Cidades

MEIO AMBIENTE

Em seca extrema, fogo aumentou 107% em agosto no Pantanal

Relatório do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais gerou alerta para o bioma; área queimada chegou a 2,03 milhões de hectares consumidos pelas chamas neste ano

Paisagem do Pantanal Sul-Mato-Grossense ficou cinza e seca durante este ano, e o fogo já consumiu quase 2 milhões de hectares do bioma

Paisagem do Pantanal Sul-Mato-Grossense ficou cinza e seca durante este ano, e o fogo já consumiu quase 2 milhões de hectares do bioma - Foto: Rodolfo César / Correio do Estado

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O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) identificou, por meio do Índice Integrado de Seca (IIS), que a seca extrema – a categoria mais grave, considerada excepcional – está predominando no Pantanal neste mês.

O relatório parcial do órgão federal para o mês foi divulgado nesta semana e auxilia a consolidar uma condição que está sendo observada na prática no território.

Ontem, com a contribuição dessa condição de estiagem, mais de 13% do Pantanal foi atingido pelos incêndios florestais, o que equivale a mais de 2,03 milhões de hectares queimados.

O avanço da devastação do fogo atingiu um nível intenso neste mês. No prazo de 20 dias, entre os dias 2 e 22, os números que mostram a evolução do fogo também indicam um aumento de área queimada de 107%.

No começo deste mês, reportagem do Correio do Estado alertou sobre a aproximação do montante de 1 milhão de hectares queimados.

Ainda como comparativo, os dados do Laboratório de Aplicações de Satélites da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa/UFRJ) sinalizaram que demorou sete meses para o fogo queimar perto de 1 milhão de hectares.

Porém, em 20 dias, os incêndios conseguiram avançar neste mês para a marca de 1,05 milhão de hectares.
Como órgão de pesquisa, o Cemaden apontou que o nível de seca atual causa diferentes impactos socioeconômicos e ambientais negativos, ampliando a preocupação não só para o Pantanal, mas também para a Bacia do Rio Paraná, que está em um dos extremos de Mato Grosso do Sul.

“A projeção do Índice Integrado de Seca para agosto deste ano alerta um agravamento da seca em diversas regiões do Brasil, com destaque para Amazonas, Acre, Mato Grosso, Pará, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.

Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais”, informou o relatório técnico.

“Na Bacia do Rio Paraná, a seca continua se intensificando, variando de severa a extrema em grande parte da região. Esse cenário mantém a área em estado de alerta, demandando medidas estratégicas para mitigar os impactos, especialmente o risco de incêndios”, complementou.

Atualmente, não há uma definição de impacto que aborda o cenário de prevenção dessas condições de estiagem extrema. As medidas a serem tomadas neste momento são de caráter emergencial, a fim de tentar mitigar os impactos negativos que já estão sendo sentidos.

Um deles envolve a fumaça que a a ser registrada em municípios com maior proximidade aos incêndios. 

Em Corumbá e Ladário, ontem, o sol não conseguiu aparecer por conta da densa fumaça que cobriu o céu desde as primeiras horas do dia até noite adentro.

O Ministério do Meio Ambiente colocou em andamento o 2º Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB) em uma tentativa de dar resposta a esses problemas de estiagem.

Essa ferramenta, que conta com o envolvimento do Cemaden, deve ser ampliada para áreas além do Nordeste, e a Região Centro-Oeste estaria na rota para a questão dos efeitos das secas ser trabalhada.
“Reconhecemos a importância de ampliar o escopo desse plano para além do semiárido, abrangendo todo o território nacional”, afirmou a pesquisadora do Cemaden Ana Paula Cunha, durante evento realizado em junho.

PREJUÍZOS

Outra medida em andamento é incluir na pauta da 22ª reunião ordinária do Conselho Deliberativo do Desenvolvimento do Centro-Oeste, em 12 de setembro, a criação de uma linha de financiamento para mitigar os prejuízos econômicos que empresários do setor de turismo, comércio e serviços, além de pecuaristas, estão tendo com o fogo no Pantanal.

A partir dos incêndios, o turismo sofre pane, por exemplo. A discussão envolve oferecer juros de até 6% ao ano e recurso extra para que seja captado pela iniciativa privada. 

Em 2021, após a tragédia dos incêndios do ano anterior, houve a liberação de cerca de R$ 160 milhões.

Cidades

MS quer destravar obras do estádio Morenão em Campo Grande

Inaugurado em 1971 com vitória do Flamengo sobre o Corinthians, estádio da Capital está há anos sem receber partidas oficiais

13/06/2025 12h05

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021

Último jogo disputado no Morenão pelo Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021 Arquivo/Correio do Estado/P.R

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Com audiência pública marcada para a próxima terça-feira (17) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, com representantes do Escritório de Parcerias Estratégicas, da Universidade Federal e do Governo, o Estado busca destravar as obras no estádio Morenão, em Campo Grande.

Com processo de concessão a os lentos, o pedido por audiência partiu do gabinete do deputado Pedrossian Neto (PSD), que tem a intenção de "atualizar a situação do processo de transferência do estádio e discutir os eventuais projetos relacionados ao espaço" , como destacado pela Agência Alems em nota.

Considerado o maior estádio de Mato Grosso do Sul, o Morenão está "abandonado" há tempos e o gramado, se antes era plano, dá lugar a morros e terra e mato alto em determinados pontos. 


"O Morenão, esse gigante, está interditado há anos. O futebol sul-mato-grossense definhando, enquanto o Cuiabá, nosso vizinho, brigando por uma vaga na série A. Se a gente não agir, vamos perder de vez esse patrimônio", lembrava Pedrossian em vídeo publicado em suas redes sociais em março deste ano. 

