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Campo Grande tem a menor temperatura dos últimos 7 anos para maio

Dados do Inmet mostram que ontem marcou 6,6°C em Campo Grande, a aferição mais baixa do ano; para o mês, esse valor só não foi menor que os 6°C de 2018

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Uma intensa massa de ar frio que chegou no fim da tarde desta quarta-feira, em Mato Grosso do Sul, derrubou as temperaturas dos municípios ontem. Em Campo Grande, a mínima foi de 6,6°C, o menor valor deste ano e também o dia mais frio de maio desde 2018.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), os termômetros não ficavam tão baixos para o mês desde 2018, quando no dia 20 de maio daquele ano foi registrado na Capital a mínima de 6°C. Essa, inclusive, é a menor temperatura para o período em 10 anos.

Naquele ano, foram registrados três dias com a temperatura abaixo dos 10°C. O frio começou no dia 20 e só foi embora no dia 23. Apesar de ser comum temperaturas baixas no outono em outros estados brasileiros, em Mato Grosso do Sul, uma queda tão grande nos termômetros no Estado não é registrada com frequência, principalmente nesta época do ano.

E se a previsão para esta sexta-feira estiver correta, os termômetros podem voltar a registrar um recorde, uma vez que, segundo o Inmet, a mínima de hoje deve ser de 6°C.

O frio fez a Prefeitura de Campo Grande criar uma ação emergencial (“Inverno Acolhedor – Ponto de Apoio no Frio”), que acolheu 54 pessoas em situação de rua ontem. Executada das 18h às 6h no Parque Ayrton Senna, na Região Anhanduizinho, a ação pretende oferecer proteção contra o frio intenso que atingiu a cidade.

Das 54 pessoas acolhidas, 43 eram homens e 11 mulheres. A maioria dessas pessoas foi encaminhada pelas equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas), que atuaram no local durante toda a noite e a madrugada de ontem. O espaço seguirá acolhendo moradores de rua enquanto durar o frio intenso. 

FRIO ANUNCIADO

Desde a semana ada, o instituto alerta para os baixos índices de temperatura no Estado. Conforme comunicado, “a intensa massa de ar frio, empurrada por um anticiclone presente na retaguarda da frente fria, deverá avançar para latitudes mais baixas, chegando até Rondônia, Acre e sul/sudoeste do Amazonas, evidenciando, dessa forma, o episódio de friagem mais intenso ocorrido neste ano na Amazônia até então”.

Para Mato Grosso do Sul, há a possibilidade de geada para hoje. Já na Região Sul do País, foi registrado ontem neve nos municípios de São José dos Ausentes, no Rio Grande do Sul, e de São Joaquim, em Santa Catarina.

Além de Campo Grande, as temperaturas também estiveram baixas em outros municípios de Mato Grosso do Sul. O lugar mais frio foi a Fazenda Campo Zélia, região rural de Corumbá, onde os termômetros registraram 2,6°C. Na cidade, porém, a mínima foi de 11,5°C.

Entre os municípios, o dia mais frio em MS foi em Iguatemi, onde a mínima chegou a 3,7°C, enquanto Aral Moreira marcou 4°C. As maiores temperaturas do Estado ontem foram registradas em Cassilândia, com 11,7°C, e Pedro Gomes, que teve mínima de 13,3°C.

PREVISÃO

A previsão meteorológica para hoje, segundo o Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec-MS), indica tempo firme, com predomínio de sol e poucas nuvens, “em função da atuação de um sistema de alta pressão atmosférica que mantém o tempo seco no Estado”.

Hoje, a mínima pode chegar aos 4°C no sul, no Cone Sul e na região da Grande Dourados. Nas regiões sudoeste e pantaneira, as mínimas devem variar entre 7°C e 17°C, enquanto as máximas podem ficar entre 18°C e 24°C. Já na região do Bolsão, no leste e no norte do Estado, os termômetros devem registrar mínimas entre 6°C e 15°C.

Já neste fim de semana os termômetros voltam a subir. Em Campo Grande, a mínima será de 12°C, enquanto no sul de MS a temperatura segue abaixo dos 10°C.

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IBGE

Em MS, católicos perdem menos fiéis e evangélicos crescem em ritmo mais lento

Enquanto, de 2000 a 2010, o catolicismo caiu 10% no Estado, de 2010 a 2022, baixa foi de 8,3%, segundo dados do Censo

07/06/2025 08h00

Católicos ainda são maioria em Mato Grosso do Sul; queda neste Censo foi menor que no anterior

Católicos ainda são maioria em Mato Grosso do Sul; queda neste Censo foi menor que no anterior Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O comportamento religioso de Mato Grosso do Sul, assim como o de todo o Brasil, pode estar caminhando para a estabilidade. Segundo dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Censo Demográfico de 2022 mostrou que, em 12 anos, entre 2010 e 2022, tanto a queda no número de católicos como o aumento de evangélicos tiveram uma alteração inferior à da pesquisa anterior.

De acordo com os dados, de 2010 a 2022, houve uma queda de 8,3% de católicos em Mato Grosso do Sul, ando de 60,2% para 51,9% da população, saindo de 1.240.489 habitantes, em 2010, para 1.219.677, em 2022.

Já no caso dos evangélicos o aumento foi menor que no Censo ado no Estado, apesar de ter saltado de 25,9% da população, em 2010, para 32,5%, em 2022 – uma alta de 6,6% –, entre 2000 e 2010, o crescimento foi superior, de 8%. Em números totais, o grupo saiu de 533.402 pessoas, em 2010, para 763.096, 12 anos depois.

