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Mulher morre presa às ferragens em acidente entre carretas

Motorista disse que por conta da baixa visibilidade no trecho, não conseguiu frear a tempo

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Uma mulher de 46 anos morreu após um acidente envolvendo duas carretas, na noite de sexta-feira (6), na BR-158, entre Brasilândia e Três Lagoas. A colisão aconteceu na altura do km 327, próximo à ponte sobre o Rio Verde, a cerca de 10 quilômetros do perímetro urbano de Brasilândia.

Conforme informações do Cenário MS, a vítima, identificada como Josefa Farias da Silva, viajava como ageira em uma carreta Volvo FH, que seguia carregada com soja de Dourados para Três Lagoas. O caminhão acabou colidindo na traseira de outra carreta, que havia parado na pista devido a uma pane mecânica.

Segundo relato do condutor, o veículo à frente transportava eucalipto e estava imobilizado em uma curva, sobre a faixa de rolamento. Ele afirmou que, por conta da baixa visibilidade no trecho, não conseguiu frear a tempo. Ainda tentou desviar, mas o choque foi inevitável.

O impacto atingiu o lado direito da cabine, onde Josefa estava. Ela ficou presa às ferragens e morreu no local. Equipes do Corpo de Bombeiros e do Samu foram acionadas, mas já encontraram a vítima sem sinais vitais.

O motorista sofreu apenas escoriações leves. Já o condutor da carreta parada não teve ferimentos.

Caso semelhante

Na última quinta-feira (5), um acidente envolvendo duas carretas no km 45 da BR-267, em Bataguassu – distante a 335 quilômetros de Campo Grande, deixou um motorista presa às ferragens.

De acordo com as informações, a carreta que transportava peças industriais seguia no sentido Bataguassu quando, ao ar por uma curva, uma das peças atingiu uma carreta carregada com couro que vinha no sentido contrário.

Conforme relatos das testemunhas, um caminhão de menor porte que seguia à frente da carreta com peças tentou ar o assentamento, cruzando a rodovia. Nesse momento, o motorista da carreta com couro tentou ar entre os dois veículos, o que resultou na colisão.

Com o impacto da batida, a carreta com couro saiu da pista e parou em meio à vegetação e o motorista ficou preso às ferragens e precisou ser resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.

A carga de couro ficou espalhada pela pista.

Durante os trabalhos de resgate, a Polícia Rodoviária Federal esteve no local, para os procedimentos de praxe e o trânsito fluiu em meia pista, durante os trabalhos de resgate.

O condutor da carreta que transportava as peças, um homem de 45 anos, não se feriu.

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Após 10 anos, família imperial japonesa volta à Campo Grande

Visita faz parte da programação oficial dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão.

10/06/2025 13h00

A princesa ainda falou sobre a chegada dos imigrantes ao Brasil e da luta durante toda  essa trajetória. 

A princesa ainda falou sobre a chegada dos imigrantes ao Brasil e da luta durante toda  essa trajetória.  Marcelo Victor/Correio do Estado

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Após 10 anos, a família imperial japonesa voltou à Campo Grande, desta vez, a princesa Kako de Akishino visitou a Associação Esportiva e Cultural Nipo-Brasileira na manhã desta terça-feira (10). A visita faz parte da programação oficial dos 130 anos de relações diplomáticas entre Brasil e Japão. 

A agenda com a princesa teve início ainda no Aeroporto Internacional de Campo Grande, onde o deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) recepcionou a comitiva imperial junto com representantes da comunidade nipo-brasileira.

Já no local, cerca de 500 pessoas entre convidados de descendência japonesa e figuras políticas como a prefeita Adriane Lopes e o senador Nelson Trad, estiveram presentes. 

Durante o trajeto, Kako de Akishino prestou homenagens aos primeiros imigrantes, depositando flores no monumento Ireihi. Em seu discurso, a princesa agradeceu pela presença de todos e pelo convite para visitar o Brasil. 

"É com grande satisfação que hoje celebramos, juntamente com todos os senhores, o 5º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre o Japão e o Brasil e o ano do intercâmbio e da amizade entre o Japão e o Brasil".

A princesa ainda falou sobre a chegada dos imigrantes ao Brasil e da luta durante toda  essa trajetória. 

"Em Campo Grande, muitos imigrantes do Japão tiveram dificuldades, e em 1914, por causa da abertura do trânsito de São Paulo, as coisas se desenvolveram rapidamente, por isso muitos japoneses foram imigrantes. Antes disso, houve uma luta contra o ex-presidente Irihi. O caminho que os anciãos caminharam foi um caminho perigoso, mas ao mesmo tempo, eles lembram a história de todos os japoneses.Os japoneses que foram expulsos do Japão, enfrentaram muitas dificuldades, mas continuaram trabalhando e contribuindo para a sociedade brasileira", contou.

Kako de Akishino encerrou o discuro reforçando a importância da cultura japonesa no Brasil. 