Ainda em 2021 houve o anúncio de R$ 9 milhões, feito pelo então governador Reinaldo Azambuja (PSDB), com a promessa de que a reforma do estádio Morena iria finalmente sair do papel. 

Porém, ada gestão do Executivo adiante, o titular da Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania (Setescc), Marcelo Ferreira Miranda, afirmou ao Correio do Estado em setembro de 2023 de que o Morenão ficaria pronto ao final de 2024

Estádio histórico

Batizado de Estádio Universitário Pedro Pedrossian, em seu vídeo publicado em abril o deputado apresentou inclusive uma flâmula de inauguração do equipamento que leva o nome de seu avô, data de 07 de março de 1971. 

Registrada na tempo e memória por uma partida entre Flamengo e Corinthians, a qual teve vitória do time rubro-negro sobre o clube alvi-negro, ali abriam-se os portões da história do estádio Morenão em Campo Grande. 

Se atualmente a seleção, sob o novo comando de Carlo Ancelotti, precisou vir ao Brasil para conquistar a vitória sobre o Paraguai na Neo Química Arena, a última vez que o campo-grandense pôde ver os ídolos da "amarelinha" está prestes a completar uma década. 

Foi em outubro de 2009, na última rodada das Eliminatórias para Copa do Mundo de 2010, que o público presente no Morenão pôde assistir a partida entre Brasil e Venezuela. 

Com isso, a última agem da seleção brasileira por território sul-mato-grossense aconteceu há cerca de 16 anos. 

Já o último jogo disputado no Morenão pelo tradicional campeonato Sul-Mato-Grossense ocorreu no dia 23 de maio de 2021, com o estádio sem receber partidas oficiais desde então.

Em um ado mais longínquo, quem nasceu antes da virada do milênio ainda teve a chance de tentar presenciar uma partida, já que na década de 90 dois jogos da seleção foram disputados no Morenão. 

Primeiro, o Brasil empatou em 1 a 1 contra o Paraguai no ano de 1991, durante preparativo amistoso para a Copa América daquele ano. 

Depois disso, em dezembro de 1999, a seleção sub-23, comandada então pelo técnico Vanderlei Luxemburgo, enfrentou novamente os hermanos paraguaios em amistoso, com um novo empate. 

Nesse jogo de 99 o placar da partida foi mais dilatado, com três gols para cada lado, disputa que cerca de 38 mil pessoas presenciaram em Mato Grosso do Sul. 
**(Colaborou Felipe Machado)

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tempo

Frio continua nas noites e manhãs, mas temperaturas sobem no fim de semana

Previsão aponta que temperaturas devem oscilar entre 14°C e 30°C, com possibilidade de chuvas em algumas regiões de MS

13/06/2025 11h30

Frio continua, mas sol aparece entre nuvens durante a tarde

Frio continua, mas sol aparece entre nuvens durante a tarde Foto: Gerson Oliveira / Correio do Estado

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A frente fria continua em Mato Grosso do Sul durante o fim de semana, mas com menor intensidade. Além disso, após um ligeiro período de estabilidade, chuvas devem voltar e não se descarta a possibilidade de temporais em algumas regiões.

De acordo com previsão do Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima (Cemtec), para esta sexta-feira (13) ainda haverá tempo firme, com sol e poucas nuvens no Estado.

Essa condição meteorológica é resultado da atuação de um sistema de alta pressão atmosférica, associado a uma massa de ar frio, que contribui para a estabilidade do tempo. Isto porque este sistema inibe a formação de nuvens de chuva, favorecendo um tempo mais seco, com valores de umidade relativa do ar em torno de 25-45%.

No sábado (14), a previsão indica tempo mais instável com poucas aberturas de sol e bastante nebulosidade. Há previsão para chuvas de intensidade fraca a moderada e, pontualmente, podem ocorrer tempestades acompanhadas de raios e rajadas de vento.

Essa mudança no tempo ocorre devido ao avanço de cavados, em diferentes níveis da atmosfera, aliado ao transporte de calor e umidade. Além disso, uma área de baixa pressão atmosférica favorece a formação de instabilidades.

Conforme o Cemtec, são esperados acumulados significativos de chuvas acima de 30 mm por dia, especialmente nos municípios das regiões sul e sudeste do Estado.

As mesmas condições meteorológicas estão previstas para o domingo (15).

Em relação às temperaturas, estão previstas mínimas de 14°C e máximas de 28°C para as regiões sul, cone-sul e grande Dourados. Nas regiões sudoeste e pantaneira, as temperaturas devem variar entre 16°C e 30°C. Já nas regiões do bolsão, leste e norte, os termômetros devem registrar mínima de 16°C e
máxima de 30°C.

Em Campo Grande são previstas mínimas entre 17-19°C e máximas entre 24-29°C. Pontualmente, podem ocorrer rajadas de vento acima de 60 km/h.

Inverno

O inverno começa no dia 21 de junho. Ainda não há prognóstico de como será a estação neste ano.

Historicamente, o inverno, que  compreende os meses de junho, julho, agosto e parte de setembro, costuma ser marcado pelo tempo seco e estiagem.

É também a estação com o menor volume de chuvas no ano, com pancadas irregulares e mal distribuídas.

Durante o período, costuma haver oscilação, com dias de calor e outros de frio. Frentes frias ocorrerem, geralmente, durante os primeiros 30 dias de inverno.

A partir de agosto, o frio costuma ficar menos frequente, com temperaturas entre amenas e elevadas, além de períodos de estiagem, com longos perídos sem precipitações.

Outra característica da estação é que o primeiro dia do inverno é o mais curto do ano, com a noite mais longa, com duração de 14 horas.

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