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GASTRONOMIA

Para quem procura uma refeição nutritiva, simples e saborosa, a canja é uma ótima opção

Cantada em prosa e verso, figurando em ditados populares e considerada uma grande aliada para quem procura conforto em dias frios, a canja é recomendada por especialistas como um prato que, de fato, faz bem à saúde

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Cantada em prosa e verso, figurando em ditados populares e considerada uma grande aliada para quem procura uma refeição nutritiva, capaz de proporcionar conforto em dias frios, a canja, além de saborosa e bem simples de fazer, é recomendada por especialistas como um prato que, de fato, faz bem à saúde.

Para melhorar as vantagens da iguaria quentinha, que cala fundo na memória afetiva de muitos brasileiros, seu preparo não requer tanto trabalho assim. Fazer uma canja é mesmo muito prático. E, como diz o ditado popular, “não faz mal a ninguém”. Mas, cuidado. Se um chef de alta cepa estiver por perto, é melhor evitar o “de galinha”. Para os especialistas, é canja e pronto; mencionar o animal, sabe-se lá o porquê, torna-se um pleonasmo.

Vale relembrar: a origem da canja se perde em uma tradição doméstica da culinária brasileira. Ela vem da sopa de caldo de galinha e arroz que se costumava comer na hora do jantar. A substituição da galinha por frango, anota o crítico Ignacio Medina, faz o resto. A carne do frango, bem picada, ajuda a engordar o prato. Em Portugal, informa o crítico, uma das variações é acrescentar os miúdos do frango à sopa. Por que não tentar?

DEU NO NY TIMES

A ciência atesta os benefícios da canja, e essa informação já foi destaque na imprensa brasileira e até no jornal norte-americano The New York Times, conforme uma reportagem publicada em 2023.

A matéria fala de um estudo publicado na revista médica Chest, assinado pelo pesquisador Stephen Rennard, do Centro Médico da Universidade de Nebraska. Uma bateria de testes confirmou os motivos pelos quais a canja poderia ajudar em resfriados. Partindo da própria experiência, Rennard usou como referência a receita caseira da avó de sua esposa, de origem lituana.

O Monte Sinai Medical Center também fez pesquisas e confirmou: canja faz bem, sim.

Os pesquisadores do centro médico localizado em Miami verificaram como o alimento afetava o fluxo de ar e o muco no nariz de 15 voluntários que bebiam água fria, água quente ou o caldo da canja. Em geral, os líquidos quentes ajudaram a aumentar a movimentação do muco nasal, mas o líquido provindo da canja fez um trabalho melhor do que a água quente. A informação está no mesmo relatório da Chest.

REFEIÇÃO COMPLETA

A alimentação está diretamente ligada ao sistema imunológico, ou seja, à energia que o organismo cria para se proteger. Nessa linha, a potência da canja decorre da combinação de itens que sua receita proporciona, oferecendo uma refeição completa, como garantem nutricionistas, a exemplo de Annete Marum, que tem doutorado na área.

“O pulo do gato está no fato de que dá para colocar todos os grupos alimentares essenciais na canja. Como proteínas do frango, carboidratos do arroz ou macarrão, lipídios da gordura da carne ou do azeite, e claro, os legumes”, diz a especialista.

RESFRIADO

Por ser quente e não exigir uma mastigação excessiva, a canja é ideal para quem enfrenta um resfriado. Sua fácil digestão faz com que ela possa ser consumida em qualquer horário do dia.

“Ela é fácil de digerir por ser uma comida leve. Isso é possível pelas fibras presentes nela estarem abrandadas, já que houve um cozimento delas, o que facilita o trabalho do estômago”, explica Annete.

Mesmo para quem apenas procura conforto aliado à busca de mais sabor nos alimentos, ela também aparece com destaque. De alto teor nutritivo, com um temperinho daqueles, que lembra o gosto de “comida de avó”, não deixa de ser a melhor pedida para o organismo durante os dias frios e chuvosos, como esses que correm e, segundo as previsões, ainda estão por vir. Então, pendure o avental, ponha as mãos na massa e um bom apetite!

CANJA

Ingredientes (6 porções)

  • 600 g de carne de frango;
  • 200 g de arroz;
  • 1 cebola grande;
  • 4 tomates;
  • 3 cenouras;
  • 1 talo de aipo;
  • 4 ramos de salsa;
  • 2 l de água;
  • Pimenta-do-reino;
  • Sal.

Modo de Preparo

Prepare um caldo com o frango, a cebola, o tomate, as cenouras, o aipo, a salsa – tudo cortado em pedaços – em dois litros de água. Deixe ferver em fogo alto e retire a espuma. Baixe o fogo, tampe e deixe cozinhando durante uma hora.

Tire o frango, desosse e desfie a carne. Reserve. Coe o caldo, e para outra a e retire a gordura.
Ferva o caldo, junte o frango e acrescente o arroz assim que levantar fervura. Tempere, baixe o fogo e cozinhe durante 20 minutos. Corrija o sal e a pimenta antes de dar a última fervura e sirva.

