Um professor do Instituto de Biociências da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) foi condenado a 8 anos de prisão em regime semiaberto pelo estupro de uma aluna durante festa realizada em uma república de Campo Grande. Além disso, ele deverá pagar R$ 30 mil à vítima por danos morais.
À época, a acadêmica tinha 22 anos e foi incentivada pelas amigas a denunciar o professor. Chegou a ser instaurado um ato istrativo na Universidade, que decidiu por não apurar os fatos. O homem continuou dando aulas na instituição durante os últimos 9 anos.
Agora, com a condenação na 1ª instância, a UFMS voltou atrás e informou que irá revisar o ato istrativo de agosto de 2016.
Em nota, a instituição informou ainda que a reitora Camila Ítavo determinou o afastamento preventivo de professor, e "constituiu Comissão de Processo istrativo Disciplinar para a completa apuração de responsabilidade do servidor, sob supervisão da Corregedoria da UFMS".
O crime
Segundo a denúncia, a ex-acadêmica, na época com 22 anos, estava dormindo em um dos quartos da república, após uma festa, quando foi abusada pelo professor.
Amigas que também estavam no local haviam notado um comportamento suspeito do homem, que já havia se aproveitado da vulnerabilidade da vítima, que havia feito consumo de álcool, em outros momentos da festa, ando as mãos no corpo dela e forçando uma aproximação.
Quando a vítima foi para o quarto, o homem foi atrás. Pouco depois, as amigas perceberam a ausência do professor, e foram procurar pela amiga. Ao chegar no quarto, se depararam com a porta trancada.
A vítima chegou a chamar pelas amigas, que começaram a tentar abrir a porta. O professor a abriu e saiu em seguida. A vítima estava desorientada, chorando e sem as roupas íntimas.
As amigas acolheram, deram banho e cuidaram da vítima.
No dia seguinte, o professor voltou a procurar pela ex-acadêmica, entrando em contato e pedindo para marcar um encontro para que eles pudessem conversar. No diálogo, pediu que ela tomasse pílula do dia seguinte.
Acusado de estupro pela vítima, ele negou.
Ela decidiu então procurar pela direção da UFMS para denunciar o crime, mas a universidade teria sido conivente com o professor, e nada foi feito. Ele continuou dando aula, seguiu a vida normalmente, enquanto a vítima mudou de cidade e há anos a por tratamento psicológico.