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Astrologia B+: A energia do Tarô da semana entre 17 e 23 de março. Chegada do Ano Novo Astrológico

Com a chegada do Ano Novo Astrológico, a carta da Papisa nos convida à introspecção. Este é um momento de observar com mais atenção, conter impulsos e buscar compreensão antes de dar o próximo o.

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Março chegou com alguns dos eventos astrológicos mais marcantes e transformadores do ano! O mês começou sob a energia de Peixes, o último signo do zodíaco, que simboliza o encerramento de ciclos.

Esse processo pode ter despertado emoções profundas, mas também abriu espaço para cura e renovação. Agora, com o Ano Novo Astrológico se aproximando, é fundamental permitir-se viver e absorver plenamente cada experiência. 

Feliz Ano Novo! Ou melhor, quase...Você deve estar pensando: não era em janeiro? Sim, e não. Pelo calendário gregoriano, o ano começa oficialmente no dia 1º de janeiro. No entanto, na astrologia, a história é um pouco diferente.

Nesta quinta-feira (20), com a entrada do Sol em Áries, começa o Ano Novo Astrológico, trazendo consigo uma energia vibrante, impulsiva e voltada para a ação.

O Ano Novo Astrológico está diretamente ligado ao Equinócio de Outono, momento em que o dia e a noite têm a mesma duração. No Hemisfério Sul, o equinócio marca o início do outono, enquanto no Hemisfério Norte, dá início à primavera.

Este evento simboliza a transição do verão para o outono, quando as forças da luz e da escuridão se equilibram. Considerado um dos portais mais poderosos do ano, o Equinócio de Outono era celebrado por diversas culturas antigas como o verdadeiro início de um novo ciclo.

Ele carrega a energia do equilíbrio, refletindo-se não apenas no mundo ao nosso redor, mas também dentro de nós.

Entre a Reflexão e a Ação: A Energia do Equinócio de Outono e do Ano Novo Astrológico

Por isso, integrar essa celebração do Equinócio de Outono ao Ano Novo Astrológico é uma oportunidade única para alinhar razão e emoção, renovar nossas energias e nos preparar para um novo começo. Este momento nos convida a refletir sobre escolhas adas, identificar o que precisamos deixar para trás e o que devemos nutrir para o futuro, trazendo uma energia de renovação e profunda reflexão.

Um ritual poderoso para esta data é o de liberação, onde escrevemos tudo o que não serve mais em nossas vidas e, com intenção, queimamos esses papéis ou os enterramos, permitindo que o outono, a estação do desapego, nos traga uma renovação genuína e transformadora.

Áries Nos Convida a Avançar com Coragem e Determinação, Mas Vai com Calma!

Com a entrada de Áries, um signo vibrante e impulsivo, somos chamados a avançar sem medo, abrir novos caminhos e seguir nossos desejos com determinação. Áries potencializa nossa coragem para agir e recomeçar, nos inspirando a trilhar novos caminhos com confiança e vigor.

No entanto, com a Papisa, também conhecida como Alta Sacerdotisa, como carta regente da semana, somos lembrados de que as decisões mais acertadas geralmente surgem após um período de reflexão e análise, em vez de ceder ao impulso ou às emoções do momento.

Antes de agir, é essencial ouvir a intuição, observar os sinais ao nosso redor e permitir que a sabedoria interior nos guie em nossos próximos os.

Se suas resoluções de Ano Novo não começaram como esperado, não se preocupe. Astrologicamente, este é o momento mais favorável para estabelecer novas intenções e metas. As próximas semanas trarão também um impulso de confiança, auxiliando você a seguir com coragem tudo o que seu coração deseja!

A carta da Papisa nos chama à introspecção, trazendo equilíbrio ao impulso ariano com a sabedoria necessária para seguir em frente. Ela nos lembra que, antes de embarcarmos em novas jornadas, é essencial parar, refletir e ouvir nossa intuição.

Esse equilíbrio entre ação e reflexão previne decisões precipitadas e nos permite ar uma compreensão mais profunda dos caminhos que se abrem diante de nós. Enquanto o Mago manifesta seus talentos de maneira clara e direta, a Papisa, que o sucede, age de forma mais sutil e silenciosa.

Assim como a criação de nossas intenções é um processo interno, a Papisa nos ensina que é no silêncio do nosso ser que plantamos as sementes para o que está por vir

O Equinócio de Outono traz consigo uma característica marcante: a sensação de cansaço e a diminuição de energia. Assim como a Terra entra em um período de reclusão e desaceleração, nós também somos convidados a entrar em sintonia com esse ritmo, permitindo-nos um tempo para o recolhimento e a renovação interior.