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Diálogo

O deputado Londres Machado (PP), além das atribuições de líder do governo... Leia na coluna de hoje

Confira a coluna Diálogo desta sexta-feira (6)

06/06/2025 00h01

Diálogo

Diálogo Foto: Arquivo / Correio do Estado

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Adélia Prado - escritora brasileira

"Sofro por causa do meu espírito de colecionador-arqueólogo. Quero pôr o bonito numa caixa com chave para abrir de vez em quando e olhar”.

 

FELPUDA

O deputado Londres Machado (PP), além das atribuições de líder do governo na Assembleia Legislativa  de Mato Grosso do Sul, está sendo comparado  a um bólido em suas atividades parlamentares.  Ele participa de todas as sessões da Casa, atende diariamente,  em seu gabinete, dezenas de lideranças dos mais diversos municípios, discute obras com o governador Eduardo Riedel e secretários, tendo a tiracolo prefeitos e vereadores,  não deixando de “correr o trecho” nos fins de semana,  para encontros agendados em suas bases. Ufa!
 

Diálogo

Novidade

Uma nova tecnologia desenvolvida por cientistas brasileiros promete  revolucionar a forma  como se identificam  os alimentos impróprios  para consumo: uma embalagem que muda de cor conforme  o alimento se deteriora.

Mais

O sistema, que utiliza  pigmentos naturais extraídos  do repolho roxo, foi criado  por pesquisadores da Embrapa Instrumentação (SP),  em parceria com a Embrapa Agroindústria de Alimentos (RJ) e a Universidade de Illinois,  em Chicago, nos Estados Unidos.

DiálogoMaria Luiza Sperb e Maria Aparecida Ribeiro

 

DiálogoStefany Park

Freio

Antes mesmo da convenção  do PSDB, realizada ontem, o ex-governador Reinaldo Azambuja descartou que se filiaria ao PL, conforme as especulações  nos meios políticos.  Além disso, tem afirmado  que a prioridade é a reeleição  do governador Eduardo Riedel e que falará sobre sua eventual candidatura ao Senado somente em 2026.  

Malandragem

Os golpistas continuam agindo  a todo vapor e nem o governador Eduardo Riedel escapou  das ações da malandragem.  Uma nota oficial do governo alertou a população  sobre pedido de dinheiro  por WhatsApp, utilizando o DDD 31 e com foto de Riedel.  O documento solicitou  que as pessoas procuradas não façam qualquer tipo  de doações ou transferências  de valores. Em 2023, Riedel enfrentou problemas  de clonagem do seu celular.

Segue o "baile"

ado período de turbulência  da ameaça de possível cassação,  pelo menos por enquanto, pois  os adversários estão pensando em recorrer, a prefeita Adriane Lopes busca dar aparente  tranquilidade à istração. Desta forma, na quarta-feira,  reuniu o primeiro e o segundo escalões para alinhar metas, revisar os contratos de gestão  e planejar, de forma integrada,  o calendário comemorativo  pela agem dos 126 anos  de Campo Grande.

Dia do Meio Ambiente

Projeto exibe criações de mulheres de MS que têm vida transformada pela costura sustentável

Bolsas e órios são criados a partir de bags de fertilizantes e uniformes e, mais que somente lazer, as mulheres podem ver o projeto como fonte de renda

05/06/2025 18h15

Exposição Costura Sustentável

Exposição Costura Sustentável Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

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O Bioparque Pantanal, em Campo Grande, está sendo palco da Exposição Costura Sustentável, um projeto que transforma resíduos como EPIs usados, bags de fertilizantes e uniformes em bolsas e órios de moda, como colares, pulseiras, além de necessaires e estojos.  

Produtos variados estarão expostos até o dia 7 de junho em Campo Grande e, de 10 a 15, no Shopping Três Lagoas e contam histórias através de cada produto montado a partir do que, aos nossos olhos, é lixo. 

Criado em Bataguassu, em parceria com a MS Florestal, o projeto deu origem à Associação Ipê Rosa, composta por mulheres que viram a costura como uma forma de lazer e fonte de renda. Com o apoio do SEBRAE/MS, a iniciativa conta com 25 mulheres que usam a sustentabilidade como uma oportunidade de recomeçar e aprender. 

“Nós atendemos um chamado da Bracell em parceria com a prefeitura de Bataguassu que perguntaram quem se interessava por costura. Nós não tínhamos ideia de como isso se desenvolveria. Depois, nós começamos o o a o, treinamento, aula, formação profissional, orientação com artistas, designers e artesãos”, explica Ana Nely Castelo, participante do projeto. 

Ana fala, com muito orgulho, que hoje sua profissão é costureira e que está no projeto desde o começo e que o projeto a ajudou a desenvolver as habilidades. 

“Eu era costureira, digamos assim, no nível doméstico, costura criativa, comercializava minhas peças, que eram basicamente necessaires, bolsinhas de maternidade. Hoje, eu vejo que desenvolvi um potencial muito maior”. 

