Cidades

MATO GROSSO DO SUL

Com primeira morte desde 2023, casos de chikungunya explodem em MS

Aumento percentual de registros confirmados foi de quase 300%

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Mato Grosso do Sul observa uma crescente alarmante de casos confirmados de Chikungunya em seu território, um salto quase 300% maior se comparados iguais períodos de 2024 e 2025, registrando ainda no último mês a primeira morte pela doença há cerca de três anos.

O cenário é classificado pela própria Secretaria de Estado de Saúde (SES) como preocupante, enquanto a dengue, por exemplo, "apresenta uma queda significativa nos casos" neste ano. 

Esse comparativo que indica tendência de aumento nos casos de Chikungunya, em 2025, é feito com base nos Boletins Epidemiológicos da Semana 13 deste ano em relação a 2025. 

Chikungunya em números

Sobre os reflexos da doença viral em Mato Grosso do Sul, os casos prováveis foram de 3.679 para 4.668 entre 2024 e 2025, um aumento percentual de 27%. 

Já se lançando olhar sobre os casos confirmados, o aumento é de quase trezentos por cento (295%), com o salto de de 219 para 865, e uma incidência que ou de 133,5 para 169,3 registros para cada 100 mil habitantes.

Desde 2023, quando a doença vitimou três em solo sul-mato-grossense, o Estado não registra mortes por Chikungunya, cenário que mudou em março deste ano após o falecimento de um idoso que residia a cerca de 115,4 km de Campo Grande. 

Conforme o Boletim Epidemiológico da SES, um homem de 84 anos, morador de Dois Irmãos do Buriti, foi a primeira vítima de Chikungunya em MS desde 2023. Ele faleceu em 04 de fevereiro e sua morte foi confirmada como doença em 06 de março. 

Dentro das oito primeiras semanas epidemiológicas, onde surgiu também o primeiro óbito por Chikungunya, outro óbito era investigado como de causa possível pela doença, sendo uma pessoa moradora de Mundo Novo. 

Essa tendência se difere do cenário da dengue em MS, onde os casos prováveis até a 13ª Semana Epidemiológica caíram cerca de 43% no total, de 11.708 para 6.692 entre 2024 e 2025. 

Também os casos confirmados de dengue apresentaram queda (de 43,5%) no comparativo entre os períodos, caindo de 4.325 para 2.445. 

Fique atento

A SES indica que a Chikungunya tem sido mais incidente em alguns municípios do interior do Estado, como: 

  • Jateí
  • Selvíria,
  • Sonora e 
  • Glória de Dourados

Bianca Modafari é enfermeira na gerência de Doenças Endêmicas da SES, ela rea orientações que precisam ser seguidas diante do cenário de aumento da Chikungunya, mesmo que a dengue esteja em baixa. 

"É fundamental manter as ações de prevenção — como eliminar recipientes que acumulam água, tampar caixas d’água e usar repelente — para evitar novas infecções. São cuidados simples que protegem contra as duas doenças", explica. 

Certos sintomas levantam alertas na população por estarem ligados à doença, apesar de parecerem comuns, como febre alta; manchas vermelhas na pele; dores pelo corpo e/ou articulações. 

  • Febre alta: presente em ambas, mas na Chikungunya surge de forma súbita.
  • Dor nas articulações: intensa na Chikungunya e pode persistir por meses. Na dengue, é mais muscular.
  • Manchas vermelhas: aparecem nos dois casos, mas na dengue podem vir acompanhadas de sangramentos.
  • Complicações: Chikungunya raramente causa casos graves, mas pode deixar sequelas e evoluir para forma crônica, embora possa levar ao óbito em casos de uso de medicações anti-inflamatórios na fase aguda (até 14 dias de início de sintomas). Já a dengue pode evoluir para formas hemorrágicas;

É importante lembrar que os diagnósticos só são feitos por equipes especializadas, portanto é necessário procurar uma unidade de saúde para tratamento adequado. 


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EDUCAÇÃO

Prazo de inscrição no Enem é prorrogado para o dia 13 de junho

Anúncio foi feito pelo Ministério da Educação neste sábado (7)

07/06/2025 23h00

Foto: PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

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O Ministério da Educação anunciou neste sábado (7) a prorrogação das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. Inicialmente programadas para encerrar na sexta-feira, dia 6 de junho, as inscrições agora podem ser feitas até o dia 13 de junho.

