Cidades

PARCERIA GAÚCHA

Em agradecimento, RS envia militares para combater queimadas no Pantanal

Anúncio foi feito pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSBD), nesta quinta-feira (22) durante vídeo nas suas redes sociais

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Após o Mato Grosso do Sul enviar oficiais ao Rio Grande do Sul quando as enchentes no estado gaúcho estavam no ápice de sua tragédia, em maio, chegou a hora da retribuição. O governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou, através de suas redes sociais, o envio de militares e equipamentos para ajudar no combate às queimadas no Pantanal.

Durante o vídeo, o representante do RS aparece comunicando o governador sul-mato-grossense Eduardo Riedel, seu “colega” de partido, acerca do auxílio gaúcho. Segundo ele, serão enviados 11 agentes, todos com especialidade no combate à incêndios, além de quatro picapes do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS). 

“O Rio Grande do Sul recebeu muita ajuda no momento de calamidade e agora, na medida de nossa possibilidade, nós também enviamos ajuda para aqueles que estão precisando, que é o caso do Mato Grosso do Sul”, reforçou o governador sulista.

Todos esses esforços partirão rumo a terras pantaneiras nesta sexta-feira (23), com previsão de início das atividades na segunda-feira (26). Além de Leite, também aparece no vídeo o secretário da Segurança Pública, Sandro Caron, que garantiu a presença dos militares gaúchos no Mato Grosso do Sul por, no mínimo, duas semanas, podendo ser prorrogado caso haja necessidade.

Situação atual do Pantanal

Segundo o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ), somente nesta semana, desde segunda-feira (19), foram queimados 104 mil hectares do bioma, uma média de 26 mil por dia. 

Agosto, até agora, é o segundo pior mês do ano, com 623 mil ha incendiados, atrás apenas de junho, com 707 mil ha. Considerando que ainda há oito dias para chegar setembro, há grandes chances de agosto se tornar o mês mais destrutivo para o bioma neste ano.

Ao todo, considerando apenas 2024, 1.6 milhão de hectares já foram destruídos no Pantanal, área equivalente a 16,61% da expansão total da floresta.

Ajuda nas enchentes

No dia 3 de maio, o primeiro grupo de Bombeiros do Mato Grosso do Sul partiu rumo ao Rio Grande do Sul, a fim de ajudar o estado gaúcho que, na época, estava vivendo sua maior tragédia ambiental, com milhares de pessoas e famílias atingidas pelas fortes chuvas e enchentes.

Durante nove dias em solos sulistas, o grupo resgatou mais de 304 pessoas e 309 animais, além de realizarem 512 ações comumitárias na região, antes de chegarem a terra natal no dia 16 de maio. Assim que retornaram ao MS, um segundo grupo foi enviado ao RS para substítui-los.

No dia 21 do mesmo mês, os bombeiros do primeiro grupo foram homenageados na Câmara Municipal de Campo Grande.

Os militares homenageados foram: o Sargento João Paulo Marciano dos Santos, o Cabo João Figueiredo Júnior, o Cabo Rahifi Daniel Reis Chaves, o Capitão Rodrigo Alves Bueno, o Cabo Jeferson Gomes de Oliveira, o Segundo-tenente Paulo de Lima Gomes Júnior, o Cabo Hugo Marques Araújo Dias, o Primeiro-tenente Rodolfo Vagner Xaubet e o Sargento Abraão Anicésio Bernal.

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MEIO AMBIENTE

MPE "perdoa" multa por derramamento de 15,8 mil litros de agrotóxico

Derramamento do herbicida aconteceu no final do ano ado na BR-163, próximo a Rio Brilhante. Multa de R$ 158 mil será transformada em 20 salários mínimos

13/06/2025 16h00

Carreta que transportava quase dois mil galões de herbicida tombou no sul de MS e 792 deles estouraram

Carreta que transportava quase dois mil galões de herbicida tombou no sul de MS e 792 deles estouraram

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Uma transportadora do Rio Grande do Sul que no final do ano ado derramou 15,84 mil litros de agrotóxicos na beira da BR-163 e que por conta disso foi multada R$ 158,4 mil está prestes a se livrar da maior parte da punição e pagar a multa fornecendo em torno de 10 notebooks. 

A investigação comandada pelo promotor Alexandre Rosa Luz, de Rio Brilhante, começou dias após o acidente, ocorrido na noite do dia 29 de dezembro do ano ado. Agora, conforme publicação do diário oficial do Ministério Pública da próxima segunda-feira (16), o caso foi transformado em inquérito civil. 

Uma carreta que transportava 1.980 galões de agrotóxicos (43,2 mil litros) tombou na altura do quilômetro 346 da BR-163, próximo ao distrito de Prudêncio Thomás, no município de Rio Brilhante. A investigação não aponta a causa do tombamento da carreta. Só informa que o motorista perdeu o controle da direção do veículo. 

E, conforme os fiscais do Imasul e policiais ambientais que atenderam a ocorrência, 792 galões estouraram e o herbicida se esparramou às margens da rodovia. O alto valor da multa foi estipulado porque o acidente aconteceu nas imediações do Rio Vacaria e, segundo os fiscais, havia risco de afetar a saúde humana, da fauna e da flora da região. 

