Cidades

BOLETIM

No ano mais letal, MS registra 5ª morte por chikungunya

Em suma, o estado registrou 2.424 confirmados e 9.572 prováveis, número que preocupa especialistas da saúde pela crescente repentina

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Em crescimento "explosivo" em Mato Grosso do Sul, chikungunya registra aumento de quase 3x no números de casos confirmados em 2025 em comparação com todo o ano ado.

No último boletim epidemiológico, divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES) na tarde desta segunda-feira (19), a doença matou cinco sul-mato-grossenses, todos idosos com mais de 79 anos e no interior do estado, sendo duas em Vicentina e uma nos municípios de Terenos, Naviraí e Dois Irmãos do Buriti.

Para efeito de comparação, nos últimos nove anos (2015-2024), a média anual de mortes foi de 0,78. Para se ter ideia, no ano ado não foi registrado nenhum óbito, assim como 2016, 2017, 2019, 2020, 2021 e 2022. Já em 2018 e 2023, morreram três pessoas, e em 2015 apenas uma.

Acerca do número de casos neste ano, Mato Grosso do Sul já confirmou 2.424, enquanto outros 9.572 continuam como prováveis, outro dado preocupante. Em cinco meses de 2025, a ocorrência de casos prováveis saltou 246% em comparação com o ano ado, que registrou 2.766.

Mesmo que a faixa etária mais avançada domine a lista de mortes neste ano, a incidência de casos prováveis é maior em pessoas de 20 a 29 anos, com 16,61% do total, seguido por 30 a 39 anos, com 15,32%, e 10 a 19 anos, com 14,67%.

A chikungunya também se mostra mais infecciosa no estado quando se compara os casos confirmados de 2025 para 2024. Em quase 180 dias, o dado quase triplicou de um ano para o outro, de 919 para 2.472, aumento de 170%. Maracaju lidera neste aspecto, com 731 confirmados, seguido por Sonora, com 370, e Glória de Dourados, com 311.

Fique atento

A SES indica que a Chikungunya tem sido mais incidente em alguns municípios do interior do Estado, como: 

  • Jateí;
  • Glória de Dourados;
  • Sonora;
  • Terenos;
  • Vicentina;
  • Maracaju;

Bianca Modafari é enfermeira na gerência de Doenças Endêmicas da SES, ela rea orientações que precisam ser seguidas diante do cenário de aumento da Chikungunya, mesmo que a dengue esteja em baixa. 

"É fundamental manter as ações de prevenção como eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d'água e usar repelente para evitar novas infecções. São cuidados simples que protegem contra as duas doenças", explica. 

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo e/ou articulações. 

  • Febre alta: presente em ambas, mas na Chikungunya surge de forma súbita.
  • Dor nas articulações: intensa na Chikungunya e pode persistir por meses. Na dengue, é mais muscular.
  • Manchas vermelhas: aparecem nos dois casos, mas na dengue podem vir acompanhadas de sangramentos.
  • Complicações: Chikungunya raramente causa casos graves, mas pode deixar sequelas e evoluir para forma crônica, embora possa levar ao óbito em casos de uso de medicações anti-inflamatórios na fase aguda (até 14 dias de início de sintomas). Já a dengue pode evoluir para formas hemorrágicas;

É importante lembrar que os diagnósticos só são feitos por equipes especializadas, portanto é necessário procurar uma unidade de saúde para tratamento adequado.

*Colaborou Leo Ribeiro

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JUSTIÇA

Moraes determina que Ministério da Justiça formalize pedido de extradição de Zambelli

Carla Zambelli está foragida na Itália, país para o qual viajou após ser condenada a 10 anos de prisão em regime fechado pela invasão de sistemas e adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça

07/06/2025 21h00

Foto: LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou neste sábado, 7, que a Corte envie para o Ministério da Justiça e Segurança Pública todos os documentos necessários para a formalização do pedido de extradição da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP).

Ela está foragida na Itália, país para o qual viajou após ser condenada a 10 anos de prisão em regime fechado pela invasão de sistemas e adulteração de documentos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Após o recebimento da documentação pelo ministério, cabe ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional da Secretaria Nacional de Justiça e Cidadania realizar a análise de issibilidade da documentação.

Em caso positivo, o pedido será encaminhado ao Ministério das Relações Exteriores ou à autoridade central estrangeira, para ser formalizado ao país onde se encontra o foragido da Justiça brasileira.

Moraes também ordenou que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), seja comunicado da perda de mandato de Zambelli.

A medida normalmente teria que ser decidida pelos deputados. Porém, a jurisprudência do STF é que se a pena for superior a 120 dias de prisão em regime fechado, o próprio tribunal pode determinar a medida porque a Constituição prevê que o deputado perderá o mandato se faltar a um terço das sessões.

Na sexta-feira, a Primeira Turma do STF rejeitou por unanimidade recursos apresentados por Zambelli e pelo hacker Walter Delgatti, condenado a 8 anos e 3 meses de prisão no mesmo caso.

O entendimento foi de que os embargos de declaração apresentados não trouxeram novos argumentos e tinham caráter protelatório. Ou seja, objetivo era apenas adiar o cumprimento da pena.

Com a rejeição, a Primeira Turma declarou o trânsito em julgado, acabando com a possibilidade de novos recursos.

