Cidades

I DO ÔNIBUS

Ex-presidente afirma que sem subsídio contrato do Consórcio Guaicurus "não chega até o final"

Vinícius Campos classificou o sistema tarifário como ultraado e que pode trazer prejuízo

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Em oitiva da I do Transporte Coletivo desta segunda-feira (26), o ex-presidente da Agência de Regulação dos Serviços de Campo Grande (Agereg), Vinicius Leite Campos, afirmou que, para haver retorno em investimento nas empresas de ônibus, é preciso haver ajuda de subsídio do governo do Estado. 

Em sua fala, Campos afirmou que o sistema tarifário de transporte coletivo está ultraado e que é um modelo de contrato que pode trazer prejuízo para o município. 

“A tarifa para alimentar todo o sistema está ultraado. Em qualquer lugar do mundo, de 40 a 50% a tarifa cobre. O restante, é subsídio do governo. O sistema não é suficiente em nenhum lugar do mundo. Se não houver um subsídio, uma ajuda, esse contrato não vai até o final”, pontuou. 

“É interessante pensar como vai ser o próximo contrato de concessão de Campo Grande. A melhor saída seria chegar a um termo de nova licitação, com um termo diferente”, comentou. “Tem que analisar, também, o sistema do transporte coletivo. O ageiro chega dentro do ônibus já irritado, porque ele está esperando em um ponto sem luz, que não tem onde sentar, ou em um terminal lotado, com banheiro imundo. O ônibus é a última etapa”. 

Vinícius também afirmou que o contrato do Consórcio Guaicurus é “inviável porque não tem fluxo de caixa”. Porém, não foi rescindido em sua gestão pois, “se abrisse licitação, não teria nenhum interessado”. 

Diante das afirmações de que o sistema tarifário do transporte coletivo é falho, Vinícius afirmou que foi para Goiânia em busca de soluções e novas perspectivas sobre o assunto.

Tarifa de remuneração

Além disso, relatou que a decisão sobre os aditivos e alterações em contrato sobre a tarifa do transporte, partem de ajustes pedidos pelo próprio Consórcio, visto que, até 2021, 29% dos usuários eram isentos de tarifas. 

Vinícius lembrou que os funcionários do Consórcio “reclamavam das isenções e não havia remuneração em contrapartida, não tinha de onde entrar o fluxo das isenções”.

Daí, surgiu a chamada “tarifa remuneratória”, que tinha como finalidade dar e à política pública de subsidiar integral ou parcialmente as gratuidades instituídas em lei, em benefício de grupos específicos como estudantes, PCDs, idosos. 

Questionado pelo vereador Maicon Nogueira, o ex-diretor afirmou que a tarifa foi implementada somente com o estudo técnico, sem aval do prefeito da época, Marquinhos Trad. 

“Uma medida extremamente drástica que altera o contrato que já era alvo de reclamação da população foi tomada sobre a ocorrência de uma tecnicidade, de um dado técnico, sem ar pelo credo do prefeito?”, indagou o vereador. 

Em resposta, Vinícius afirmou que os técnicos “reclamavam muito dessas isenções que eram criadas pelo Poder Executivo, pelo Poder Legislativo, e não havia remuneração de outra partida. Foi com o intuito de tentar diminuir esse prejuízo”. 

O Vereador Maicon Nogueira afirmou ainda que, consta em laudo que houveram rees na gestão de Vinícius que foram feitos para o Consórcio que deveriam ir para outros destinos, mas acabaram indo para o Consórcio, todos sem o aval da prefeitura. 

Além disso, durante toda a gestão do ex-presidente, foi investido um valor de R$4 milhões na chamada Matriz OD (origem-destino), uma ferramenta que serviria para mapear os fluxos e deslocamentos da população, além de planejar e monitorar o transporte coletivo da cidade. Nenhum resultado da pesquisa foi apresentado. 

 

No entanto, veio a pandemia. Perguntado sobre o posicionamento do prefeito da época sobre o assunto, Campos afirmou que “durante a pandemia, o prefeito não ia ter cabeça ‘pra’ lidar com isso”. 
 

MEIO AMBIENTE

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência

Documento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, reconheceu o valor ambiental da área e encerrou a possibilidade de instalação de uma represa hidrelétrica

07/06/2025 12h00

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência FOTO: Divulgação

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Na última quinta-feira (05), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - (ICMBio), assinou e oficializou a Portaria nº 2.081, que protege transforma a Cachoeira Água Branca em Reserva Particular do Patrimônio Natural - (RPPN), reconhece o valor ambiental da 2ª maior cachoeira de Mato Grosso do Sul e da fima possibilidade de instalação de uma represa hidrelétrica que, ameaçava comprometer a vida da cachoeira.