Desacelerar para Enxergar

No sábado (22), você já terá ultraado a metade do período de Vênus retrógrado. Nesse dia, o Sol em Áries se alinhará com Vênus retrógrado no mesmo ponto do céu, trazendo momentos reveladores e a oportunidade de resolver conflitos, ajustando diferenças e divergências de maneira conciliadora.

Se há algo que Vênus retrógrado sabe fazer com maestria, é mexer com nossos sentimentos e desejos, forçando-nos a confrontar o que estava escondido.

Este trânsito vai além do amor romântico – ele nos convida a refletir sobre tudo o que realmente valorizamos: relacionamentos, autoestima, dinheiro, prazer e até a forma como percebemos nossa própria imagem e identidade.

Para intensificar essa energia, Mercúrio retrógrado, aliado à força da Papisa, nos leva à introspecção e ao silêncio, enfatizando a importância de ouvir mais, falar menos e confiar na intuição antes de se expressar. Pense bem antes de agir ou falar. Lembre-se: "A palavra é prata, o silêncio é ouro." (Provérbio Árabe)

Portanto, neste período, somos impelidos a desacelerar e voltar o olhar para dentro. É como se, de repente, o foco nas distrações se dissie, deixando-nos frente a frente com tudo o que evitamos enxergar, revelando verdades que antes estavam ofuscadas ou ocultas. Esse período é um chamado para reavaliar o que realmente importa e fazer as pazes com aquilo que, no fundo, sempre soubemos.

                                        Carta da Papisa - Divulgação

A Papisa: o à Sabedoria Interior e Intuição Divina

A Papisa é a guardiã da mente subconsciente e a mestra do conhecimento sagrado e dos mistérios ocultos. Ela representa a iluminação espiritual, o conhecimento divino e a sabedoria. Este arcano indica que o véu entre você e o inconsciente está mais fino, oferecendo a oportunidade de ar sabedoria interna.

Agora é o momento de estar em silêncio e ouvir sua intuição, pois as respostas vêm do seu interior. A Papisa encoraja você a se conectar com seu Eu Superior e a desenvolver habilidades intuitivas por meio de meditação e práticas espirituais.

Este é um período de maior clareza intuitiva, e a Papisa sinaliza que o conhecimento necessário para resolver questões está dentro de você, ado por meio da intuição e não pela razão.

Se você está desenvolvendo habilidades psíquicas, ela oferece incentivo para continuar sua jornada. A presença da Papisa também indica a necessidade de equilibrar suas energias masculina e feminina, focando na intuição, compaixão e empatia.

Com o eclipse solar em Áries no dia 29 de março, um forte portal de reinvenção irá se abrir. Aqui, a influência da Papisa se torna ainda mais valiosa, pois ela nos ajuda a enxergar além das aparências e a entender quais mudanças realmente fazem sentido para nosso crescimento pessoal.

Os eclipses solares marcam novos começos, mas este é especialmente potente para autodescoberta e reinvenção.

Assim, enquanto o Ano Novo Astrológico nos impulsiona para frente, a carta da Papisa nos lembra que o verdadeiro poder vem não apenas da ação, mas também da consciência e da sabedoria interior.

A presença de Vênus retrógrado e a influência da Papisa no Tarô trazem uma energia introspectiva, de revisão emocional e amadurecimento interno. Neste início do Ano Novo Astrológico, a meditação, a reflexão e a análise cuidadosa das possibilidades são essenciais.

A Papisa traz consigo a necessidade de ponderação e decisões tomadas com sabedoria e estratégia. Como disse William Shakespeare, “Dê a todas pessoas seus ouvidos, mas a poucas a sua voz.”

Como lidar com Vênus e Mercúrio retrógrados ao mesmo tempo?

Durante o período em que Vênus e Mercúrio estão retrógrados simultaneamente, podemos enfrentar desafios em áreas como comunicação, relacionamentos e finanças, exigindo mais paciência e reflexão, qualidades associadas à Papisa.

Vênus retrógrado impacta principalmente temas relacionados a vínculos, valores, autoestima e finanças, sugerindo que, no início do novo ano astrológico, ainda estaremos em uma fase de reavaliação sobre o que realmente nos traz prazer, satisfação e segurança. Algumas tendências incluem:

• Revisão de relações afetivas: antigas conexões podem ressurgir, trazendo oportunidades de reencontros. Também é um momento para refletir sobre o verdadeiro valor das pessoas ao seu redor. Evite decisões impulsivas.

• Reflexão sobre autoestima e amor-próprio: padrões emocionais do ado podem vir à tona para serem curados.