Mas, segundo a empresa Sirius Logística, proprietária da carga, a multa é “desproporcional ao tamanho do acidente ocorrido e totalmente desmedida aos danos efetivamente causados ao meio ambiente”.

Em sua defesa apresentada ao Imasul e anexada à investigação que o Ministério Público de Mato Grosso do Sul instaurou depois do acidente, a transportadora alega que na manhã seguinte ao dia do  acidente já foram iniciados os trabalhos de recolhimento dos galões com o agrotóxico e que estes trabalhos se estenderam até o dia 7 de janeiro. 

Os galões estourados, o líquido restante que estava em seu interior e parte da terra que ficou contaminada foram depositados em uma empresa do setor em Campo Grande, segundo a Sírius Logística.

Por conta disso, alega a empresa, o dano ambiental foi insignificante. Em sua defesa, alega que no local do acidente não há nenhum curso d’água e que não havia risco de o veneno atingir o Rio Vacaria. No dia do acidente, porém, a Polícia Rodoviária Federal informou que o tombamento havia ocorrido próximo da ponte sobre o Rio Vacaria.

Garante, ainda, que nas imediações não existem residências ou comércios e por isso o risco de contaminação de humanos também era inexistente. 

E, após reunião realizada entre representantes da empresa e a promotoria, no dia 26 de maio, o promotor deixou claro que acatou boa parte dos argumentos e ofereceu um acordo para que a multa de R$ 158,4 mil seja reduzida para de R$ 30,36 mil. 

Apesar da instauração do inquérito, a empresa já deixou claro que aceita firmar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para doar o equivalente a 20 salários mínimos em notebooks a entidades credenciadas pelo MPMS. 

Cidades

MS tem 8ª menor taxa de analfabetismo no Brasil

Ao todo, 83 mil pessoas ainda não sabem ler e escrever em MS, ou seja, uma redução de cerca de 3 mil analfabetos em 2024

13/06/2025 14h01

MS tem 8ª menor taxa de analfabetismo no Brasil

MS tem 8ª menor taxa de analfabetismo no Brasil Gerson Oliveira

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Nesta sexta-feira (13) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou um panorama da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2024 - PNAD Contínua – com o tema Educação, indicando que o 96,3% de taxa de alfabetização de Mato Grosso do Sul coloca o Estado em 8º na posição do ranking nacional. 

O índice representa queda de 0,2 ponto percentual em relação a 2023, quando era de 3,9%. Ao todo, 83 mil pessoas ainda não sabem ler e escrever em MS. Em primeiro lugar está o Distrito Federal com a menor taxa de analfabetismo (1,8%), enquanto Alagoas aparece na outra ponta, com o maior índice (14,3%).

Apesar do avanço, o levantamento mostra desigualdades importantes. Entre idosos com 60 anos ou mais, a taxa é 3,5 vezes maior do que entre o restante da população – 12,9%. Eles representam 61,5% do total de analfabetos do Estado.

A disparidade também aparece quando se observa raça e gênero. A taxa entre pessoas pretas ou pardas (4,6%) supera a de brancos (2,6%). Já entre os idosos pretos ou pardos, o analfabetismo atinge 17,1%, mais que o dobro do verificado entre brancos da mesma faixa etária (8,3%).

Por outro lado, os dados reforçam que o o à educação tem avançado entre os mais jovens. Na faixa de 25 anos ou mais, o índice já cai para 4,5%, e entre os de 15 anos ou mais, fica nos 3,7%.

Mulheres seguem mais escolarizadas que homens

A taxa entre homens foi de 3,8% em 2024, contra 3,7% entre mulheres. No entanto, o cenário se inverte entre os idosos: 13,3% das mulheres com 60 anos ou mais são analfabetas, contra 12,4% dos homens.

Além disso, a escolaridade média das mulheres é maior que a dos homens. Elas somam 10,6 anos de estudo, enquanto eles têm média de 10 anos. Essa diferença se amplia em níveis mais altos de ensino: 21% das mulheres com 15 anos ou mais têm ensino superior completo, contra 16% dos homens.

MS tem 9ª maior média de anos de estudo do País

A média geral de anos de estudo em Mato Grosso do Sul é de 10,3, a 9ª maior entre as unidades da federação. O Distrito Federal lidera com 12,1 anos, e a menor média foi registrada na Paraíba (8,5 anos).

Pessoas brancas em MS têm média de 11,1 anos de estudo, enquanto pretos e pardos acumulam 9,7 anos. O dado reforça o impacto das desigualdades raciais no o à educação de qualidade.

Outro dado que chama atenção é que 53,5% dos estudantes de 15 anos ou mais também estão ocupados. O percentual coloca MS na 5ª posição do ranking nacional, liderado por Santa Catarina (58,8%).

Entre os estudantes ocupados, há mais mulheres em número absoluto (90 mil), mas proporcionalmente os homens são maioria: 56,4% deles estudam e trabalham, frente a 51,2% das mulheres.

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