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INADIMPLENTES

MS é o 5º estado do país com mais endividados, diz Serasa

Os dados são do levantamento mensal do Serasa e aponta que 54,15% da população de MS tem dívida a quitar.

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Mato Grosso do Sul é o 5º estado com a população mais endividada do Brasil e o 2º na colocação da região Centro-Oeste no mês de março deste ano. Os dados são do levantamento mensal da Serasa que apresenta o cenário de endividamento no país e as taxas de renegociação nos programas para limpar o nome do sistema. 

De acordo com a pesquisa, o país conta com 75,7 milhões de inadimplentes no mês de março, um número 1,02% maior que o mês de fevereiro. São, aproximadamente, 287,6 milhões de dívidas no país e um valor somado de R$483 bilhões. 

Com relação a março do ano ado, o total de endividados era de 70,8 milhões de brasileiros, o que representa um aumento de 6,78% de 2022 para 2023. 

Em Mato Grosso do Sul, 54,15% da população tem alguma dívida a quitar. Segundo o Serasa, as principais fontes de inadimplência são cartões de crédito (28,46%), contas básicas como água e luz (20,58%), financeiras como empréstimos (19,08%) e serviços (11,23%). 

O valor médio de dívidas por pessoa foi de R$5.793,66 e o valor médio de cada dívida, R$1.526,41, uma queda de 0,25% com relação ao mês de fevereiro deste ano.

A pesquisa aponta que o crescimento do endividamento foi causado pelo impacto da inflação, juros altos e desaceleração da economia sobre o orçamento das famílias.

Em março, 5.766.033 acordos foram fechado no programa Limpa Nome do Serasa e o valor médio dos acordos foi de R$714. 

Dicas para lidar com as dívidas

Com o número de endividados em alta no Brasil, muita gente se pergunta por onde começar a recuperar a saúde financeira. Confira algumas dicas dadas pelo SPC (Sistema de Proteção ao Crédito) Brasil para ajudar a lidar com as dívidas:

1. Registre os gastos

Anote todas as despesas, fixas e variáveis, para entender para onde seu dinheiro está indo. Use caderno, planilhas ou aplicativos o importante é ter clareza.

2. Organize as finanças

Classifique os gastos em três grupos: fixos (como aluguel), variáveis (como supermercado) e extraordinários (como emergências). Isso ajuda a identificar excessos e criar um plano realista.

3. Crie metas

Estabeleça objetivos mensuráveis, como pagar uma dívida específica ou reduzir um tipo de gasto. Ter metas claras facilita o acompanhamento do progresso.

4. Corte gastos desnecessários

Revise despesas que podem ser eliminadas ou reduzidas, como s, lazer caro ou compras impulsivas. Pequenas mudanças fazem diferença no final do mês.

5. Converse com os familiares

Quem vive junto, paga junto. Compartilhe a situação financeira com a família e alinhe os objetivos. O apoio coletivo ajuda a manter o foco.

6. Renegocie as dívidas

Entre em contato com os credores e busque melhores condições de pagamento. Muitos oferecem descontos à vista ou parcelamentos facilitados.

7. Priorize as dívidas com juros mais altos

Comece pelas dívidas que mais crescem, como cartão de crédito e cheque especial. Isso evita que elas se tornem impagáveis no futuro.

8. Busque renda extra

Freelas, vendas de itens usados ou pequenos serviços podem gerar renda adicional para acelerar o pagamento das dívidas.

9. Crie o hábito de poupar

Mesmo com dívidas, se possível, tente guardar um valor mensal. Isso evita novos endividamentos em caso de emergências.

10. Consulte seu F com frequência

Acompanhar a situação do F ajuda a detectar pendências e manter o nome limpo. Ferramentas como o SPC Brasil oferecem consultas detalhadas e informações sobre o score de crédito.

O que pagar primeiro?

Comece pelas contas essenciais (aluguel, água, luz), depois foque nas dívidas com juros altos, depois nas garantidas (como financiamento de casa ou carro) e, por fim, nas dívidas de consumo. Negocie dívidas antigas e conheça seus direitos.
 

ACIDENTE

Motorista fica preso às ferragens em acidente entre carretas no interior do Estado

Colisão ocorreu próximo à entrada do Assentamento Montana e mobilizou o Corpo de Bombeiros e a PRF

07/06/2025 11h30

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas FOTO: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu

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Na última quinta-feira (5), um acidente envolvendo duas carretas no km 45 da BR-267, em Bataguassu – distante a 335 quilômetros de Campo Grande, deixou um motorista presa às ferragens.

De acordo com as informações, a carreta que transportava peças industriais seguia no sentido Bataguassu quando, ao ar por uma curva, uma das peças atingiu uma carreta carregada com couro que vinha no sentido contrário.

Conforme relatos das testemunhas, um caminhão de menor porte que seguia à frente da carreta com peças tentou ar o assentamento, cruzando a rodovia. Nesse momento, o motorista da carreta com couro tentou ar entre os dois veículos, o que resultou na colisão.

Com o impacto da batida, a carreta com couro saiu da pista e parou em meio à vegetação e o motorista ficou preso às ferragens e precisou ser resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.

A carga de couro ficou espalhada pela pista.

Durante os trabalhos de resgate, a Polícia Rodoviária Federal esteve no local, para os procedimentos de praxe e o trânsito fluiu em meia pista, durante os trabalhos de resgate.

O condutor da carreta que transportava as peças, um homem de 45 anos, não se feriu.