• Reajustes financeiros: é o momento de reavaliar gastos, investimentos e a maneira como lidamos com dinheiro e trabalho. Tempo de cautela, focando na organização financeira e evitando riscos.

• Vida Profissional: um período de introspecção para reavaliar sua carreira, focando em planejamento, aprendizado e ajustes. Novos começos podem surgir, mas exigem paciência e estratégia. Além disso, com Mercúrio retrógrado, é essencial redobrar a atenção em negociações, contratos e conversas de grande importância para evitar mal-entendidos.

• Saúde: atenção ao cansaço e à imunidade. A Papisa aconselha ouvir seu corpo e buscar equilíbrio emocional e físico, evitando sobrecargas e reconhecendo necessidades sutis. Ela orienta a buscar equilíbrio, especialmente nas questões emocionais, que podem estar impactando sua saúde de forma imperceptível.

Conclusão

O Ano Novo Astrológico de 2025 começa sob a influência da Papisa, que traz um convite à introspecção e ao amadurecimento interno. Este será um período de reflexão, paciência e planejamento, em vez de ação impulsiva.

Será um momento de escutar a intuição, buscar o autoconhecimento e aprofundar-se espiritualmente, mesmo que isso cause certa demora nas resoluções externas.

A energia da Papisa nos lembra que muitas respostas estão dentro de nós e que o tempo de espera e reflexão é essencial para avançarmos com sabedoria. “Escuta e serás sábio. O começo da sabedoria é o silêncio.” (Pitágoras)

Uma ótima semana e muita luz,

Cris Paixão

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Cinema B+: Tom Hardy Brilha em Terra da Máfia

Série produzida por Guy Ritchie, narra a luta entre duas famílias criminosas em Londres, combinando drama e violência.

07/06/2025 13h00

Cinema B+: Tom Hardy Brilha em Terra da Máfia

Cinema B+: Tom Hardy Brilha em Terra da Máfia Foto: Divulgação

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Terra da Máfia – ou Mobland no original – pode ser resumida como um Landman no submundo criminoso britânico. E, assim como a série (também da Paramount+) conta com o carisma de sua estrela, Billy Bob Throrton, aqui também é o talento e personalidade únicos de Tom Hardy que faz da série algo que vale ser conferido.

Dirigida e produzida por Guy Ritchie (em dois episódios), Terra da Máfia não chega a ser uma Peaky Blinders e nem mesmo mantém o estilo- de Ritchie de ritmo acelerado, momentos clipados e humor em cenas incômodas e violentas.

Não, aqui a história segue um ritmo de mão firme, mas em prol do drama. O que é obvio que se trata de uma produção do diretor é a presença de grandes estrelas do cinema inglês, e, especialmente, a envolvente, convincente e inegavelmente empática de Tom Hardy em um veículo perfeito para ele.

Em meio à proliferação de séries sobre famílias criminosas e códigos de lealdade no submundo, Terra da Máfia surge com pedigree de peso e pretensões ousadas.

Criada e roteirizada por Ronan Bennett, criador da elogiada Top Boy e também responsável por roteiros em filmes como Public Enemies (2009), o projeto, que inicialmente seria um spin-off da série Ray Donovan, da Showtime, acabou se transformando numa obra autônoma, mantendo, no entanto, muitos dos elementos dramáticos e estruturais que tornaram Ray Donovan um marco do drama criminal televisivo.

A gênese de Terra da Máfia a justamente por esse elo com Ray Donovan. O roteirista David Hollander, que trabalhou como showrunner em Ray Donovan (e dirigiu diversos episódios da série, incluindo o filme derivado de 2022), colaborou no projeto inicial ao lado de Bennett, antes da produção ser reconfigurada para um público britânico.

O que sobrevive dessa influência é o arquétipo do “fixer”, o homem que opera nos bastidores para apagar incêndios da elite criminosa — uma figura que, em Ray Donovan, foi imortalizada por Liev Schreiber como o problemático Ray; e que aqui ganha nova roupagem com Tom Hardy como Harry Da Souza, um homem fiel à sua família adotiva — os Harrigans — mas cuja lealdade será testada até os limites morais.

A trama se desenrola em Londres, onde duas famílias criminosas, os Harrigans e os Stevensons, disputam território, honra e legado. Os Harrigans são liderados por Conrad (Pierce Brosnan), um patriarca que combina pragmatismo e brutalidade com uma aparência aristocrática. Sua esposa, Maeve (Helen Mirren), não é apenas decorativa: ela exerce influência discreta e incisiva nos bastidores, uma Lady Macbeth dos becos londrinos.

