Cidades

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Campo Grande terá Escola de Capacitação para Mulheres com foco em vítimas de violência

Calendário de ações e projetos foi divulgado nesta segunda-feira (10), em alusão ao mês em que se comemora o Dia Internacional da Mulher; saiba quais as novidades

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A Prefeitura de Campo Grande, através da Secretaria Executiva da Mulher (Semu), lançou nesta segunda-feira (10) o calendário de eventos e projetos dedicados ao mês da mulher.

Além de palestras, rodas de conversa e oficinas, que serão realizadas até o dia 28 de março, foram lançados programas inéditos para dar mais oportunidade e capacitação às mulheres vítimas de violência.

Um dos destaques é a criação da Escola de Capacitação para Mulheres (ESCAP), que irá oferecer 71 cursos, nas modalidades presencial e à distância. Ao todo, serão 5.500 vagas. Para o projeto, foram doados cerca de R$ 580 mil de instituições parceiras.

"Para a escolha dos cursos, nós fizemos uma pesquisa de quais funções o mercado está demandando, principalmente de olho na Rota Bioceânica. Nós precisamos colocar essas mulheres capacitadas no mercado, para elas avançarem", disse a secretária executiva da Semu, Angélica Fontanari.

O programa está garantido para os anos de 2025 e 2026. Dentre os cursos, estão Acupuntura, istrativo, Agente Comunitário de Saúde e de Combate as Endemas, Assistente Contabil, Departamento Pessoal, Desenho de Moda, Gestão em R.H., Hotelaria e Turismo, Espanhol e Inglês aplicados ao turismo, Libras, Marketing, Socorrista, Telemarketing, entre outros.

Os cursos contarão com certificado válido para candidatura em processos seletivos, principalmente aos ligados à Prefeitura de Campo Grande.

Além dele, também foi lançado o Sorrindo para a Vida, uma parceria com universidades, como a Uniderp, para oferecer tratamento odontológico a mulheres que ficaram com sequelas em virtude de violência sofrida, como por exemplo perda de dentes.

Mas o programa não se limita a casos mais extremos, oferecendo ainda outros tipos de tratamento.

O Sorrindo para a Vida conta com 60 vagas semanais, e terá como pacientes prioritárias as mulheres vítimas de violência, mas se estenderá também às demais mulheres do município que procurarem pelo serviço.

"A prioridade sempre serão as mulheres vítimas de violência, mas se Deus quiser, não teremos tantas vítimas, e assim as demais vagas serão ampliadas para todas as mulheres da nossa sociedade", acrescentou a secretária.

Também será implantada a Ouvidoria da Mulher, que segundo a titular da Semu, terá como objetivo atender às reclamações e sugestões feitas por mulheres com relação a serviços prestados em Campo Grande.

O setor funcionará também como canal de e e orientação, "um mecanismo para dar voz as mulheres", como apresentou Fontanari.

Confira alguns dos outros projetos:

Projeto Emprega Mulher

O projeto consiste na abertura de um polo da Fundação Social do Trabalho de Campo Grande (Funsat) na Sede da Secretaria Executiva da Mulher, com um servidor treinado para cadastramento no sistema SINEFACIL, para verificação de vagas ofertadas de acordo com o perfil da mulher para facilitar o encaminhamento para o mercado de trabalho, principalmente para as mulheres vitimas de violência doméstica.

Projeto Empreenda Bem Mulher

O projeto visa proporcionar a todas as mulheres a oportunidade de serem protagonistas do próprio negócio, por meio de orientação, capacitação e preparo para os desafios do empreendedorismo.

Projeto Mulheres Inclusivas

O objetivo do projeto é oferecer curso de Libras a todas as mulheres, de maneira a possibilitar a comunicação entre ouvintes e surdos, respeitando a cultura surda e abrindo oportunidades a todos, facilitando a comunicação.

A primeira turma tem início no dia 24 de março.

Projeto Mulheres Conectadas

Propõe a criação de podcasts e canal no YouTube que irá entrevistar mulheres, dando não apenas visibilidade ao trabalho e trajetória, mas também com o intuito de servir de inspiração, motivação e força. Além disso, haverá um programa informativo para que mulheres saibam as oportunidades semanais que serão oferecidas pela Secretaria Executiva da Mulher.

