Cidades

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TJ manda prender caminhoneiro solto após ser flagrado com 545 kg de cocaína

Decisão foi revertida na segunda-feira (02) por liminar do Tribunal de Justiça em Mato Grosso do Sul, porém, não há informações de que o motorista de carreta com minérios tenha sido recapturado

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Após ser inicialmente preso com um carregamento de drogas, que somou mais de 545 quilos só de cocaína, um caminhoneiro de 48 anos solto em audiência de custódia teve mais uma vez sua prisão decretada em liminar concedida nesta segunda-feira (02) pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. 

Preso inicialmente na madrugada de 10 para 11 de maio, após o caminhão Scania/R540 que conduzia ser parado por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) próximo à ponte sobre o Rio Paraguai, em Corumbá, o homem ou por audiência de custódia e teve liberdade provisória concedida em menos de 24 horas. 

Na ocasião, o juiz plantonista Maurício Cleber Miglioranzi Santos determinou a liberdade provisória, sob alegação de não haver "necessidade de segregação", dizendo que apesar do flagrante não há elementos que indiquem que o homem sem histórico criminal "reprisará tal conduta". 

Com requerimento da 6ª Promotoria de Justiça de Corumbá, agora, o TJMS deferiu liminar "atribuindo efeito suspensivo ao Recurso em Sentido Estrito", decretando por consequência a prisão preventiva do preso em flagrante com mais de meia tonelada de entorpecentes. 

Novo mandado de prisão

Como acompanhado à época pelo Correio do Estado, o caminhoneiro de 48 anos foi preso com: 292,3 kg de cloridrato e 253 kg de pasta base de cocaína, além de 2,6 kg de maconha, que somadas totalizaram 547,9 kg de entorpecentes. 

 Diante da liberdade provisória concedida, o Ministério Público de Mato Grosso do Sul apresentou recurso, na figura da promotora de Justiça  Gabriela Rabelo Vasconcelos, em "Sentido Estrito e Medida Cautelar Inominada" com pedido liminar para que tal decisão fosse suspensa. 

Conforme a promotora, "a decisão de primeiro grau desconsiderou os requisitos legais da prisão preventiva, previstos no art. 312 do Código de Processo Penal". 

Tal dispositivo permite que seja decretada medida para garantia da ordem pública, conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, desde que estejam presentes as provas da materialidade e/ou indícios de autoria.

Tanto a "expressiva quantidade" quanto a variedade de substâncias - escondidas ainda de forma sofisticada, segundo o Ministério Público -, demonstram uma "periculosidade social" por parte do acusado. 

Ou seja, esses fatores justificariam a "segregação cautelar, a fim de resguardar a ordem pública e prevenir a reiteração delitiva", como destacado na decisão do juiz substituto em segundo grau, Alexandre Corrêa Leite, conforme liminar deferida ontem (02). 

Para o magistrado, os volumes e natureza das substâncias apreendidas, sendo três tipos de entorpecentes distintos, ultraam os parâmetros usuais de gravidade e evidenciam necessidade de segregação imediata, decisão essa que será levada à análise do colegiado do Tribunal de Justiça.
**(Com assessoria)

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SOLTO

Estudante de Medicina é mais um suspeito de esquema em jogo do bicho com prisão revogada

Além do estudante, outros seis investigados também já podem ser colocados em liberdade, de acordo com decisão de juíza

04/06/2025 17h30

Taygon já tinha sido preso duas vezes durante as investigações

Taygon já tinha sido preso duas vezes durante as investigações Reprodução/Facebook

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O estudante de Medicina, Taygor Ivan Moretto Pelissari, investigado no âmbito da Operação Successione, que apura a participação em organização criminosa voltada à exploração de jogos de azar em Campo Grande, teve a prisão revogada nesta semana. 

A decisão, assinada pela juíza May Melke Siravegna, da 4ª Vara Criminal de Campo Grande, afirma que não há mais motivos para manter a prisão cautelar dos investigados, que já podem ser colocados em liberdade. 

Além de Taygon, conforme dado anteriormente pelo Correio do Estado, outros cinco investigados também foram soltos: Gilberto Luís dos Santos, José Eduardo Abdulahad, Manoel José Ribeiro, Valnir Queiroz Martinelli e Wilson Souza Goulart. Anteriormente, Júlio Cézar Ferreira dos Santos, Edilson Rodrigues Ferreira e Diego de Sousa Nunes também tiveram suas prisões revogadas.  

