Cidades

Criminoso Contumaz

Homem que revendia celulares roubados é preso em Campo Grande

Com sete agens pela polícia o homem de 37 anos, foi pego cometendo o mesmo crime

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Identificado como T.A.S., de 37 anos, com histórico de compras de celulares furtados para revenda, ele foi preso pela Polícia Civil após investigações da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (Derf), em Campo Grande.

Segundo informações divulgadas pela polícia, a “capivara” do cidadão é longa, com sete agens criminais por receptação, em um histórico que se estende por anos, sendo cinco apenas nos últimos dois.

Ao tomar conhecimento de roubos de celulares nas ruas da Cidade Morena, a Derf, ciente do histórico, ou a monitorar o indivíduo, descrito como “receptador contumaz”.

Com mandado de busca, apreensão e prisão preventiva, a polícia foi aos endereços identificados como sendo do suspeito, que acabou preso.

“O que reforça o compromisso de repressão ao crime de roubo, seja pela captura de quem subtrai o patrimônio alheio, seja pela prisão daquele que compra objetos de origem ilícita.”

Cautela

A polícia orienta a população que deseja comprar celulares usados a procurar lojas com boa procedência, que emitam nota fiscal e ofereçam garantia do produto, como forma de desestimular o mercado ilícito de celulares.

Para checar a procedência do aparelho, basta consultar a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por meio do link:
https://www.gov.br/anatel/pt-br/assuntos/celular-legal/consulte-sua-situacao.

No portal, é possível verificar a procedência do aparelho com o número de Identificação Internacional de Equipamento Móvel (IMEI), uma numeração única para cada celular.

Cabe ressaltar que celulares com entrada para mais de um cartão SIM possuem um IMEI para cada chip.

Em “Consulte aqui a situação do aparelho de celular”, siga os seguintes os:

Para encontrar o número de IMEI do celular, o consumidor pode:

  • procurar na caixa do celular;
  • procurar em um adesivo que fica por trás da bateria; ou
  • digitar *#06# no celular e apertar a tecla para ligar.

Comprar celular furtado é crime

Mesmo que a pessoa não tenha conhecimento de que o produto foi adquirido de forma criminosa, o parágrafo 3º do artigo 180 do Código Penal considera como "receptação culposa".

A receptação culposa costuma ocorrer quando o preço do aparelho está muito abaixo do valor real de mercado. A pena é de detenção de 1 mês a 1 ano, podendo ser aplicada multa ou ambas as sanções.

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MEIO AMBIENTE

Governo Federal investirá R$ 32 milhões no combate a incêndios no Pantanal e Amazônia

O chamamento público destina R$ 32 milhões ao fortalecimento de 81 municípios situados na chamada linha de fogo da floresta

11/06/2025 18h00

Governo lança edital para combater e prevenir incêndios em 81 municípios localizados na linha de fogo da floresta

Governo lança edital para combater e prevenir incêndios em 81 municípios localizados na linha de fogo da floresta FOTO: Divulgação

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Governo Federal reforçou, nesta quarta-feira (11), o compromisso com a proteção dos biomas Amazônia e Pantanal por meio do lançamento de um edital público para a prevenção e o combate dos incêndios florestais. O documento também prevê ações permanentes de educação socioambiental em territórios prioritários. O investimento é de R$ 32 milhões, com recursos do Fundo Nacional do Meio Ambiente (FNMA) e do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD), este último vinculado à Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

A iniciativa tem o objetivo de apoiar políticas públicas estruturantes e intersetoriais voltadas à mitigação dos impactos ambientais provocados pelas queimadas. Esses acidentes atingem com frequência comunidades tradicionais, territórios indígenas, áreas de conservação ambiental e regiões com atividades econômicas locais. Trata-se de uma resposta do Estado brasileiro aos desafios colocados pelas mudanças climáticas e pela pressão crescente sobre os ecossistemas amazônico e pantaneiro.