Católicos ainda são maioria em Mato Grosso do Sul; queda neste Censo foi menor que no anterior

Para o mestre em Teologia Dogmática pela Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma e coordenador do curso de Teologia da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), padre José Adriano Stevaneli, esses números podem ser um indício de que as religiões estejam começando a se acomodar e de uma tendência de estabilidade para as próximas pesquisas.

“Tenho observado, nos últimos três ou quatro anos – não sei se vai marcar uma tendência para o próximo Censo –, que essa queda de católicos talvez pare ou talvez haja uma retomada do número. Porque nós estamos vendo uma tendência nas nossas comunidades que é a procura por catequese de adultos. Um tempo atrás, 99% das nossas catequeses eram dadas para crianças, hoje, há um número cada vez maior de catequese de adultos, cresce a cada ano o número de adultos que se batizam, recebem a primeira comunhão e fazem a crisma. Então, eu penso que a diminuição desse impacto de queda do número de católicos possa parecer, em certo sentido, uma estagnação no número de católicos”, afirmou o padre.

“No Brasil, nós amos por um processo de politização religiosa, com impacto sobre a vida das comunidades, e uma questão que podemos nos preocupar, e não sei se isso teve impacto no caso de crescimento menor dos evangélicos, é o caso do fundamentalismo cristão. É um fenômeno perigoso, a mistura da política com a religião, de uma leitura fundamentalista da sagrada escritura, e aí a gente percebe que, dentro do próprio meio evangélico, há já uma reação a esse movimento”, completou o professor.

Sobre a nova queda do número de católicos, Stevaneli faz uma autocrítica e afirma que a Igreja Católica, em certo ponto, deixou de ir às comunidades mais carentes, espaço que foi tomado pelas igrejas evangélicas.

“Parece que a Igreja Católica, o clero de modo geral, deixou de cobrir de maneira capilar as periferias, então, é um mundo onde os evangélicos fazem inclusive um trabalho muito bonito, a presença do evangélico nas periferias como um elemento identitário de acolhida, de senso de dignidade para as pessoas, são aspectos que envolvem o religioso e o sociológico. Não podemos entender o Censo como um mercado de disputa religiosa, mas eu penso que uma autocrítica sempre cai bem”, avaliou.

SEM RELIGIÃO

Apesar de ainda poucos em números totais, o padre e professor universitário afirmou que o fato de 8,96% da população de Mato Grosso do Sul se dizer sem religião em 2022 pode ser uma tendência para as próximas pesquisas, já que, em âmbito nacional, esse porcentual chegou a quase 10% – um aumento de quase 2 pontos porcentuais.

“Nós podemos dizer que o povo brasileiro é profundamente religioso, mas o que nos chama a atenção é o crescente número de pessoas que já se declaram sem religião. Podemos já falar de um desencantamento com o mundo cristão, católico ou evangélico? Acho que é muito apressado dizer isso, mas, chegando a quase 10% da população e olhando o índice de crescimento, eu temo que isso seja uma tendência”, acredita.

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ACIDENTE

Motorista de caminhão morre em acidente na BR-163

A colisão foi entre dois caminhões e aconteceu entre as cidades de Bandeirantes e São Gabriel do Oeste

07/06/2025 07h40

Colisão traseira envolveu uma carreta Volvo FH 440 e um caminhão Mercedes-Benz L 1313

Colisão traseira envolveu uma carreta Volvo FH 440 e um caminhão Mercedes-Benz L 1313 FOTO: Divulgação

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Na tarde de sexta-feira (06), um homem de 48 anos morreu em um acidente envolvendo dois caminhões na BR-163, no km 587, entre os municípios de Bandeirantes e São Gabriel do Oeste.

De acordo com as informações, a colisão ocorreu por volta das 14 horas e envolveu uma carreta Volvo FH 440 e um caminhão Mercedes-Benz L 1313. A suspeita é de que a carreta tenha atingido a traseira do caminhão Mercedes, que, com o impacto, rodou na pista e capotou.

A vítima era morador de Bandeirantes e conduzia o caminhão Mercedes-Benz, que estava carregada com milheto com destino a São Gabriel do Oeste.

O homem que não teve a identidade revelada foi encontrado retido na cabine do veículo e o óbito foi constatado ainda no local por um médico da equipe da CCR MSVia, que prestou os primeiros atendimentos.

O motorista do outro veículo permaneceu no local do acidente, sem ferimentos.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Corpo de Bombeiros de São Gabriel do Oeste informaram que os dois veículos trafegavam no sentido Bandeirantes/São Gabriel do Oeste quando ocorreu a colisão traseira. A frente da carreta estava parcialmente destruída, reforçando a hipótese da colisão traseira. No entanto, somente a perícia poderá confirmar as circunstâncias exatas do acidente.

TRÂNSITO

A pista no trecho onde ocorreu o acidente é dupla, com faixas separadas para cada sentido de tráfego, mas diante das circunstâncias do acidente, o tráfego na rodovia foi controlado pela CCR MSVia e pela PRF.

O Corpo de Bombeiros de São Gabriel do Oeste foi acionado, mas retornou à base após a constatação do óbito pela CCR. A equipe de perícia de Campo Grande foi acionada para realizar os trabalhos no local e a liberação do corpo para a funerária ocorreu por volta das 17h30.

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