Kevin Harrigan (Paddy Considine), o herdeiro problemático, vive às sombras da figura paterna, enquanto o neto Eddie (Anson Boon) se envolve em um episódio violento com o jovem Tommy Stevenson — um incidente que coloca as famílias à beira da guerra. Cabe a Harry Da Souza, braço-direito dos Harrigans, apagar o incêndio com a discrição e a frieza que o cargo exige, mesmo que isso o obrigue a enfrentar fantasmas pessoais e comprometer o frágil equilíbrio de sua própria família.

O personagem de Tom Hardy é a espinha dorsal da narrativa. Em Harry, há ecos do Ray Donovan original: a figura do homem endurecido pela vida, envolto em uma aura de silêncio e violência contida, que tenta proteger a família mesmo que precise destruir outras. Hardy entrega uma atuação calibrada, mais contida do que suas performances explosivas em filmes como Venom, e isso é parte do mérito da direção de Ritchie nos episódios iniciais.

A trilha sonora, assinada por Matt Bellamy (vocalista do Muse) e Ilan Eshkeri, ajuda a criar uma atmosfera intensa, quase operática em alguns momentos, acentuando o drama familiar que se sobrepõe ao crime. A estética é urbana e crua, refletindo as tensões contemporâneas de uma Londres que se moderniza à força, mas onde os códigos de sangue e lealdade continuam a ditar as regras.

Apesar do elenco estelar e da ambientação sofisticada, Terra da Máfia enfrentou percalços durante a produção. A empresa Helix 3D, responsável pela construção dos cenários, faliu durante as filmagens, deixando técnicos e operários sem pagamento. Tom Hardy, em gesto solidário, chegou a se oferecer para cobrir os salários da equipe, mas os estúdios acabaram assumindo essa responsabilidade.

Para completar, houve um roubo de equipamentos no set em Londres, o que atrasou parte das filmagens. Esses bastidores conturbados contrastam com a aura de controle e poder dos personagens na tela — uma ironia que não ou despercebida à mídia britânica.

Na recepção crítica, Terra da Máfia dividiu opiniões. O Rotten Tomatoes aponta uma taxa de aprovação de 76%, com elogios à performance de Hardy e à ambientação sombria, enquanto o Metacritic registra uma média de 59, revelando avaliações mais mornas.

Muitos críticos destacaram o excesso de subtramas e um ritmo que, por vezes, se arrasta, especialmente nos episódios intermediários. O sotaque irlandês adotado por Pierce Brosnan também foi alvo de piadas nas redes sociais e reviews. Ainda assim, há consenso de que o projeto é ambicioso e que a densidade emocional da série compensa algumas irregularidades narrativas.

Aqui vai minha decepção justamente com o casal principal: tanto Pierce Brosnan e mais ainda Helen Mirren estão uns três tons acima do resto do elenco, quase caricaturais e contrastam com o brilhantismo tanto de Hardy como do maravilhoso Paddy Considine, que ganhou fama mundial por sua interpretação precisa e impactante de House of the Dragon (esnobada injustamente nas premiações) e aqui, novamente, traz complexidade à um homem que tem aparência ocasionalmente “fraca” diante da psicopatia dos que o cercam.

Anson Boon, que ainda é para mim Johnny Rotten de Pistol, é o rebelde e inconsequente Eddie, que deflagra a guerra de famílias criminosas em Londres e que despreza seu pai, Kevin (Considine), com total apoio de sua avó, Maeve (Mirren). Essa relação tóxica – e trágica – vem do que Maeve gosta de chamar “verdadeiros Harrigans”, mas que são uma mescla de psicopatia e frustração.

Maeve manipula o marido que é – para ela – “fraco”. Kevin é como o pai, mas ao identificar Eddie como ela, a verdade a matriarca só está usando uma arma que manipula para seu próprio desejo de violência. Se a série vai sobreviver até vermos ela perceber que Eddie não é controlável, teremos que esperar. Mas essa narrativa é justamente o coração dramático dos primeiros episódios e se Helen Mirren não estivesse tão forçada como Lady Macbeth seria bem interessante.

A química de amizade e cumplicidade de Paddy Considine e Tom Hardy, por outro lado, é sensacional. Pequenos flashbacks sugerem que os amigos superaram traumas de adolescência juntos e embora esteja sempre contido e falando manso, sabemos (graças à Hardy), o quanto perigoso e astuto Harry realmente é. Seu vínculo, no entanto, é com Kevin, não exatamente com os Harrigans. Uma vez perdido, que lado ele vai escolher?

Terrra da Máfia talvez não redefina o gênero do drama criminal, mas representa um ponto de encontro interessante entre o estilo pop noir de Guy Ritchie, o realismo social de Ronan Bennett e a mitologia clássica dos “homens difíceis” herdada de Ray Donovan.