A magistrada afirmou que a medida restritiva não pode ser mantida com base em suposições ou hipóteses, mas deve seguir critérios previstos no Código de Processo Penal. 

Para ela, "não há, no presente caso, risco concreto que justifique a medida cautelar, sobretudo diante do encerramento da instrução processual e do tempo em que as restrições estiveram em vigor".

O alvará de soltura foi expedido, mediante as condições de que os investigados mantenham os endereços atualizados nos autos e estejam à disposição da Justiça até a conclusão do processo. 

O advogado de Taygor, César Henrique Barros, afirmou que a decisão é "absolutamente correta, técnica e justa". 

"Desde o início demonstramos que não havia elementos concretos que justificassem medidas tão gravosas. O reconhecimento da liberdade do nosso cliente reforça que o processo penal deve ser instrumento de justiça, não de antecipação de pena. Agora, ele poderá exercer plenamente seu direito de defesa, com dignidade e em liberdade, como assegura a lei", destacou. 

O caso segue para a fase de alegações finais, onde as partes apresentam suas manifestações antes do julgamento definitivo. 

Relembre

Taygor Ivan Moretto Pelissari havia sido preso pela primeira vez no dia 16 de outubro de 2023 ao ser flagrado em um cassino com 700 máquinas de jogos de azar, localizado no Bairro Monte Castelo, em Campo Grande. Ele portava uma pistola Glock, carregador e munições.

Depois, em dezembro do ano ado, Taygor foi alvo de mandado de prisão em razão da Operação Sucessione, mas no dia 17 de julho de 2024, foi deferida a liberdade com monitoração eletrônica após a defesa alegar não existir motivos para a manutenção da prisão do acadêmico.

No entanto, dia 18 de setembro, a decisão foi revertida pelos desembargadores da 1ª Câmara Criminal. Por unanimidade, os magistrados decidiram restabelecer a prisão de Taygor, avaliando que sua liberdade representava um risco à "conveniência da instrução criminal", uma vez que poderia intimidar as vítimas. 

O estudante foi encaminhado para o presídio de Ponta Porã, município localizado a 315 quilômetros de Campo Grande, no dia 23 de setembro de 2024. 

Operação Sucessione

Nas investigações da Operação Sucessione, o deputado estadual Neno Razuk do PL é apontado como líder da organização criminosa dedicada à prática dos crimes de roubo majorado, exploração de jogos de azar, corrupção, entre outros. 

Em 2023, foram expedidos 10 mandados de prisão temporária, e cumpridos pelos menos 7, e ainda foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão, em Campo Grande e em Ponta Porã pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, Assaltos e Sequestros (Garras),

Depois das investigações iniciais, o GAECO concluiu que 15 pessoas, "cada qual a sua maneira, integravam organização criminosa armada, estruturalmente ordenada e com divisão de tarefas, voltada à exploração ilegal do jogo do bicho, roubos triplamente majorados, corrupção, entre outros crimes graves", informou o MPE.

O nome da operação (Sucessione) faz alusão à atual disputa pelo controle do jogo do bicho em Campo Grande, com a chegada de novos grupos criminosos que migraram para a Capital após a "Operação Omertà", que em 2019 enfraqueceu os negócios da família Name, que durante décadas dominou esse território na cidade. 
 

Santo Casamenteiro

Após a trezena de Santo Antônio, devota encontra aliança e forma família

A jornalista serviu na igreja, conheceu o esposo na festa de Santo Antônio e, agora, ajuda a produzir o bolo da festa do santo casamenteiro e padroeiro de Campo Grande

04/06/2025 16h43

Reprodução Redes Sociais

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A jornalista Deise Helena Vieira Buainain está entre os 100 devotos do santo casamenteiro que estão fazendo o disputado bolo em que alguns encontram uma aliança, que simboliza a fé na formação de uma família.

Helena contou ao Correio do Estado que tudo começou quando fez um retiro na igreja, decidiu se aproximar de Deus e começou a servir na Paróquia de Santo Antônio.

“Comecei a servir, a ajudar nas missas no que fosse necessário. Logo veio a festa de Santo Antônio, e me chamaram para fazer a trezena, que são os treze dias de oração em que a gente pede uma graça para Santo Antônio”, contou Deise.

Essa foi a primeira vez que ela ou treze dias rezando. É recomendado ao fiel que faça um pedido, no  caso, ela sentiu, no coração, a necessidade de pedir um companheiro, um namorado, que fosse da “vontade de Deus”.