Com isso, o pagamento da taxa de inscrição pode ser feito até o dia 18 de junho. Já os pedidos de tratamento por nome social e solicitações de atendimento especializado devem ser feitos até o dia 13 de junho, mesma data em que se encerram as inscrições.

Em sua rede social, o Inep publicou um vídeo com o tutorial de como fazer a inscrição.

Inscrições

Os participantes que tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição e as justificativas de ausência em 2024 aprovados pelo Inep precisam se inscrever no exame.

Os estudantes do 3º ano do ensino médio em escola pública, mesmo com a inscrição pré-preenchida automaticamente, precisam atualizar os dados solicitados e confirmar a inscrição para garantir a participação nesta edição. Esses candidatos não pagarão a taxa de inscrição. A medida pretende estimular a participação desse público no Enem e facilitar o processo de inscrição.

MEIO AMBIENTE

Reflexo de incêndios, alta no desmate da Amazônia atinge 92% em maio

No acumulado de agosto a maio, o bioma registrou aumento de 9% no desmatamento, em comparação ao período de agosto de 2023 a maio de 2024

07/06/2025 22h00

Governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030

Governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030 Foto: Carlos Fabal / AFP /

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O desmatamento na Amazônia teve alta de 92% em maio de 2025, em relação ao mesmo mês do ano ado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 6. Para o governo, a devastação tem agora um novo perfil, consequência dos incêndios e do colapso de florestas.

No acumulado de agosto a maio, o bioma registrou aumento de 9% no desmatamento, em comparação ao período de agosto de 2023 a maio de 2024. É a partir de maio que as nuvens se dissipam na Amazônia e os satélites "enxergam" melhor o cenário consolidado das áreas desmatadas.

Já os dados de desmatamento no Cerrado e no Pantanal foram positivos: queda de 15% no desmatamento no Cerrado em maio, em relação ao mesmo mês em 2024, e de 22% de agosto de 2024 a maio de 2025, considerando o período anterior; queda de 65% no desmate do Pantanal em maio, e de 74% no acumulado desde agosto

O governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030, uma das metas do compromisso de redução de emissões do País, sede da COP-30 neste ano. Os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia divulgaram os dados coletados pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

As informações do sistema de monitoramento, que funciona com alertas diários, dão pista dos dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que registra as taxas anuais de desmate.

Impacto dos incêndios

Segundo os dados do Inpe, o peso dos incêndios florestais no desmatamento, quase insignificante no ado, tem crescido - as queimadas foram responsáveis por 51% da área desmatada em maio. Assim, boa parte dos 960 km² de floresta perdidos em maio não foi causada pelo "corte raso" de vegetação nativa no último mês, e sim pelo colapso de áreas que pegaram fogo no segundo semestre do ano ado.

Segundo o secretário executivo da pasta do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, é uma "realidade nova" para o combate ao desmatamento, com maior impacto do fogo na floresta pelas mudanças climáticas e pela ação antrópica. O desmate na Amazônia vinha em trajetória de queda até recentemente, com diminuição de 45,7% na devastação de agosto de 2023 a julho de 2024.

Floresta em colapso

O Deter separa o desmatamento em três tipos: por mineração, quando o garimpo remove a cobertura florestal principalmente ao longo de rios; com solo exposto, que se dá por remoção direta da floresta; com vegetação, quando cicatrizes de fogo danificam a floresta, que ainda pode se regenerar se não for atingida por novos incêndios.

De agosto de 2024 até agora, os focos de incêndio aram a atingir mais áreas de vegetação nativa, que antes eram menos suscetíveis ao fogo. Esse "novo tipo" de desmate, que tem se tornado mais expressivo, pode ser lento e ocorre com a degradação progressiva da floresta até deixar de ser floresta, perdendo biodiversidade e funções ecológicas que cumpre para o ciclo da água e a estocagem de carbono.

Na avaliação do governo, o cenário exige um ajuste nas ações de enfrentamento ao desmatamento implementadas até agora. O Ibama, que sempre teve maior foco em fiscalização e controle do desmatamento, tem aumentado sua estrutura para lidar com a prevenção e o combate a incêndios, recebeu no dia 2 um aporte de R$ 825 milhões do Fundo Amazônia para fortalecer suas ações.

Um dos destaques recentes foram os embargos remotos por desmatamento ilegal feitos pelo Ibama em 5 mil propriedades na Amazônia, totalizando mais de 500 mil hectares embargados desde agosto de 2024. O controle dos incêndios depende ainda de ações de coordenação com os Estados e os municípios, conforme a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, instituída em 2024, que o governo federal diz que implementará neste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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