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EDUCAÇÃO

Estudantes de MS vencem prêmio nacional por retratarem queimadas no Pantanal em peça teatral

O projeto estudantil de Corumbá receberá premiação de R$ 12 mil, sendo R$ 10.000 para dar a continuidade ao trabalho desenvolvido e R$ 2.000 para o educador responsável

07/06/2025 15h00

Além da premiação de R$ 12 mil para o projeto estudantil de Corumbá, os alunos e a professora que orientou o trabalho vão participar da COP30 em Belém

Além da premiação de R$ 12 mil para o projeto estudantil de Corumbá, os alunos e a professora que orientou o trabalho vão participar da COP30 em Belém Foto: Divulgação

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Projeto cultural desenvolvido em escola pública do Mato Grosso do Sul, foi um dos vencedores do Prêmio Criativos Escola + Natureza.

O trabalho “Queimadas no Pantanal” realizado por um grupo de alunos do 6º ao 9º ano da Escola Municipal Rural de Educação Integral Polo Sebastião Rolon – Extensão Nazaré, localizado no município de Corumbá, conquistou o prêmio nacional ao retratar o problema ambiental das queimadas no bioma pantaneiro através de uma peça teatral.

A iniciativa uniu expressão artística, educação ambiental e engajamento social, sendo um dos projetos premiados na edição de 2025 que tinha como tema o Dia Mundial do Meio Ambiente.

De acordo com o Insitituto Alana, organizadores da premiação, o grupos de estudantes corumbaense, incomodados com a degradação do meio ambiente, decidirão criar uma peça de teatro sobre os impactos das constantes das queimadas no Pantanal, com objetivo de conscientizar as pessoas para a importância de se preservar o bioma.

Formado por oito estudantes, o grupo sob orientação da professora Stella Gonçalves de Souza, buscou valorizar a expressão artística dos estudantes para dar visibilidade a esse problema ambiental crítico na região, engajando a comunidade de forma criativa.

“O objetivo foi orientar a população local sobre os impactos das queimadas no Pantanal, especialmente quando áreas de roçado são incendiadas”, explica a professora Stella.

“O Pantanal é um dos biomas mais diversos do mundo, e também um dos mais devastados pela ação humana. Os alunos, ao escolherem esse tema, demonstraram preocupação e engajamento com as questões ambientais, e o teatro ampliou o alcance para transmitir essa mensagem a um público mais amplo”, complementou.

A ação buscou informar sobre os riscos do fogo, formas de prevenção e a quem recorrer em caso de incêndios, aliando arte e educação ambiental no contexto do bioma pantaneiro.

A peça foi gravada e divulgada nas redes sociais, o projeto também contou com a criação de panfletos informativos que foram distribuídos à comunidade.

Além do reconhecimento nacional, a conquista do prêmio vai proporcionar para três estudantes do grupo corumbaense, mais o educador responsável, uma participação na COP30 através da parceria com Greenpeace Brasil. A COP é um evento mundial sobre agenda ambiental, que será realizado nesto ano na cidade de Belém (PA), no mês de novembro.

O grupo também receberá um prêmio de R$ 12 mil — sendo R$ 10 mil para a continuidade do projeto e R$ 2 mil para o educador responsável.

Escola + Natureza

Além desse projeto sul-mato-grossense, a premiação também reconheceu mais cinco iniciativas: “O diálogo com a natureza: Povos indígenas da Amazônia e a sustentabilidade”, vencedora da Amazônia; “Filtropinha: dos resíduos aos recursos”, vencedora da Caatinga; “Protótipo de Sistema de Reúso de Água na promoção da sustentabilidade e o uso responsável dos recursos naturais”, vencedora do Cerrado; “Ecotech”, vencedora da Mata Atlântica; e “Colocar o coração no ritmo da Terra: reflorestando mentes e corações”, vencedora do Pampa.

Esta edição da premiação recebeu 1.593 inscrições, engajando mais de 60 mil estudantes e 5.300 educadores de 738 municípios brasileiros.

Entre os projetos inscritos, 468 incluíram estudantes com deficiência, e mais de 90% das propostas vieram de escolas públicas — com forte presença de instituições estaduais (51%) e municipais (33,2%). Escolas federais, privadas e organizações da sociedade civil também marcaram presença na premiação.

