h15

Durante três anos e meio a concessionária cobrou o dobro daquilo que precisava para manter a BR-163

Durante três anos e meio a concessionária cobrou o dobro daquilo que precisava para manter a BR-163 Gerson Oliveira

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Em seu discurso na Bolsa de Valores de São Paulo (B3) durante o leilão da repactuação da BR-163, no dia 22 de maio, o empresário Eduardo Camargo, Vice-Presidente de Rodovias da Motiva, afirmou que a CCR MSVia não receberia qualquer tipo de indenização por parte do Governo Federal ao aderir aos termos da repactuação. 

“Até brincava com a Viviane. Ela chegou e disse que a indenização de vocês vai ser zero. Até saí de olho roxo daquela reunião”, afirmou o empresário instantes antes de bater o martelo no leilão que lhe garantiu a concessão dos 845 quilômetros da BR-163 em Mato Grosso do Sul por mais 29 anos. 

Em seu discurso, Eduardo Camargo afirmou que o grupo já havia investido mais de R$ 1 bilhão na rodovia e nunca havia retirado um único centavo. No começo da concessão, a CCR MSVia assumiu o compromisso de duplicar toda a estrada, mas fez somente 150 quilômetros, começou a cobrar pedágio e parou de investir.

Com a repactuação, precisará duplicar em torno de 203 quilômetro, implantar terceira faixa ao longo de 147 quilômetros e fazer em torno de 29 quilômetros de contornos rodoviários. 

Na prática, porém, o grupo empresarial embolsou, agora, mais de R$ 900 milhões que haviam sido arrecadados como tarifa excedente entre junho de 2021 e dezembro do ano ado nas nove praças de pedágio ao longo da rodovia entre Mundo Novo e Sonora. 

Em um aditivo assinado entre a concessionária e o governo federal em meados de 2021 ficou pactuado que a empresa estava livre dos investimentos na rodovia e que com isso seria possível bancar os custos operacionais com apenas 47,3% do valor da tarifa. 

Mesmo assim, os usuários continuaram pagando o valor integral. A CCR, contudo, só computava em seus balanços oficiais a parcela de 47,3% do arrecadado. E foi com esse dinheiro, equivalente a 52,7% daquilo que os motoristas pagavam, que foi formado um excedente tarifário que em dezembro do ano ado estava em os R$ 887.068.455,00. Com os juros dos quatro primeiros meses do ano, o valor já estava acima dos R$ 900 milhões. 

Esta poupança “será considerada como antecipação do pagamento da indenização devida à Concessionária por investimentos vinculados a bens reversíveis não amortizados ou depreciados”, explicou a ANTT em nota enviada ao Correio do Estado em meados de maio. Porém, a empresa se manteve no controle da rodovia.

“Caso o valor do excedente tarifário seja superior a indenização de bens reversíveis não amortizados ou depreciados, a diferença deverá ser revertida ao Poder Concedente”, que é a União, informou a Agência naquela data, antes do leilão no qual a mesma concessionária se manteve na rodovia. 

Porém, nada daquilo que foi arrecadado e depositado em uma espécie de poupança será reado à União ou será usado para aliviar as tarifas. A CCR MSVia ficou com tudo, conforme a ANTT. 


“O excedente tarifário acumulado durante o período de transição da CCR MSVia foi considerado no cálculo de haveres e deveres no processo de repactuação contratual. Esse valor foi utilizado para compensar a indenização devida pelos bens reversíveis não amortizados”, informou a ANTT nesta semana ao ser questionada sobre o destino dos R$ 887 milhões que estavam na “poupança” em dezembro do ano ado. 

“Com isso, o saldo final da negociação consensual resultou em valor zero de indenização à concessionária. Dessa forma, o excedente foi revertido em benefício do interesse público, sem impacto financeiro adicional para a União ou para os usuários”, concluiu nota enviada ao Correio do Estado. 

Durante as negociações, a CCR MSVia cobrava indenização de R$ 765 millhões, a título de reequilíbrio econômico e financeiro. Além disso, alegava perdas da ordem de R$ 10,5 milhões por queda no tráfego durante a pandemia. 

Por outro lado, acumulava multas que quase R$ 270 milhões. Então, descontando este valor daquilo que pleiteava, sobram em torno de R$ 510 milhões de crédito. Mesmo assim, a repactuação permitiu que ficasse com a totalidade dos R$ 887 milhões que não contabilizou entre junho de 2021 e dezembro do ano ado.

Desde que assumiu a rodovia, em 2014, os balanços oficias da CCR sempre informaram que estava tendo prejuízos milionários. No primeiro trimestre de 2025, depois que começou a computar 100% daquilo que arrecadou no pedágio, fechou com lucro líquido de R$ 21,1 milhões.  

Cidades

Sanesul vai desembolsar R$ 86 milhões em 'super poço' no interior de MS

Subcontratação da Empresa Brasileira de Saneamento deve se estender até 2041

06/06/2025 10h34

EBS deve ficar encarregada de perfurar, ativar e operar um

EBS deve ficar encarregada de perfurar, ativar e operar um "poço tubular profundo especial, fornecimento de água bruta por metro cúbico, implantação de adutora de água e melhorias do sistema de tratamento para a localidade de Ponta Porã-MS" Reprodução/Arquivo/GovMS-E.R

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Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul, a Sanesul trouxe à público o extrato de contrato para executar a perfuração de um "super poço" longe cerca de 313 quilômetros da Capital, em uma subcontratação ao custo de R$ 86 milhões e que deve se estender até 2041. 

Conforme divulgado, a vencedora da licitação para serviços de implantação de sistema de captação de água subterrânea, com perfuração, ativação e operação do "super poço" foi a Empresa Brasileira de Saneamento Ltda. 

Dos detalhes dessa chamada subcontratação, uma vez que a própria Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul) deveria se encarregar dos serviços de água e esgoto, o contrato do EBS se deu na modalidade conhecida como B.O.T, ("Construir, Operar e Transferir" em tradução livre do inglês "Build, Operate and Transfer). 

Ou seja, a EBS deve ficar encarregada de perfurar, ativar e operar um "poço tubular profundo especial, fornecimento de água bruta por metro cúbico, implantação de adutora de água e melhorias do sistema de tratamento para a localidade de Ponta Porã-MS". 

Em valores absolutos, os recursos próprios desembolsados pela Sanesul somam 86.832.000,00, em uma subcontratação que deve se estender por 194 meses, ou seja, cerca de 16 anos, com possível encerramento somente em 2041. 

Velha conhecida

Conforme consta no portal da transparência apenas da Sanesul, a Empresa Brasileira de Saneamento já se mostra uma "velha conhecida" da istração, com contratos pelo menos desde 2014.

Esse primeiro registro junto à Sanesul anotado pela EBS em 2014, de contrato também para realizar perfuração ativação e operação de poço em Aparecida do Taboado, segue ativo já que possui prazo de quinze anos de vigência, semelhante a um segundo anotado naquele mesmo ano e finalidade, porém em Paranaíba. 

Além disso, desde 2017 a EBS está subcontratada pela Sanesul até 2032 para implantar um sistema semelhante com "super poço" para o município distante apenas 70 quilômetros de Campo Grande, pelo valor inicial de 32.104.800,00. 

 

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