"Para todos os japoneses que estão no Brasil e para todos os que vieram do Brasil para o Japão, eu sinto que cada um dos seus esforços têm ajudado a compreender melhor a relação entre o Brasil e Japãohoje, tive a oportunidade de conversar com algumas pessoas da comunidade e cada uma das suas palavras ficou profundamente marcada no meu coração", concluiu.

A prefeita Adriane Lopes também agradeceu e disse que a presença da princesa Kako faz a sociedade lembrar a importância da comunidade japonesa para Campo Grande.

"A comunidade faz parte da história da nossa capital. Toda essa relevância se deve ao trabalho de todos aqueles que aqui chegaram e contribuíram com os avanços. Nós estamos reafirmando um tratado de amizade, de respeito e ressaltando a importância de todas as comunidades que chegaram do Japão aqui na nossa Campo Grande. O nosso prato típico na cidade é um prato oriundo das comunidades japonesas, é o soba, para vocês verem tamanha a importância e relevância da participação de toda a comunidade do desenvolvimento econômico, cultural e social na nossa cidade", declarou.

Já o senador Nelson Trad relembrou que durante uma visita ao Japão, foi recebido pela princesa Kako no Palácio Imperial. 

"Naquela ocasião esse senador que está aqui falando com vocês fez o convite para que ela pudesse fazer o mesmo trajeto que o pai dela e a mãe dela fizeram. E qual foi a nossa surpresa ? Foi que ela quis estar no nosso meio para alegrar os nossos corações. Imaginem todos que estão aqui, como deve ter sido difícil para aqueles primeiros que vieram do Japão para o Brasil começar uma nova vida num país diferente, com costumes diferentes, com lugares diferentes, com clima diferente, como foi o anteado de vocês".

Trad também ressaltou que a sociedade brasileira acolheu os imigrantes como se fossem da "família da gente". 

"Hoje a cultura japonesa está dentro do seio da sociedade brasileira", destacou,

Por fim, o deputado estadual Roberto Hashioka (União Brasil) entregou à princesa Kako o Diploma de Ilustre Visitante, concedido pela Assembleia Legislativa aos cidadãos e autoridades estrangeiras ou oriundas de outros Estados, bem como convidados em missão oficial no Estado.

A agenda da princesa Kako continuou em evento fechado na Governadoria, onde participou de uma audiência com o governador Eduardo Riedel. Em seguida, Kako irá até a escola Visconde de Cairu, que atende filhos de imigrantes japoneses desde 1918. 

No final da tarde, no aeroporto de Campo Grande, Hashioka vai acompanhar a partida da princesa rumo a Brasília.

Sua alteza imperial está no Brasil desde o dia 5 de junho e já percorreu algumas cidades com grande representatividade da comunidade japonesa, como São Paulo, Londrina e Maringá. 

Ao todo, oito cidades serão visitadas ao longo de dez dias, encerrando sua agem em Foz do Iguaçu no dia 15. Em todas as cidades, a princesa Kako está se reunindo com membros da comunidade japonesa e pessoas ligadas àquele país para celebrar a boa relação entre as duas nações.

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MINISTÉRIO PÚBLICO

Comissão da OAB "detona" fundação que reprovou 100% dos candidatos a promotor

Além disso, comissão da OAB quer denunciar o MP-MS ao Conselho Nacional por suposta falta de transparência na contratação da FAPEC

10/06/2025 12h40

Divulgação das notas das sete provas feitas no começo do ano foi feita em audiência pública no dia 3 de junho

Divulgação das notas das sete provas feitas no começo do ano foi feita em audiência pública no dia 3 de junho

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Reprovado no concurso que oferecia dez vagas de promotor no Ministério Público de Mato Grosso do Sul, assim como todos os demais 1.950 inscritos, o advogado Luiz Henrique Correia de Padua Pereira acionou a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) para exigir explicações sobre as motivações que levaram à contratação, sem licitação, da Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura (FAPEC) para realização do processo seletivo.

A reclamação foi julgada procedente pela Comissão de Transparência e Probidade Pública (CTPP) da OAB e encaminhada ao secretário-geral da instituição, Luiz Renê Gonçalves do Amaral, para que denuncie o caso ao Conselho Nacional do Ministério Público e à Corregedoria do próprio MP-MS. 

Entre as principais reclamações apontadas pelo candidato está o fato de que “há anos a FAPEC é alvo de polêmicas envolvendo a sua reputação”, o que, segundo ele, contraria o normativo legal de que uma instituição precisa ter ilibada reputação ética e técnica para ser contratada sem licitação. 

No caso do concurso em que todos os candidatos foram reprovados, cujo resultado foi publicado no dia 4 de junho, o MP reou R$ 496 mil à instituição ligada à Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. 

MINI DOSSIÊ

E, para questionar a competência técnica e reputação da FAPEC, a comissão da OAB elenca 12 situações em que a fundação esteve envolvida em polêmicas ou questionamentos relativos à capacidade para realização e concursos ou vestibulares. 

