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Alerta

Corumbá lidera ranking de incêndios no País, com 4.245 focos

Preocupado com o aumento dos incêndios, o governo federal aumentou na última semana o número de pessoas e equipamentos no combate ao fogo no Pantanal.

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Segundo dados do  Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), Corumbá  é a cidade mais afetada por incêndios no país, com 4.245 focos ativos de calor registrados somente neste ano. No Brasil são mais de 54 mil focos de calor registrados, conforme dados do Programa Queimadas do governo federal. Os números são relativos ao mês de agosto.

De acordo com o Inpe, a Amazônia concentra 42,7%, colocando a região com maiores frentes de fogo no país. 

Combate ao fogo no Pantanal 

Na última semana, o Supremo Tribunal Federal determinou o prazo de 15 dias para que o governo reforce o número de pessoas e equipamentos no combate ao fogo no Pantanal e na Amazônia.
Pela ordem, deve ser mobilizado “todo contingente tecnicamente cabível” de diversos órgãos, incluindo das Forças Armadas, da Polícia Federal (PF), da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Força Nacional, incluindo bombeiros militares que nela atuem, e da Fiscalização Ambiental.

“Os equipamentos e materiais necessários devem ser deslocados, ou requisitados, ou contratados emergencialmente”, escreveu Dino.

 

Pantanal deve enfrentar o setembro mais quente da história

O Pantanal sul-mato-grossense deve ser o mais afetado nos próximos dias pelas altas temperaturas, que podem superar as registradas em outubro do ano ado, quando a máxima chegou a 43,4 graus em Porto Murtinho, no dia 17 daquele mês.

Segundo informações da MetSul Meteorologia, a bolha de calor extremo deve estacionar no Centro-Oeste brasileiro nesta semana, registrando temperaturas excessivas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bolívia e Paraguai, com marcas que podem atingir entre 40°C e 45°C, quebrando recordes e fazendo de setembro o mês mais quente já registrado na história do Brasil.


Calor extremo em outubro do ano ado


Em outubro do ano ado, conforme dados do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul (Cemtec), em 12 dos 44 municípios que aparecem no boletim relativo àquele mês registraram de 40  ou mais graus. Depois de Porto Murtinho, que registrou 43,4 graus, apareceu Corumbá, com 42,5 graus, também no dia 17. 

A diferença é que naquela onda de calor a umidade do ar já estava mais alta que agora, o que fez elevar a sensação de calor. Agora, também conforme o Climatempo, a umidade tende a atingir níveis de emergência, ficando abaixo dos 12% em boa parte do Estado em determinados horários do dia. 

E com a baixa umidade, a tendência é de que nos períodos noturnos o calor também seja um pouco menor que em outubro do ano ado, quando Campo Grande registrou sobrecarga no consumo de energia e milhares de moradores foram impactados com quedas de energia em decorrência do elevado uso de aparelhos de ar condicionado. 

Para Campo Grande, conforme o Climatempo, a máxima prevista na atual onda de calor é de 40 graus, também nos dias 13 e 14 de setembro. Se a previsão se confirmar, vai superar a máxima de outubro do ano ado, quando a Capital chegou a marcar 39,4 graus, no dia 23. 

RECORDES DE 2020

Mas, tanto o calorão de outubro do ano ado quanto o de agora ainda vão ficar abaixo daquilo que foi registrado em outubro de 2020, ano em que foram registrados os recordes no Estado. De acordo com dados do Cemtec, no dia 5 de outubro de 2020, na cidade de Água Clara, os termômetros chegaram a registrar 44,6 graus.

Em Corumbá, a máxima chegou a 43,4 graus e em Campo Grande, 41. Nos dez primeiros dias de outubro daquele ano as temperaturas ficaram acima dos 40 graus na maior parte do Estado. Dos 44 municípios monitorados pelo Cemtec, 23 superaram a barreira dos 40 graus. 

Para efeito de comparação, a maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de 44,8 graus, em Nova Maringá, Mato Grosso, em 4 e 5 de novembro de 2020. Aquela medição superou o recorde oficial anterior, registrado em 2005 na cidade de Bom Jesus, no Piauí, de 44,7°C. 