O chamamento público, lançado pelo FNMA com apoio técnico e financeiro do FDD, destina R$ 32 milhões exclusivamente ao fortalecimento de 81 municípios situados na chamada linha de fogo da floresta. Essa região é considerada de alta incidência de focos de calor, conforme levantamento de órgãos ambientais e técnicos do Governo Federal. A ação está centrada na implementação dos Planos Operativos Municipais de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais (PPCIFs), conforme determina a Resolução nº 2/2020 do Comitê Nacional de Manejo Integrado do Fogo (Comif).

Os recursos poderão ser aplicados em despesas correntes e de capital, desde que não envolvam execução de obras civis. Eles podem ser usados, por exemplo, para a compra de equipamentos de proteção individual (EPIs), insumos, ferramentas e veículos leves ou adaptados ao combate a incêndios. Com esse dinheiro, também podem ser contratados serviços especializados que fortaleçam as estruturas locais de resposta. O objetivo é dar condições para que os municípios atuem de forma mais autônoma, articulada e preventiva.

PROPOSTAS

Cada proposta apresentada deverá prever valor de R$ 800 mil a R$ 1 milhão, com prazo máximo de execução de 24 meses. A seleção é restrita aos municípios previamente listados pela articulação interministerial e que compõem o mapeamento de áreas críticas de risco de incêndios. As inscrições devem ser feitas até 26 de julho de 2025, exclusivamente pela Plataforma Transferegov, utilizando o código do Programa 4420420250001. Todos os projetos devem atender às normas da Portaria Conjunta MGI/MF/CGU nº 33/2023, e da Portaria Conjunta nº 28/2024, que disciplinam a transferência voluntária de recursos federais.

Desdobramentos

I do ônibus vai acionar MP para investigar condições de trabalho no Consórcio Guaicurus

Ex-funcionários do Consórcio expam condições de trabalho precárias, como extensa jornada de trabalho, falta de materiais adequados e assédio moral

11/06/2025 17h30

I do ônibus vai acionar MP para investigar condições de trabalho no Consórcio Guaicurus

I do ônibus vai acionar MP para investigar condições de trabalho no Consórcio Guaicurus Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Os vereadores Dr. Lívio, Luiza Ribeiro, Junior Coringa e Maicon Nogueira, componentes da Comissão Parlamentar de Inquérito (I) do Transporte Coletivo de Campo Grande, afirmaram hoje (11), em coletiva, que o Ministério Público será acionado para fiscalizar as condições de trabalho dos funcionários do Consórcio Guaicurus. 

A afirmação veio após os depoimentos de dois ex-funcionários do Consórcio na oitiva desta quarta-feira, onde foram expostas situações de más condições de trabalho, como jornada excessiva e precarização do ambiente de trabalho. 

Como relatado pelo Correio do Estado, Weslei Moreli, ex-motorista do Consórcio, relatou que a jornada de trabalho dos motoristas era exaustiva e que a prática era comum. 

No nosso contrato, a carga horária de trabalho deveria ser de 7 horas e 20 minutos. Mas era comum a gente fazer 9 ou 10 horas. Eu já cheguei a fazer 11 horas. Os nossos intervalos eram de 5 minutos em algum terminal, que dava uns 20 minutos no total do dia. A gente pegava algum salgado pra comer e comia dentro do ônibus”, relatou em depoimento. 

Também afirmou que motoristas eram forçados a realizar outras funções, como a de manobristas, e que não eram ressarcidos financeiramente com o acúmulo da função ou pelas horas extras trabalhadas. 

Além disso, Weslei mencionou que, quando o ônibus se envolve em um acidente que causava algum ferimento à um ageiro, o motorista era responsabilizado, sendo descontado de seu salário as despesas médicas e medicamentosas do ageiro, já que a empresa não é acobertada por seguro. 

Em depoimento, também foi ouvido Gabriel da Silva Souza Almeida, que trabalhava na área de bilhetagem nas cabines dos terminais entre os anos de 2023 e 2024. 