Ela reforça que o projeto melhora a autoestima, o posicionamento perante a realidade de vida, já que, muitas delas, vêm de projetos sociais e, aos poucos, estão tendo a vida transformada. 

“Muitas mulheres ali estão tendo uma nova visão de vida. Muitas vêm de situações difíceis dentro de casa e agora eles estão vendo que é possível. Então algumas já começaram a trocar de máquina, aumentar a produção de trabalhos que elas já faziam com melhor qualidade, com melhor acabamento. Isso está retornando para elas numa independência, numa visão nova de que elas podem melhorar a vida delas, da família, daquele círculo familiar delas”. 

Exposição Costura SustentávelAna Nely Castelo Branco, costureira

Os materiais usados para a produção das peças vêm através dos resíduos da silvicultura de operações da MS Florestal e da Bracell. 

“O pessoal traz pra gente as bags de fertilizante, alguns são separados, outros são lavados. A partir disso, aqueles que são aproveitados, são usados para fabricar bolsas”, explica o gerente de relações institucionais, Bruno Madaleno.

 Além de bags, também são utilizados uniformes de operários que não estão mais em condições de uso. As peças doadas se transformam em estojos, bolsas e órios de tipos variados. 

Madaleno explica que o projeto surgiu a partir dos três pilares que a MS Florestal/Bracel tem: a educação, o empoderamento através da geração de renda e o bem estar. 

“Esse projeto em si, o Costura Sustentável, entra no pilar de empoderamento. É um projeto único e exclusivamente feito por mulheres empreendedoras, que constroem todos esses ítens. E ainda faz a economia circular, utilizando a sustentabilidade”, comenta. 

Ana Nely explica que o material não é um material fácil de ser usado e é bem diferente da costura convencional. Foram necessários cursos para aprender a manusear e muitas máquinas quebradas até que elas “pegassem o jeito”. 

“Primeiro aprendemos a desmanchar, a tratar o material. Ele é um material muito difícil. Esse polipropileno que é da indústria do agro, é usado para fazer transporte de material, ele é duro, ele é difícil. Nós tivemos que aprender, quebramos muita máquina nesse processo. Mas aprendemos a trabalhar e também a reutilizar os uniformes, o jeans e o plástico, que foi o mais difícil”, explica a costureira. 

Heloísa Alves é a integrante mais velha do grupo. Aos 73 anos, ela conta que viu o projeto como uma oportunidade de sair da solidão e melhorar muitos aspectos da vida, além de cuidar do meio ambiente. 

“Pra mim, melhorou muito, porque deu mais entendimento pra gente, uma força a mais pra gente que fica isolada em casa. Pra mim foi muito valioso. Eu melhorei na paciência, na convivência, no companheirismo e melhorei o trabalho também. Mas proteger o meio ambiente é o que eu mais quero”, conta. 

Exposição Costura Sustentável

A presidente da Associação Ipê Rosa, Miriam Priscila Belo, explica que o início do projeto foi com um único modelo de ecobag e evoluiu para o aprendizado de modelagem de roupa, jaquetas, necessaires, além de aprenderem sobre empreendedorismo. 

As peças são vendidas e o dinheiro é dividido igualmente entre todas as associadas. 

“Mostrar o nosso trabalho, o tanto que a gente se esforça, e ver exposto aqui é uma emoção muito grande. Mostrar que, o que iria pro lixo, a gente transforma em algo que pode ser usado por muito e muito tempo”, conta emocionada e ressalta que todo esforço “valeu a pena”.  

Ela explica que a ideia foi trazida, primeiramente, como uma forma de lazer para as mulheres e que deu tão certo que foi visto potencial. 

“A MS Florestal apresentou pra gente a ideia como um hobbie novo, pra gente aprender a fazer algumas coisas diferentes. Depois, quando montamos a Associação, junto com o Sebrae,apresentaram a ideia de vender pra gente, nós vimos uma oportunidade e compramos a ideia”. 

Inclusão produtiva

Cláudio Mendonça, superintendente do Sebrae MS define o projeto como uma “inclusão produtiva” e destaca a importância de dar espaço para que as trabalhadoras tenham as artes expostas e vistas. 

“Nós colocamos aqui como uma oportunidade de trazer pessoas que, às vezes, estão fora do mercado, para trazer sua arte, seu produto e, aproveitando o Dia Mundial do Meio Ambiente, mostrar coisas que estavam indo pro lixo e hoje estão virando arte e sendo expostas”. 

Ele ressalta que, para muitas mulheres, é uma oportunidade única. “Imagina para uma mulher simples, do interior de Bataguassu ou de outra região, expor seu produto no Bioparque, dentro do principal ponto turístico do nosso estado, mostrar que o produto tem qualidade, é uma forma delas mostrarem que o trabalho realizado é bom e entrega bons resultados”. 

Para o superintendente, o projeto não tem prazo de validade e o objetivo é “criar oportunidade para todos que precisam”. 
 

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