Com atuações sólidas, temas densos e um pano de fundo de conflitos intergeracionais, a série se posiciona como um novo capítulo na tradição das famílias disfuncionais da ficção — onde o sangue, no fim das contas, nunca é apenas simbólico.

GASTRONOMIA

Confira receitas deliciosas feitas com milho, a estrela das festas juninas e julinas

Entenda o motivo de este ingrediente ser tão popular nessa época do ano e conheça três receitas para preparar no seu arraial

07/06/2025 10h30

Com alto potencial produtivo, o milho é base da alimentação nas culturas interioranas

Com alto potencial produtivo, o milho é base da alimentação nas culturas interioranas Foto: Pixabay

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As festas juninas no Brasil carregam consigo um profundo significado, que vai além das fogueiras, danças e bandeirinhas coloridas. No coração dessa celebração está o milho, grão que não apenas alimenta o corpo, mas também nutre a identidade cultural do homem do campo.

O milho, cultivado desde tempos imemoriais pelos povos indígenas, foi assimilado pela cultura rural brasileira de forma tão intensa que se tornou um dos pilares da alimentação e da economia no interior do País. 

Nas regiões de tradição caipira, como o interior de São Paulo, Minas Gerais, Goiás e partes do Paraná, o milho é elemento central de um modo de vida. 

O caipira, com seu jeito simples e sábio, soube transformar o milho em uma variedade de pratos que sustentam famílias e enriquecem as festas comunitárias.

A relação entre o milho e a cultura caipira é tão forte que muitos dos pratos típicos das festas juninas têm origem justamente nas cozinhas rurais, onde a criatividade e a necessidade deram origem a receitas que atravessaram gerações. 

O curau, a pamonha, o bolo de milho e a canjica não são apenas comidas, mas expressões de um saber tradicional ado de mãe para filha, de avó para neto, em um ritual de preservação cultural.

Nas festas de São João, o milho assume um papel quase sagrado. Sua colheita, que coincide com o período junino, é celebrada como um presente da terra, uma dádiva que precisa ser compartilhada. 

Nas comunidades rurais, era comum que os vizinhos se reunissem para descascar o milho, preparar as receitas e, depois, dançar quadrilha ao redor da fogueira – um momento de confraternização que reforçava os laços comunitários.

Além disso, o milho representa a resistência de um modo de vida que, embora muitas vezes esquecido nas grandes cidades, ainda pulsa no interior. 

O caipira, com seu chapéu de palha e sua fala cantada, é guardião desse conhecimento, lembrando-nos de que a simplicidade e a conexão com a terra são valores que merecem ser preservados.

Pamonha (doce ou salgada)

Ingredientes 

  • 6 espigas de milho frescas;
  • 1 xícara (chá) de leite;
  • 1 colher (sopa) de manteiga;
  • Sal ou açúcar a gosto;
  • Palha de milho para embrulhar.

Modo de Preparo

  1. Rale o milho ou corte os grãos e bata no liquidificador com o leite.
  2. e a massa por uma peneira para obter um creme homogêneo.
  3. Leve ao fogo baixo, mexendo até engrossar. 
  4. Adicione a manteiga e tempere com sal (para a versão salgada) ou açúcar (para a doce).
  5. Coloque a massa ainda quente nas palhas de milho, amarrando bem.
  6. Cozinhe em água fervente por cerca de 40 minutos. Sirva quente.

Bolo de milho cremoso

Ingredientes 

  • 3 espigas de milho;
  • 1 xícara (chá) de açúcar;
  • 1/2 xícara (chá) de óleo;
  • 3 ovos;
  • 1 colher (sopa) de fermento em pó.

Modo de Preparo

  1. Bata no liquidificador o milho, os ovos, o óleo e o açúcar.
  2. Transfira para uma tigela e misture o fermento.
  3. Despeje em uma forma untada e leve ao forno preaquecido a 180°C por 40 minutos.
  4. Sirva morno, acompanhado de café ou queijo coalho.

Curau de milho

Ingredientes 

  • 6 espigas de milho;
  • 2 xícaras (chá) de leite;
  • 1 lata de leite condensado;
  • Canela em pó para polvilhar.

Modo de Preparo

  1. Corte os grãos do milho e bata no liquidificador com o leite.
  2. Peneire a mistura para retirar os resíduos.
  3. Leve ao fogo baixo, mexendo até engrossar.
  4. Adicione o leite condensado e continue mexendo até atingir a consistência de mingau.
  5. Despeje em tigelas e polvilhe canela. Sirva gelado.

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