Em franca expansão em Mato Grosso do Sul, o setor de celulose tem servido como "berço" de oportunidades de emprego para mulheres, que através da contratação em gigantes multinacionais conseguem um caminho para suas respectivas independências financeiras.
É o caso da Suzano, por exemplo, que somente em Mato Grosso do Sul emprega 1,4 mil mulheres em suas operações, sendo 849 contratadas em 2024 para:
- 402 para a Unidade Três Lagoas e
- 447 para a Unidade Ribas do Rio Pardo.
Somadas, elas representam 32% das contratações da Suzano, o que segundo a gerente executiva de Gente e Gestão da Suzano, Angela Aparecida dos Santos, deve ser uma tendência, continuada de uma semente plantada há tempos na companhia.
"Envolvendo não apenas mudanças em nossos processos seletivos, mas também ações de atração de talentos e investimentos na formação dessas profissionais.
A Suzano acredita que a criação de um ambiente de trabalho em que a mulher possa ser protagonista é essencial para o fortalecimento do ambiente de negócios e para a construção de um mercado de trabalho mais justo e igualitário", indica Angela.
Lugar delas
Dos quase seis mil postos de trabalho da Suzano, cerca de 3,5 são próprios, com elas contratadas para as áreas industriais e florestais. Na Unidade Três Lagoas, por exemplo, há 836 mulheres trabalhando.
Ali, longe aproximadamente 327 quilômetros de Campo Grande, há 183 mulheres empregadas na operação industrial e outras 653 na área florestal.
Em Ribas do Rio Pardo, por sua vez, a Suzano conta com 642 mulheres em seus quadros próprios, 181 na operação industrial e 461 na área florestas, expõe a companhia em nota.
Em cargos de chefia, as mulheres representam 21% do corpo da Suzano em Mato Grosso do Sul, também em tendência de aumento dos últimos anos para cá, segundo a companhia.
"A Suzano está no caminho certo para alcançar o compromisso de atingir 30% de mulheres em cargos de gerência e acima até o final de 2025. Seguimos investindo em programas de mentoria, no fortalecimento de lideranças femininas em cargos de supervisão e coordenação e na construção de um plano de sucessão que priorize a equidade de gênero, acelerando essa transformação”, completa Angela.
Engenheira florestal formada, Ester Storck, de 33 anos, é um desses exemplos de liderança citados, atuante na unidade de Três Lagoas, contratada há cerca de cinco anos.
Sua jornada em Mato Grosso do Sul começou durante a pandemia, liderando um módulo de colheita, sendo promovida a consultora da área dois anos depois e em seguida à coordenação de Governança de Processo.
Ela explica que o setor é desafiador, por operar 24 horas, porém frisa que o olhar diferenciado da mulher, de proximidade e cuidado na gestão de equipe, foi fundamental.
"Meu gerente comentou que eu era a primeira supervisora mulher de colheita de Mato Grosso do Sul, o que me deu um frio na barriga, mas também uma enorme satisfação em poder abrir caminho para outras mulheres", completa Ester
Já a engenheira de produção Palloma Vigiani, de 34 anos, foi a primeira mulher contratada pela Suzano na área industrial da Unidade de Ribas do Rio Pardo, atualmente parte de um time de 181 mulheres da operação industrial.
“A Suzano confia na força das mulheres, e essa valorização me deu coragem para avançar e inspirar outras profissionais a seguirem o mesmo caminho. Por muito tempo, fui a única mulher nos setores em que atuei. Hoje, tenho o privilégio de acompanhar e formar novas colegas, que agora fazem parte da operação e ajudam a transformar a indústria”, conclui.
Setor promissor
As exportações de celulose de Mato Grosso do Sul, como acompanha o Correio do Estado, aumentaram em 122% em janeiro deste ano na comparação com igual período de 2024.
Em números, conforme dados divulgados pelo Governo do Estado, o crescimento representou saldo de 329 mil toneladas para 731 mil toneladas em um único mês.
Uma das explicações para o aumento no volume exportado é a ativação da fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo, em julho do ano ado, e que está chegando perto de sua capacidade máxima de produção, da ordem de 215 mil toneladas por mês.
Por conta deste grande volume, a celulose representou, em janeiro, 53,3% de tudo o que Mato Grosso do Sul faturou oficialmente com as exportações, que somaram 739,48 milhões de dólares. Este volume é apenas 0,9% maior que o faturamento de janeiro do ano ado, quando as exportações renderam 732,7 milhões de dólares.
**(Com assessoria)