No ano ado, o calor extremo foi atribuído ao fenômeno El Niño. Em 2020 e em 2024, porém, ele está ausente. Nestes casos, a explicação dos meteorologistas é a existência de grandes bloqueios atmosféricos que impedem a agem de massas de ar frio para as regiões central e sudeste do País. 


O que é bolha de calor" (em Inglês é chamada de heat dome), ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor e que tem ar mais descendente. Ela funciona como ar no solo através da compressão aquece a coluna de ar. 

Traduzindo da forma mais fácil, o vento quente que vem de cima, desce para o solo e ela acaba subindo para superfície ainda mais quente, formando a "bolha de ar", sendo criada uma a em alta pressão, fazendo com que o calor permaneça por mais tempo. 

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A cada 10 ônibus, dois estão velhos em Campo Grande

Com 460 veículos do transporte coletivo, a empresa gestora do serviço na Capital tem uma frota com média de oito anos três anos acima do determinado

10/06/2025 09h00

Paulo Vitor Brito, diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, foi ouvido ontem pela I do Ônibus

Paulo Vitor Brito, diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, foi ouvido ontem pela I do Ônibus Gerson Oliveira / Correio fdo Estado

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No primeiro dia de oitivas, a nova fase da Comissão Parlamentar de Inquérito (I) que investiga o transporte coletivo de Campo Grande confirmou que o Consórcio Guaicurus tem em sua frota quase 100 ônibus acima do limite de idade máxima que é permitido em contrato com a prefeitura.

Segundo informou o diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira, 97 ônibus da concessionária têm mais de 10 anos de uso (21% da frota).

De acordo com o contrato, se todos os ônibus citados na oitiva forem convencionais, os mesmos não deveriam circular mais, uma vez que já ultraaram o limite prudencial de idade.

"Nós temos 97 carros acima de 10 anos. Pelo contrato, a idade média dos ônibus deve ser cinco anos e a máxima, 10 anos para o convencional e de 15 anos para o articulado", disse Oliveira.

Além dos veículos que ultraaram a idade máxima, a média atual já ou dos cinco anos. Conforme Oliveira, a média está em oito anos três anos acima do permitido pelo contrato.

Questionado pelos vereadores quais seriam os motivos de o Consórcio Guaicurus manter esses ônibus velhos na frota, indo em desacordo ao que estabelece o contrato de concessão do transporte público, Oliveira declarou que o grupo não compra ônibus novos por falta de condições econômicas e financeiras.

Em meio à I, no mês ado, a Prefeitura de Campo Grande, por meio da sua Agência Municipal de Regulação dos Serviços Públicos (Agereg), determinou a retirada de circulação de 98 ônibus do Consórcio Guaicurus por estarem no limite da idade máxima prevista em contrato, com a exigência de que, em 30 dias, os veículos fossem substituídos, além de multa de 5% sobre a receita diária.

Oliveira afirmou que as empresas podem recorrer dessa decisão, pois a substituição de veículos precisa ser feita a partir da compra de veículos com as especificações constatadas em edital, sendo impossível realizar a substituição dos ônibus no tempo instituído na decisão.

No decorrer das 11 oitivas já realizadas, a Agereg chegou a informar, por meio do atual diretor-presidente da agência, José Mário Antunes da Silva, que 65% da frota de ônibus da Capital estava acima do tempo máximo de uso, tendo mais de oito anos de circulação.

Os dados apresentados no mês ado indicaram que 71 ônibus estão abaixo dos dois anos de uso, outros 50 de quatro a seis anos, 20 com sete anos e 11 com oito anos de uso.

A grande maioria dos ônibus (300) operaria acima do limite prudencial de uso, tendo, em média de 8 a 10 anos de uso, podendo ter dentro desse quantitativo veículos que ultraem uma década de circulação.

Porém, a Agereg corrigiu essa informação, indicando que não seriam 300 ônibus acima do limite, e sim 197 veículos.

Perguntado sobre esse quantitativo de 197 ônibus irregulares, Oliveira informou que os dados informados pela Agereg podem ter sido feitos com base nos cinco anos de idade média da frota, resultando em números diferentes ao divulgado por ele.