Em 2023, o Ministério Público Estadual publicou recomendou ao Imasul - (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que suspendesse a Licença Prévia (LP) e o processo de emissão da Licença de Instalação (LI) de uma usina hidrelétrica a poucos metros do ponto turístico. 

De acordo com a publicação assinada pelo promotor Matheus Macedo Cartapatti, caso fosse formada a represa, que previa um lago de 3,5 hectares, o volume de água pode cairia em até 80%, o que acabaria com a beleza de um dos principais atrativos turísticos da região norte do Estado. Em altura, a Cachoeira Água Branca só perde para a Boca da Onça, em Bodoque, que tem 156 metros de altura. 
 
Sem exigência de estudo de impacto ambiental, a licença prévia para instalação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Cipó foi concedida pelo Imasul em 2021, e segundo o promotor, essa exigência não foi feita porque, conforme o Imasul, “geraria ao empreendedor uma expectativa e custo desnecessário”. 

Entretanto, em 2023, o promotor recomendou que a licença fosse anulada e que um estudo aprofundado sobre o impacto ambiental fosse realizado.

O projeto original da hidrelétrica pretendia instalar a usina para gerar 3,2 megawats de energia, o que é suficiente para abastecer em torno de três mil residências. Depois, após ser questionada sobre o risco de o represamento de água “matar” a cachoeira, a empresa fez a proposta para reduzir para apenas dois megawats de energia. 

Para o MPE, essa geração é irrisória diante da ameaça de acabar com um atrativo turístico de tamanha importância.

Além disso, a promotoria argumentou que depois de concluído, o empreendimento geraria apenas, dois ou três empregos diretos, o que não justificava a intervenção no patrimônio comum paisagístico de toda uma região. 

INVESTIGAÇÃO

A investigação do MPE começou depois de ser acionado por uma coalizão composta por 43 instituições socioambientais atuantes na Bacia do Alto Paraguai (BAP) no Brasil, Bolívia e Paraguai. Entre os argumentos, está o fato de o córrego ser um afluente do Pantanal e que por isso havia a necessidade de estudos mais aprofundados antes de criação da barragem. 

A empresa que pretendia instalar a usina é proprietária de terras na região da cachoeira, e alegou que a energia era necessária para viabilizar o incremento das atividades turísticas que ela mesma pretende fomentar. Sendo assim, alegou, não faria sentido investir na exploração turística se ela própria adotasse medidas que poderiam “matar” seu principal atrativo. 

Ao se defender durante a investigação do MPE, a empresa alegou que são “falsas as alegações e notícias de que a implantação da PCH Cipó extinguirá a cachoeira existente no córrego Água Branca.  Como o turismo se destinará também à visitação à cachoeira, por óbvio que a mesma deveria ser preservada para viabilizar a atividade turística”, argumentou. 

CACHOEIRA

A cachoeira Água Branca é a segunda maior do estado, com mais de 80 metros de queda livre. Localizada a aproximadamente 10 quilômetros da nascente do córrego Cipó, está inserida na sub-bacia Piquiri-Correntes, que contribui para o abastecimento do Pantanal, e faz parte do Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, uma das áreas prioritárias para preservação na Bacia do Alto Paraguai.

O encerramento do projeto da usina e a transformação da área em RPPN representam uma vitória histórica para a conservação ambiental na região da Serra de Maracaju.

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ACIDENTE

Motorista fica preso às ferragens em acidente entre carretas no interior do Estado

Colisão ocorreu próximo à entrada do Assentamento Montana e mobilizou o Corpo de Bombeiros e a PRF

07/06/2025 11h30

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas FOTO: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu

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Na última quinta-feira (5), um acidente envolvendo duas carretas no km 45 da BR-267, em Bataguassu – distante a 335 quilômetros de Campo Grande, deixou um motorista presa às ferragens.

De acordo com as informações, a carreta que transportava peças industriais seguia no sentido Bataguassu quando, ao ar por uma curva, uma das peças atingiu uma carreta carregada com couro que vinha no sentido contrário.

Conforme relatos das testemunhas, um caminhão de menor porte que seguia à frente da carreta com peças tentou ar o assentamento, cruzando a rodovia. Nesse momento, o motorista da carreta com couro tentou ar entre os dois veículos, o que resultou na colisão.

Com o impacto da batida, a carreta com couro saiu da pista e parou em meio à vegetação e o motorista ficou preso às ferragens e precisou ser resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.

A carga de couro ficou espalhada pela pista.

Durante os trabalhos de resgate, a Polícia Rodoviária Federal esteve no local, para os procedimentos de praxe e o trânsito fluiu em meia pista, durante os trabalhos de resgate.

O condutor da carreta que transportava as peças, um homem de 45 anos, não se feriu.

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