Segundo ele, o Consórcio dificultava o ambiente de trabalho, propositalmente, para forçar os funcionários a se demitirem, com práticas abusivas, de assédio e intimidação jurídica. 

“O consórcio ava por mudanças istrativas internas, que culminaram em assédio moral organizacional, que consiste, entre outras coisas, na prática de uma empresa dificultar o ambiente de trabalho para forçar o empregado a pedir demissão, com práticas sistemáticas de desvalorização do funcionário ou gestão de estresse, com uma liderança que pressionava abusivamente para forçar desligamentos espontâneos”, contou. 

“Estou aqui para representar os trabalhadores e trabalhadoras que sofreram assédio, intimidação jurídica e desenvolveram problemas de saúde física e mentais durante sua atuação no consórcio Guaicurus. Meu objetivo é mostrar para sociedade que, além de um serviço de péssima qualidade e uma taxa extremamente cara, o consórcio contribui com a fragilização dos direitos trabalhistas e para a exploração de trabalho que, por consequência, piora a qualidade do serviço prestado”. 

Gabriel relatou que era comum a falta de cadeiras corretas nas cabines, carga horária de 10 horas de trabalho, escalas desgastantes, ar condicionados que não funcionam, principalmente nos horários de sol forte na cabine, o que fazia com que funcionários assem mal frequentemente. Também registrou que as cabines possuem infiltrações, goteiras e falha constante no sistema de bilhetagem, chegando a ficar 40 minutos desligado. 

“Se o Consórcio faz isso com os próprios funcionários, eles, com certeza, não estão se importando com seus clientes. Além disso, os relatos mostram que a empresa possui uma certa imunidade, porque eles não fariam tudo isso se houvesse fiscalização”, afirma. 

I do ônibus vai acionar MP para investigar condições de trabalho no Consórcio GuaicurusGabriel expôs condições de trabalho abusivas e assédio moral

Ministério Público

Durante a coletiva com os canais de comunicação, a vereadora Luiza Ribeiro destacou a importância dos relatos para as investigações da I. Para ela, ouvir os trabalhadores é central para a investigação. 

“Eu acho que eles trouxeram pra nós uma realidade que a gente não tinha. Uma realidade que importa muito, que é a qualidade dos serviços. Inclusive, sobre a qualidade da frota, que é um ponto que interessa muito na I. O transporte público é uma coisa séria e a maneira como a empresa lida com o transporte, seja nas relações com os trabalhadores, é a maneira como ela realiza o trabalho”, alegou. 

Luiza também responsabilizou a Prefeitura pela falta de fiscalização da qualidade dos serviços, já que a empresa foi contratada pelo órgão através da licitação e que ela estava ciente das condições de trabalho. 

“Então é, sim, responsabilidade da prefeitura de Campo Grande, seja através da Agereg, seja através da Agetran, seja através dos próprios prefeitos e prefeita que ficaram durante essa gestão. Não pode ser indiferente para uma cidade contratar uma empresa para transportar as pessoas que o eixo principal do serviço contratado é o transporte das pessoas. Que transporte? O transporte que a lei diz: de qualidade, seguro, continuado. Acho que, na nossa investigação, a gente precisa debitar essa responsabilidade ao consórcio contratado, mas à prefeitura que faz a convocação desse consórcio e permite que essas condições sejam efetuadas”. 

Finalizando, à pedido do presidente da I, vereador Dr. Livio, foi requerido que o Ministério Público fosse acionado para verificar as questões exibidas nos depoimentos e outras que precisam ser investigadas. 

“Se a comissão puder oficiar entregando os depoimentos desses dois trabalhadores para o Ministério Público do Trabalho, para que ele instale imediatamente procedimentos para verificar o nível de desrespeito que tem as zonas de trabalho e tomar providências legais, porque já que o Poder Concedente não tomou, que é a Prefeitura, tomamos nós aqui pela I”, declarou a vereadora Luiza. 
 

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