Moraes transformou o pedido de prisão preventiva de Zambelli em prisão definitiva e determinou que a Secretaria Judiciária do STF envie ao Ministério da Justiça os documentos necessários para o pedido de extradição da parlamentar.

O ministro ordenou ainda que a documentação contenha "indicações precisas sobre o local, a data, a natureza e as circunstâncias do fato criminoso, a identidade do extraditando e, ainda, cópia dos textos legais sobre o crime, a competência, a pena e sua prescrição".

Segundo Moraes, a documentação deve ser encaminhada no original em português, traduzida oficialmente para o italiano e acompanhada do formulário para pedido de extradição disponível no site da pasta.

Além da pena de prisão, Zambelli e Delgatti foram condenados ao pagamento de uma indenização de R$ 2 milhões por danos materiais e morais coletivos. Também foram estabelecidas multas individuais de cerca de R$ 2,1 milhão para a deputada e de aproximadamente R$ 520 mil para o hacker. Os valores exatos ainda serão calculados no processo.

A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) afirma que Carla Zambelli "comandou" e ajudou no "planejamento" do ataque cibernético. Walter Delgatti confessou os crimes.

O ataque aos sistemas do CNJ aconteceu em janeiro de 2023. Foi emitido um mandado falso de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes.

"Expeça-se o mandado de prisão em desfavor de mim mesmo, Alexandre de Moraes. Publique-se, intime-se e faz o L", dizia o documento fake.

Também foi produzido um recibo de bloqueio de R$ 22,9 milhões em bens do ministro. O valor corresponde à multa imposta por Moraes ao PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, por questionar as urnas eletrônicas nas eleições de 2022.

Havia ainda uma ordem, também falsa, para quebrar o sigilo bancário do ministro.

EDUCAÇÃO

Estudantes de MS vencem prêmio nacional por retratarem queimadas no Pantanal em peça teatral

O projeto estudantil de Corumbá receberá premiação de R$ 12 mil, sendo R$ 10.000 para dar a continuidade ao trabalho desenvolvido e R$ 2.000 para o educador responsável

07/06/2025 15h00

Além da premiação de R$ 12 mil para o projeto estudantil de Corumbá, os alunos e a professora que orientou o trabalho vão participar da COP30 em Belém

Além da premiação de R$ 12 mil para o projeto estudantil de Corumbá, os alunos e a professora que orientou o trabalho vão participar da COP30 em Belém Foto: Divulgação

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Projeto cultural desenvolvido em escola pública do Mato Grosso do Sul, foi um dos vencedores do Prêmio Criativos Escola + Natureza.

O trabalho “Queimadas no Pantanal” realizado por um grupo de alunos do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon – Extensão Nazaré, localizado no município de Corumbá, conquistou o prêmio nacional ao retratar o problema ambiental das queimadas no bioma pantaneiro através de uma peça teatral.

A iniciativa uniu expressão artística, educação ambiental e engajamento social, sendo um dos projetos premiados na edição de 2025 que tinha como tema o Dia Mundial do Meio Ambiente.

De acordo com o Insitituto Alana, organizadores da premiação, o grupos de estudantes corumbaense, incomodados com a degradação do meio ambiente, decidirão criar uma peça de teatro sobre os impactos das constantes das queimadas no Pantanal, com objetivo de conscientizar as pessoas para a importância de se preservar o bioma.

Formado por oito estudantes, o grupo sob orientação da professora Stella Gonçalves de Souza, buscou valorizar a expressão artística dos estudantes para dar visibilidade a esse problema ambiental crítico na região, engajando a comunidade de forma criativa.

“O objetivo foi orientar a população local sobre os impactos das queimadas no Pantanal, especialmente quando áreas de roçado são incendiadas”, explica a professora Stella.

“O Pantanal é um dos biomas mais diversos do mundo, e também um dos mais devastados pela ação humana. Os alunos, ao escolherem esse tema, demonstraram preocupação e engajamento com as questões ambientais, e o teatro ampliou o alcance para transmitir essa mensagem a um público mais amplo”, complementou.

A ação buscou informar sobre os riscos do fogo, formas de prevenção e a quem recorrer em caso de incêndios, aliando arte e educação ambiental no contexto do bioma pantaneiro.

A peça foi gravada e divulgada nas redes sociais, o projeto também contou com a criação de panfletos informativos que foram distribuídos à comunidade.

Além do reconhecimento nacional, a conquista do prêmio vai proporcionar para três estudantes do grupo corumbaense, mais o educador responsável, uma participação na COP30 através da parceria com Greenpeace Brasil. A COP é um evento mundial sobre agenda ambiental, que será realizado nesto ano na cidade de Belém (PA), no mês de novembro.

O grupo também receberá um prêmio de R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil para a continuidade do projeto e R$ 2 mil para o educador responsável.

Escola + Natureza

Além desse projeto sul-mato-grossense, a premiação também reconheceu mais cinco iniciativas: “O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, vencedora da Amazônia; “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, vencedora da Caatinga; “Protótipo de Sistema de Reúso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, vencedora do Cerrado; “Ecotech”, vencedora da Mata Atlântica; e “Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, vencedora do Pampa.

Esta edição da premiação recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros.

Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença na premiação.

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