No início de abril, a restauração do Monumento do Pantanal Sul, popularmente conhecido como “Tuiuiús do Aeroporto”, teve início, e a ave símbolo do Pantanal começa a tomar forma.
Como acompanhou o Correio do Estado, no dia 3 de dezembro de 2023, em decorrência de uma chuva de 103,8 mm, seguida por ventos que atingiram 57 km/h, uma das esculturas acabou caindo.
No dia 25 de março deste ano, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS) aprovou o Projeto de Lei 290/2024, que torna o tuiuiú a ave símbolo do Pantanal Sul-Mato-Grossense.
Monumento
A inspiração para a criação do trio, que recebeu os nomes de Zé Bicudo, Majestoso e Asa Branca, surgiu na mente de Cleir Ávila, que, ao visualizar o voo das aves, pensou em aviões decolando.
Por isso, o monumento, que é um dos principais cartões-postais de Campo Grande, foi feito pensando no design das aeronaves.
“É uma alegria muito grande poder novamente revitalizar essa obra, 25 anos após sua criação. Me lembro que, observando o voo dos tuiuiús, percebi a semelhança com a aerodinâmica das asas das aeronaves, e foi quando me dei conta de que nada poderia representar melhor o Pantanal e o aeroporto que esse movimento aéreo da ave”, conta Cleir.
Dessa forma, cada ave foi feita representando uma fase: pouso, abastecimento e decolagem.
Além da escultura que caiu com o vendaval, as outras duas também arão por processo de revitalização.
O artista relatou que a modelagem feita há 25 anos não terá qualquer detalhe alterado, já que “a memória” da escultura continua viva.
“O que trocamos foram os perfis, mantendo a modelagem original”, explica.
Em breve, os Tuiuiús do Aeroporto estarão prontos para recepcionar quem chega ou deixa a Cidade Morena.

Parceria
A restauração está sendo feita em parceria com Luiz Carlos da Silva e Francisco Bezerra, que é amigo de Cleir e participou da construção do monumento em 1999.
A novidade fica por conta da filha do artista plástico, Yarima Ávila, engenheira civil, que está atuando como responsável pela obra.
Em meio à vida sendo devolvida ao monumento que, neste momento, são ferragens, concreto e muitos cálculos , o amor pela arte toca Cleir.
“Estava muito triste em ver a escultura caída, e agora estou realizado por trabalhar aqui e pela oportunidade de atuar com uma equipe comprometida. Agradeço à Débora Figueiró, minha produtora, pela luta para que este trabalho acontecesse e, acima de tudo, à AENA e ao Sicredi, com quem tenho uma parceria de anos, com muito respeito e iração pelo olhar voltado à nossa arte, cultura e tradição”, detalha o artista.
Ainda compõe a equipe Cleber Brito, que trabalhou com Cleir durante a criação de uma obra em Terenos.