Representantes do Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) participaram de um programa de intercâmbio sobre o manejo integrado do fogo, nos Estados Unidos. As ações foram realizadas de 12 a 23 de maio e também contou com participação de militares de São Paulo e do Paraná.
Os Estados Unidos são considerados referência no combate aos incêndios florestais e o intercâmbio faz parte de uma série de iniciativas conjuntas entre as corporações, a Embaixada e o Consulado Geral norte-americano no Brasil.
O objetivo do programa de intercâmbio é garantir a troca de experiências, oportunizando aos bombeiros militares brasileiros conhecer de perto as estratégias, tecnologias e outras medidas de prevenção e combate adotadas no País, que anualmente registra incêndios florestais intensos.
Representaram os bombeiros de MS o tenente-coronel Leonardo Rodrigues Congro, a tenente-coronel Tatiane Dias de Oliveira, o major Eduardo Rachid Teixeira e o capitão Samuel Pedrozo Borges.
Esta não é a primeira edição do intercâmbio. As ações começaram em 2023, quando aconteceu o 1º workshop em prevenção e combate a incêndios florestais.
No ano ado, uma segunda edição foi realizada em Campo Grande, com a presença de Brenda Bowen, especialista em Recursos e oficial de informação pública da equipe de manejo de florestas, pastagens e ecologia vegetal do Serviço Florestal dos Estados Unidos (United States Forest Service).
Programação
Na programação deste ano, a comitiva visitou o Centro Nacional de Interagências de Incêndio (National Interagency Fire Center – NIFC), na cidade de Boise, onde participaram de discussões sobre a gestão de incêndios e os padrões de treinamentos das interagências.
A comunidade nacional de combate a incêndios é uma organização integrada por diversas agências americanas responsáveis pela gestão de terras, setor agrícola, parques nacionais, serviço de pesca e comunidades indígenas.
Essas agências gerenciam incêndios em cerca de 700 milhões de hectares de terras públicas federais, o que equivale a um quinto da área total dos EUA.
Ao receber os bombeiros brasileiros, o especialista em educação para mitigação de incêndio do BLM, Jared Jablonsky, afirmou que o combate a incêndios nem sempre se trata de apagar o fogo em si e que existem várias iniciativas importantes que devem ser feitas de forma preventiva.
“Há muito que pode ser feito antes do incêndio para proteger propriedades e residências, ajudando a reduzir o impacto do fogo. Isso inclui remover vegetação perigosa ou fazer adaptações na casa para torná-la mais resistente ao fogo. Assim, mesmo que um bombeiro não consiga estar na sua casa quando ela for ameaçada por um incêndio florestal, quanto mais você fizer por conta própria e quanto mais você se informar para preparar sua casa para ser resistente ao fogo, mais benefícios terá”, explicou.
Os bombeiros também se reuniuram com o vice-oficial de Gestão de Incêndios do Distrito de Boise para conhecer o Programa de Prontidão contra Incêndios Rurais (RFR), Associações de Proteção contra Incêndios Rurais (RFPA) e o trabalho conjunto com fazendeiros locais.
Estiveram ainda no Centro de Despacho Interagências (Interagency Dispatch Center), que coordena respostas a emergências de incêndio na região sudoeste do estado.
Eles conheceram também o Departamento de Qualidade Ambiental de Idaho, onde participaram de debates sobre fumaça de queimadas agrícolas, queimadas prescritas e incêndios florestais e protocolo de Resposta a Eventos de Fumaça de Incêndio Florestal.
A agenda contou com visitação ao depósito do distrito com caminhões de combate a incêndios florestais.
* Com assessoria