“No ano de 2023 a FAPEC teve seu nome envolvido em polêmica acerca da realização do Vestibular para ingresso nos cursos da UFMS. Naquela ocasião, professores, candidatos e outros interessados participaram de uma manifestação na Câmara Municipal de Campo Grande onde apontavam a incapacidade da FAPEC de organizar o exame vestibular”. 

 Dias depois, cita a comissão, veio a público a informação de que “no âmbito do mesmo vestibular, a FAPEC deu nota zero para 6 mil redações. Naquela ocasião, foi apontado erro gramatical na redação do edital publicado pela FAPEC”.

“Não serão itido recurso istrativo voltado exclusivamente à simples revisão ou majoração da nota atribuída”. O erro grosseiro (serão itido) dos mesmos professores que deram nota zero na redação de mais de seis mil estudantes foi apontado em reportagem do Correio do Estado no dia 13 de janeiro de 2024

Mas, a OAB não para por aí. “No concurso público realizado para o aos cargos públicos da Prefeitura de Corumbá/MS, realizado no ano de 2024, foi descoberto que um dos candidatos era também membro da Comissão Organizadora do certame. Embora seja contratada para gerir o concurso, a FAPEC não tomou nenhuma atitude até a publicização, via imprensa, da situação”, lembram os advogados da comissão.. 

“No ano de 2022 a Fapec itiu que errou na avaliação dos candidatos a professores temporários na Rede Estadual de Ensino de Mato Grosso do Sul. A falha levou a Secretaria de Estado de istração (SAD) e a Secretaria de Estado de Educação (SED) a anularem sete editais relacionados ao processo seletivo”, descreve o documento da OAB ao qual o Correio do Estado teve o nesta terça-feira (10). 

“No ano de 2017, relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) indicou que a UFMS utilizou a FAPEC como “ponte” de R$ 14 milhões entre a Petrobras e o Aquário do Pantanal”, relembrou a OAB.  

Depois de citar outras seis situações parecidas, a OAB chega à conclusão de que “a FAPEC está longe de ter inquestionável reputação ética e profissional para condução de um certame da magnitude para seleção de Promotores de Justiça Substitutos do MPMS. Suas constantes falhas colocam em cheque a capacidade para realização das atividades para as quais é contratada”, diz o documento em tramitação na OAB.

FALTA DE TRANSPARÊNCIA

E ao se deparar com uma série de fatos questionáveis, ele resolveu “tentar entender a motivação do MPMS ter contratado banca com tal histórico polêmico. Entretanto, este processo está com o ”, relatou Luiz Henrique à comissão da OAB.

“Caso qualquer cidadão queira fazer consultas sobre as contratações públicas realizadas pelo MPMS, deverá fazer por meio de um formulário em que apõe seus dados pessoais. Caso um cidadão tenha medo de retaliações, perseguição ou não queira que seu nome apareça, não fará o pedido por conta das restrições colocadas pelo MPMS sob alegação de proteção de dados pessoais constantes nos autos do processo istrativo”, reclamou. 

E é justamente por conta desta suposta falta de transparência do Ministério Público que o candidato reprovado acionou a OAB em busca de ajuda  para “trocar a Banca de realização do concurso e que esta seja escolhida mediante procedimento licitatório”. 

Luiz Henrique nem mesmo chegou a ar à segunda fase do concurso. Dos 1,95 mil inscritos, em torno de 90% foram reprovados ainda na chamada prova preambular. Dos 202 aprovados, 186 fizeram uma bateria com sete provas com questões discursivas. 

O edital previa que somente quem obtivesse pelo menos cinco em todas as provas e conseguisse média seis na soma dos sete exames aria de fase. Porém, o mais bem colocado conseguiu 5,95 e ainda ficou abaixo de cinco em uma das provas.  

Os candidatos que fizeram a segunda etapa ainda tem prazo até o dia 13 para entrar com recurso. Somente depois disso é que sairá o resultado final e oficial. 

SUPERSALÁRIOS

O concurso oferece dez vagas, sendo sete para ampla concorrência, uma para pessoa com deficiência (PcD) e duas para negros/indígenas. No concurso anterior (29º), que também ofereceu dez vagas, oito candidatos foram aprovados e desde setembro do ano ado trabalham na instituição. Todos são procedentes de outros estados.

Uma das explicações para o fato de muitos dos candidatos serem de outros estados é o salário, um dos maiores do país. O edital do concurso atual anunciava salário inicial de pouco mais de R$ 32,2 mil. Porém, a grande maioria dos promotores e procuradores de Mato Grosso do Sul recebe acima de R$ 100 mil ao final de cada mês

Além da taxa de inscrição, de R$ 323,00, dos 1,9 mil inscritos, o que totalizou em torno de R$ 630 mil, a Fapec recebeu mais R$ 496 mil do próprio MP. O concurso anterior havia sido organizado pela empresa Assessoria em Organização de Concursos Públicos (AO). 

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