EQUILÍBRIO FINANCEIRO

Durante seu depoimento, Oliveira alegou que o grande motivo de o Consórcio Guaicurus apresentar dificuldades financeiras na operação se dá por conta do desequilíbrio financeiro ocasionado pela falta de revisão do contrato com a prefeitura, que deveria ter ocorrido no sétimo ano de vigência.

"A causa hoje do desequilíbrio financeiro é a falta do estudo do sétimo ano, [além de] todos os marcos contratuais que não foram cumpridos pelo Poder Executivo, que são a construção dos terminais e dos corredores de ônibus", frisou.

Apesar de concordar com o vereador Dr. Lívio de que a permanência dos ônibus velhos na frota inflou o custo de manutenção dos veículos, resultando em um aumento de custos financeiros, Oliveira elencou que o maior gasto do consórcio seria com a compra de óleo diesel, e não com o conserto de veículos.

"Sem dúvida nenhuma, nós temos um impacto na manutenção, mas nunca tivemos um diesel com um preço tão acima da gasolina como está agora, e isso deveria ser levado em conta no calculo tarifário", argumentou.

Defendendo a realização da revisão contratual como meio de reequilibrar o contrato de concessão, feito em 2012, Oliveira listou algumas mudanças que aconteceram no sistema de mobilidade urbana que, na visão do Consórcio Guaicurus, deveriam ser levados em conta em uma possível revisão.

"Estamos em um cenário mais pessimista que o previsto no contrato. Por isso, tenho a certeza do prejuízo, porque quando não se faz a revisão do contrato no sétimo ano, não entra na métrica tudo o que ocorreu de mudanças nesses últimos sete anos nem tudo se realizou na estimativa esperada, como [as construções dos] terminais e o aumento de velocidade previsto. Fora isso, nós tivemos a vinda dos aplicativos que não existiam na época, uma série de trâmites que influenciaram no prejuízo", analisou o diretor de Operações do Consórcio Guaicurus.

Saiba

Até o momento, foram feitas 602 denúncias à I sobre o transporte coletivo da Capital, sendo 521 mensagens recebidas via WhatsApp, 32 formulários preenchidos, 46 e-mails enviados, duas ligações telefônicas e uma denúncia presencial.

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Cidades

Hotel terá que pagar R$ 54 mil ao Ecad por direitos autorais de Tv a cabo

A empresa do interior do Estado foi condenada, em primeira instância, por não pagar pela exibição do serviço de TV por nos quartos do estabelecimento

09/06/2025 18h53

Valter Campanato / Agência Brasil

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Um hotel foi processado pelo Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) por exibir TV por nos quartos sem pagar os devidos direitos autorais.

O caso ocorreu no município de Ponta Porã, que fica a aproximadamente 312 km de Campo Grande (MS). Entre os serviços ofertados pelo hotel estão piscina coberta, parquinho infantil, academia e também TV a cabo nos quartos, o que acabou gerando o imbróglio.

A ação foi analisada pela 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, que determinou que o hotel pague os valores atrasados, com correção e juros.

A empresa hoteleira foi condenada, em primeira instância, ao pagamento de R$ 54.750,93, com correção monetária e juros.

Na decisão, o desembargador Marcelo Câmara Rasslan, relator da ação judicial, seguiu o entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), no Tema 1066: a exibição de TV em quartos de hotel configura execução pública, portanto é permitida a cobrança pelo Ecad.

O Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) acatou parte do pedido da defesa e determinou que não será preciso pagar os valores referentes ao período em que esteve em vigor a Medida Provisória (MP) 907.

A MP suspendeu temporariamente a cobrança de direitos autorais em unidades habitacionais de hospedagem.

“A sentença deve ser reformada a fim de excluir o período de vigência da Medida Provisória nº 907 do cálculo da indenização”, afirmou o desembargador Rasslan em seu voto, que foi seguido por unanimidade pelos demais membros da câmara.

O colegiado apontou que, mesmo que a TV por pague direitos autorais pelas obras exibidas, isso não isenta os estabelecimentos comerciais da obrigação de também pagar, afastando a tese de cobrança em duplicidade.

Saiba: Oferecer rádios ou TVs com canais por nos quartos é considerado execução pública. Ou seja, é como se estivesse "tocando em público", mesmo que seja dentro do quarto. Por isso, hotéis precisam pagar uma taxa que leva em conta a ocupação dos quartos.

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