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negócio bilionário

Sheiks do petróleo estão de olho em mais três usinas de cana em MS

O fundo de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi, já controla três e agora está negociando a compra das usinas da Raízen, em Rio Brilhante e Caarapó

07/06/2025 11h30

Usina da Raízen de Caarapó, na qual existe promessa para geração de etanol de segunda geração, estaria no pacote de venda

Usina da Raízen de Caarapó, na qual existe promessa para geração de etanol de segunda geração, estaria no pacote de venda

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Empresa estatal controlada pelos sheiks do petróleo de Abu Dhabi, a Mubadala Capital está negociando a aquisição de mais três usinas de açúcar e etanol em Mato Grosso do Sul, estado onde o bilionário fundo de investimentos árabe já tem três unidades.

Desta vez, segundo publicação do jornal O Globo de sexta-feira (6), o alvo das negociações, que estariam bastante adiantadas, seriam as usinas Rio Brilhante e atempo, ambas no município de Rio Brilhante. Desde 2021 elas pertencem à Raízen, do Grupo Cosan, que está tentando se desfazer das indústrias e dos cerca de 150 mil hectares de plantações de cana.

A publicação carioca não cita a unidade  da Raízen de Caarapó, também comprada em 2021 do grupo francês Louis Dreyfus Company (LDC). Mas, ela também estaria no pacote de negociação entre a Atvos, controlada pelo Mubadala, e a Raízen. 

Para a usina de Caarapó a Raízen chegou a anunciar, ainda em 2023, investimento de R$ 1,3 bilhão para produção de etanol de segunda geração, produzido a partir do bagaço da cana. Mas, apesar daquele anúncio, a venda pode ocorrer antes da concretização deste investimento. 

Em Mato Grosso do Sul, os sheiks do petróleo, por meio da Atvos, já controlam as usinas Santa Luzia, em Nova alvorada do Sul; a Eldorado, no município de Rio Brilhante; e da usina de Costa Rica, no município com o mesmo nome.

A publicação do jornal carioca se baseia em informações da agência de notícias Bloomberg, que teria tido o a três fontes envolvidas na negociação bilionária. Ainda de acordo com a Bloomberg, o Itaú BBA estaria conduzindo as negociações em nome da Raízen, controlada pelo bilionário Rubens Ometto. 

Caso o negócio seja concretizado, os sheiks do petróleo ariam a controlar seis das 19 usinas de etanol e açúcar de Mato Grosso do Sul, onde 916 mil hectares estão ocupados com cana-de-açúcar na safra que está em andamento em 2025. 

A previsão é de que em Mato Grosso do Sul sejam produzidas 50,5 milhões de toneladas de cana nesta safra, que começou em abril. Todas as plantas geram eletricidade, somando 2 milhões de MWh de abril a dezembro. Doze delas injetam o excedente para a rede nacional de energia elétrica. 

DINHEIRO DO PETRÓLEO

Os árabes entraram no setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul há pouco mais de dois anos. No começo de 2023 o fundo de investimentos Mubadala Capital anunciou investimentos da ordem de R$ 3 bilhões ao longo de três anos nas três usinas do grupo Atvos em Mato Grosso do Sul. 

Por conta destes aportes, em setembro daquele ano as usinas, que pertenciam ao grupo Odebrecht, conseguiram superar o estágio de recuperação judicial em que se encontravam desde 2019.  

Ao final do investimento de R$ 3 bilhões no Estado, eles prometiam aumentar a capacidade de produção de cana em mais de três milhões de toneladas nas três unidades no Estado, onde estão empregadas em torno de quatro mil pessoas. 

A Santa Luzia, por exemplo, havia fechado a safra anterior com quatro milhões de toneladas, mas tem capacidade para até 5,5 milhões. A Eldorado, por sua vez, processou R$ 3,1 milhões de toneladas, mas seu potencial é para até R$ 4,1 milhões de toneladas. Em Costa Rica, a capacidade é de cerca de 4 milhões de toneladas por ano. 

NEGÓCIO LUCRATIVO

E o interesse dos árabes por mais três usinas possivelmente tem relação direta com o lucro das unidades que já têm em Mato Grosso do Sul. Depois do aporte financeiro, duas das três usinas da Atvos no Estado recuperaram suas finanças, aumentaram a produção de cana e fecharam a safra do ano ado com lucro líquido superior a meio bilhão de reais.

Juntas, as usinas Santa Luzia e Eldorado, respectivamente instaladas em Nova Alvorada do Sul e em Rio Brilhante, anunciaram superávit 348% superior ao ano anterior, fechando com lucro de R$ 520 milhões, ante R$ 116 milhões no período ado. 

A usina Eldorado, instalada a cerca de 80 quilômetros da zona urbana de Rio Brilhante, havia fechado a safra anterior com prejuízo de R$ 13,4 milhões. No ciclo seguinte, encerrado em março do ano ado, contabilizou lucro líquido de R$ 269 milhões. 

O dinheiro do petróleo para produzir combustível renovável foi destinado principalmente ao aumento na produção de cana. Na usina Eldorado, o ano terminou com produção de 4 milhões de toneladas, o que é 29% a mais que as 3,1 milhões de toneladas da safra anterior. . 

O lucro da usina de Nova Alvorada do Sul teve crescimento menor que a de Rio Brilhante, ando de R$ 129 milhões para R$ 251milhões.

NÚMEROS

Em Mato Grosso do Sul, a cana-de-açúcar está presente em 48 municípios. Mas, quase um terço (32%) da área plantada está justamente nos três municípios onde os árabes estão presentes e onde pretendem comprar mais duas usinas (Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul e Costa Rica).


 

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