Se encerra neste domingo (9) o Festival do Torresmo que teve início na última quinta-feira (6), em Campo Grande. Até as 22h o evento é gratuito e possui grande variedade gastronômica com expectativa de público de até 40 mil pessoas ao longo dos quatro dias de programação.
Pela primeira vez realizado nos altos da Avenida Afonso Pena, o festival está com estrutura ampliada e mais opções ao público campo-grandense. De acordo com Walternei Schultz, produtor do evento, esta é a terceira edição do festival na Capital.
“Este ano estamos com duas barracas a mais em relação ao ano ado. A estrutura está maior, mais organizada e pronta para receber o público com conforto e segurança”, afirmou.
Com foco na culinária suína, o evento reúne diversas barracas que oferecem iguarias como torresmo de rolo, panceta, costela bovina, joelho de porco e pernil assado.
“O torresmo de rolo é o nosso carro-chefe. Ele é feito com a barriga do porco e a de quatro a seis horas no preparo. Primeiro assamos, depois cortamos, fritamos e servimos em porções. É um processo demorado, mas que garante sabor e crocância”, explicou Walter. O prato é tão elaborado que a equipe começa os preparos às 8h da manhã para que tudo esteja pronto a tempo do almoço.
Outro destaque é a costela bovina, que a cerca de sete horas no fogo. “Tudo depende do clima. Quanto mais quente o dia, mais rápido assa. Já o vento atrapalha um pouco. Cada peça exige atenção e cuidado no preparo”, acrescentou.
A organização do evento envolve uma equipe robusta, composta por aproximadamente 150 profissionais. “São 50 pessoas que viajam com a gente toda semana e mais cerca de 100 trabalhadores locais contratados diretamente para atuar em cada cidade. Além disso, contamos com fornecedores de gelo, carvão, segurança, apoio dos bombeiros e toda a estrutura necessária para garantir o bom funcionamento do festival”, explicou o produtor.
Além do sabor, o Torresmo Fest é marcado por sua diversidade cultural. “Temos uma equipe muito diversa, com pessoas de vários estados. É como uma feira das nações. Tem gente de São Paulo, Londrina, Dourados, João Pessoa e até do Rio de Janeiro. Alguns vêm conosco desde outras edições e continuam participando em novas cidades. É uma verdadeira torre de Babel brasileira”, brincou Walternei.
Criado há seis anos, o festival já ou por mais de 20 estados e realizou mais de 515 edições. Segundo a organização, mais de 10 milhões de pessoas já aram pelas atrações do evento em todo o país.
Em 2025, a turnê teve início em maio e percorreu os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Tocantins, com retorno previsto a São Paulo apenas em dezembro.
“Na semana ada estivemos em Dourados, onde mesmo com o frio de 4 graus na quinta-feira, conseguimos atingir as expectativas. Agora seguimos para Cuiabá e já estamos estudando novas cidades em Mato Grosso do Sul para 2026. A ideia é expandir ainda mais a rota no Estado”, revelou.
Com entrada gratuita, o festival também conta com apresentações musicais ao vivo, espaço kids e opções de chope artesanal.
A programação vai até hoje a noite, e a expectativa é de que o evento atraia cerca de 40 mil pessoas, mesmo com o aumento na estrutura.
“A rotatividade é muito grande. Mesmo com mais espaço e mais barracas, acreditamos que o fluxo vai se manter estável. As pessoas vêm, aproveitam e logo outros chegam. É um evento pensado para todo mundo”, concluiu o organizador.