MEIO AMBIENTE

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência

Documento do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, reconheceu o valor ambiental da área e encerrou a possibilidade de instalação de uma represa hidrelétrica

07/06/2025 12h00

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência

Na Semana do Meio Ambiente, 2ª maior cachoeira de MS garante sobrevivência FOTO: Divulgação

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Na última quinta-feira (05), o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - (ICMBio), assinou e oficializou a Portaria nº 2.081, que protege transforma a Cachoeira Água Branca em Reserva Particular do Patrimônio Natural - (RPPN), reconhece o valor ambiental da 2ª maior cachoeira de Mato Grosso do Sul e da fima possibilidade de instalação de uma represa hidrelétrica que, ameaçava comprometer a vida da cachoeira.

Em 2023, o Ministério Público Estadual publicou recomendou ao Imasul - (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) que suspendesse a Licença Prévia (LP) e o processo de emissão da Licença de Instalação (LI) de uma usina hidrelétrica a poucos metros do ponto turístico. 

De acordo com a publicação assinada pelo promotor Matheus Macedo Cartapatti, caso fosse formada a represa, que previa um lago de 3,5 hectares, o volume de água pode cairia em até 80%, o que acabaria com a beleza de um dos principais atrativos turísticos da região norte do Estado. Em altura, a Cachoeira Água Branca só perde para a Boca da Onça, em Bodoque, que tem 156 metros de altura. 
 
Sem exigência de estudo de impacto ambiental, a licença prévia para instalação da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Cipó foi concedida pelo Imasul em 2021, e segundo o promotor, essa exigência não foi feita porque, conforme o Imasul, “geraria ao empreendedor uma expectativa e custo desnecessário”. 

Entretanto, em 2023, o promotor recomendou que a licença fosse anulada e que um estudo aprofundado sobre o impacto ambiental fosse realizado.

O projeto original da hidrelétrica pretendia instalar a usina para gerar 3,2 megawats de energia, o que é suficiente para abastecer em torno de três mil residências. Depois, após ser questionada sobre o risco de o represamento de água “matar” a cachoeira, a empresa fez a proposta para reduzir para apenas dois megawats de energia. 

Para o MPE, essa geração é irrisória diante da ameaça de acabar com um atrativo turístico de tamanha importância.

Além disso, a promotoria argumentou que depois de concluído, o empreendimento geraria apenas, dois ou três empregos diretos, o que não justificava a intervenção no patrimônio comum paisagístico de toda uma região. 

INVESTIGAÇÃO

A investigação do MPE começou depois de ser acionado por uma coalizão composta por 43 instituições socioambientais atuantes na Bacia do Alto Paraguai (BAP) no Brasil, Bolívia e Paraguai. Entre os argumentos, está o fato de o córrego ser um afluente do Pantanal e que por isso havia a necessidade de estudos mais aprofundados antes de criação da barragem. 

A empresa que pretendia instalar a usina é proprietária de terras na região da cachoeira, e alegou que a energia era necessária para viabilizar o incremento das atividades turísticas que ela mesma pretende fomentar. Sendo assim, alegou, não faria sentido investir na exploração turística se ela própria adotasse medidas que poderiam “matar” seu principal atrativo. 

Ao se defender durante a investigação do MPE, a empresa alegou que são “falsas as alegações e notícias de que a implantação da PCH Cipó extinguirá a cachoeira existente no córrego Água Branca.  Como o turismo se destinará também à visitação à cachoeira, por óbvio que a mesma deveria ser preservada para viabilizar a atividade turística”, argumentou. 

CACHOEIRA

A cachoeira Água Branca é a segunda maior do estado, com mais de 80 metros de queda livre. Localizada a aproximadamente 10 quilômetros da nascente do córrego Cipó, está inserida na sub-bacia Piquiri-Correntes, que contribui para o abastecimento do Pantanal, e faz parte do Corredor de Biodiversidade Emas-Taquari, uma das áreas prioritárias para preservação na Bacia do Alto Paraguai.

O encerramento do projeto da usina e a transformação da área em RPPN representam uma vitória histórica para a conservação ambiental na região da Serra de Maracaju.

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