“Já fazia muito tempo que eu estava solteira e não tinha tido mais namoros longos, namoros sérios. Eu queria uma coisa nova, diferente. Queria que fosse abençoado mesmo. Não pedi um marido, pedi uma pessoa.”

No 13º dia da trezena, que finaliza exatamente na celebração de Santo Antônio, durante a festa do padroeiro, Deise conheceu, em 2019, aquele que hoje é seu atual marido, por meio de amigos.

A amizade nasceu e eles iniciaram o namoro. Inclusive, ele relatou à esposa que vinha pedindo a Deus uma pessoa da igreja com quem pudesse ter um relacionamento tranquilo, embora ainda parecesse muito cedo para um casamento.

“A gente estava se conhecendo. Então, tive a primeira graça concedida por Santo Antônio, que foi conhecer uma pessoa que também fosse da igreja, mais tranquila, que me trouxesse paz.”

Servos de Deus


O namoro prosseguiu, o casal continuou servindo na igreja, indo a acampamentos, o que a jornalista considera como um relacionamento que nasceu na igreja e foi abençoado por Santo Antônio.

Após três anos de namoro, ela relatou que “sentiram o chamado do matrimônio”.

“Nesse tempo servindo na paróquia, sempre comprava o bolo. E eu já tinha achado a aliança algumas vezes, então já estava na expectativa”, comemorou.

Com a graça do matrimônio, desta vez Deise está do outro lado: participa ajudando a fazer o bolo e acompanha com entusiasmo a devoção das pessoas pelo santo casamenteiro, e também pelas bênçãos.

“Muitas pessoas compram o bolo para toda a família, para levar bênçãos para as casas, para os matrimônios. Afinal, o Santo Antônio é o protetor dos casamentos. Falam ‘santo casamenteiro’, mas, na verdade, ele é protetor dos matrimônios também, e eu sinto muito isso.”

Desde sua entrega como serva de Deus na comunidade, já são treze anos de casamento, quinze de namoro e a formação de uma família com três filhos: Antônia, de 11 anos; Roger Filho, de 9; e o caçula, Luiz Assef, de 5 anos.

“O casamento e o matrimônio são aquele ‘sim’ que você dá todos os dias. Então, sempre que há alguma tribulação, Santo Antônio vem como uma luz, um sinal de que a gente precisa perseverar e permanecer. Santo Antônio está presente na nossa trajetória de maneira muito intensa.”

Imagem Divulgação

Está buscando casamento?


A mensagem da jornalista - que teve o pedido atendido - para as pessoas que estão buscando o chamado para o matrimônio é: tenha fé e siga o exemplo do santo que doou sua vida pela Igreja. Busque servir na paróquia em que estiver.

“Doe seu tempo para a Igreja, que tenho certeza de que as bênçãos virão. E compre o bolo. Muita gente faz simpatia, coloca o santo dentro da geladeira, mas o mais importante é ajudar de alguma forma. E o bolo é uma forma de ajudar nossa paróquia e também de receber a graça através dele.”

Por experiência própria, Deise reforça: caso a pessoa ache a aliança, ela pode se sentir abençoada pelo santo casamenteiro para uma futura união com a pessoa escolhida por Deus, com a intercessão de Santo Antônio.

Produção do bolo


Prosseguindo com a tradição, mais de 100 fiéis estão trabalhando para produzir 17 mil bolos de Santo Antônio. Neste ano, serão distribuídas 3 mil alianças, entre elas, dois pares de ouro.

Além de santo casamenteiro, Santo Antônio é padroeiro de Campo Grande e conhecido como protetor das causas perdidas, dos pobres e como santo dos milagres.

A história conta que, durante suas pregações em praças ou igrejas, doentes e pessoas com deficiência saíam curadas.

Saiba como comprar


Os convites estão sendo vendidos por R$ 15 e podem ser adquiridos com os paroquianos, na secretaria ou após as missas na Catedral.

A entrega do bolo será no dia 13 de junho, das 6h30 às 13h, na Catedral. Assim como nos anos anteriores, a distribuição será feita pelo sistema drive-thru, ou seja, os compradores retiram seus bolos sem sair do veículo.

Serviço

  • A secretaria possui o seguinte horário de atendimento:
  • Segunda-feira: das 13h30 às 17h30
  • Terça a sexta-feira: das 07h30 às 17h30
  • Sábado: das 07h30 às 11h

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