Economia

Política

Lira cita R$ 600 bi de desonerações e diz que tem 'propostas reprodutivas' para compensar IR

Lira voltou a dizer que é preciso ainda resolver questões referentes às perdas aos cofres públicos dos Estados e municípios com a aprovação do projeto.

Continue lendo...

O ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) afirmou nesta quarta-feira, 28, que existem "propostas reprodutivas" sugeridas por partidos para compensar a ampliação da isenção do Imposto de Renda, alvo de um projeto de lei do qual ele é relator.

Ele citou, por exemplo, a medida levantada pelo seu partido para reduzir de forma linear as isenções tributárias concedidas pela União.

"O caso ali (proposto pelo PP) era aumentar a faixa de isenção, não aumentar a faixa de cobrança. E cobrar-se mais de alguns setores, inclusive com a diminuição linear de todas as desonerações, todos os incentivos que existem no Brasil, que não são poucos. São em torno de quase R$ 600 bilhões de desoneração, de incentivos, de não recolhimento por parte de setor A, de setor B, que pesam todo ano no bolso brasileiro. Então, tem propostas reprodutivas", disse após se reunir com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ele afirmou ainda que está "compilando" as sugestões de partidos e de instituições.

Lira voltou a dizer que é preciso ainda resolver questões referentes às perdas aos cofres públicos dos Estados e municípios com a aprovação do projeto.

"Eu penso que não teria nem apoio mínimo do plenário da Câmara, quanto mais no Senado, se houver perspectiva ainda ou a ilação de que Estados e municípios estariam perdendo recursos e receitas", disse.

Ele afirmou que já na semana haverá reuniões com coordenadores de partidos para começar a troca de sugestões sobre o projeto.

O ex-presidente da Câmara também voltou a dizer que aguarda dados da Receita Federal para prosseguir na discussão sobre compensação e repetiu que há uma "sobra" em torno de R$ 8 bilhões nas contas do governo.

De acordo com os cálculos da equipe econômica, a estimativa de renúncia fiscal prevista para 2026 com o projeto do IR é de R$ 25,84 bilhões.

Os números consideram a isenção integral para quem recebe até R$ 5 mil, além do desconto parcial para quem ganha entre R$ 5 mil e R$ 7 mil.

Para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da isenção, o governo propôs a tributação mínima das altas rendas, que vai possibilitar uma ampliação de receita de R$ 25,22 bilhões para 2026. Já a proposta de tributação dos dividendos remetidos ao exterior, vai gerar um ganho de R$ 8,9 bilhões - um valor "extra".

ANÁLISE

Redução do consumo pode frear o crescimento econômico no 2º semestre

Apesar da forte atuação do agronegócio, enfraquecimento da demanda interna pode brecar o desempenho

07/06/2025 09h00

A queda no consumo pode impactar o crescimento do PIB

A queda no consumo pode impactar o crescimento do PIB Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

O desempenho da economia sul-mato-grossense no primeiro trimestre deste ano reforçou o papel decisivo do agronegócio no avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Impulsionado pela soja e com expectativa de supersafra de milho, Mato Grosso do Sul deve crescer acima da média nacional neste ano. Mas, apesar do otimismo na oferta, o consumo interno acende um sinal de alerta para o segundo semestre.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, há uma preocupação com a queda do consumo.

“O crescimento de 1,4% no PIB é uma sinalização positiva para a economia brasileira, mas, quando a gente olha de onde vem essa força, ela está concentrada no agronegócio. Isso é bom para MS, mas há uma preocupação clara do outro lado: o consumo no Brasil cresceu muito pouco”, afirmou o secretário, em entrevista ao Correio do Estado.

Segundo Verruck, o crescimento da pecuária de 12,2% no trimestre e o avanço das lavouras explicam o bom desempenho da economia nacional, mas esse movimento se reflete especialmente na retomada da produção em relação ao ano ado, quando houve frustração de safra. 

“No caso de Mato Grosso do Sul, a situação é ainda melhor. Temos crescimento da produção de soja e estamos iniciando uma colheita excepcional de milho. Isso projeta um crescimento de 4,4% no PIB estadual, acima da média nacional”, detalha.

O cenário foi destacado na reportagem publicada pelo Correio do Estado na última semana, que mostrou como o agronegócio tem puxado o crescimento da economia de MS de forma contínua, mesmo em meio a um ambiente macroeconômico de juros altos e consumo retraído.

No entanto, o secretário pondera que o otimismo precisa ser equilibrado com a leitura do lado da demanda.

“Esse é o PIB do lado da oferta. Mas, quando olhamos a demanda, que reflete o consumo das famílias, o crescimento é praticamente nulo. Isso está diretamente ligado à renda e ao crédito, e é um fator de atenção que pode comprometer o segundo semestre, se não houver reação”, alerta.

O doutor em Economia e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Daniel Frainer ressalta que o setor de serviços é o principal monitor do crescimento brasileiro.

“Deve-se considerar também que, tanto aqui no Estado como nacionalmente, os setores que têm mais participação no PIB são serviços, em primeiro lugar, e indústria, em segundo lugar”.

QUEDA

A preocupação com a demanda é corroborada pelos dados regionais. Em Campo Grande, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu pelo quarto mês consecutivo e atingiu 100,5 pontos em maio, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador está no limite da zona positiva e reflete insatisfação crescente dos consumidores com a renda e com o cenário econômico.

A principal queda foi registrada na percepção sobre a compra de bens duráveis (-4,4%), seguida da perspectiva profissional (-2,5%) e da renda (-1,3%). Para a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), o consumidor está mais cauteloso.

“A combinação de juros ainda elevados com o aumento no preço de produtos essenciais está fazendo as famílias irem com mais calma às compras, especialmente as de maior valor”.

O comportamento pode impactar diretamente o comércio e os serviços, setores que dependem da circulação de renda dentro do Estado. E, embora o agronegócio esteja gerando riqueza, nem sempre esses ganhos se traduzem em maior consumo local.

“Com a renda estagnada e o crédito , o consumo interno pode ser o freio do nosso crescimento. E isso é ruim, pois, mesmo com um bom desempenho no campo, a economia depende da reação da demanda para se sustentar no longo prazo”, alerta Verruck.

COMÉRCIO

No setor empresarial, os sinais também são de prudência. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Campo Grande ficou em 99,2 pontos em maio, entrando no terceiro mês seguido na zona negativa. Em maio do ano ado, o índice estava em 107,5 pontos.

“O empresariado local está mais cauteloso diante da percepção de piora nas condições da economia nacional. Para 84% dos entrevistados, a situação atual piorou. Isso reflete um momento de decisões mais conservadoras”, avalia Regiane.

Outro ponto levantado por Verruck é a política de juros do Banco Central. A taxa Selic está mantida em patamar elevado para controlar a inflação, mas isso pode ter efeitos colaterais indesejáveis. 

“Essa elevação dos juros é para conter a inflação, mas pode estar impactando diretamente o nível de investimento e de consumo. Com esse crescimento do PIB, há o risco de se manter os juros altos por mais tempo, e isso não seria o ideal neste momento”, afirma. 

Para ele, a economia de MS tem força para manter o ritmo de crescimento, mas precisa de um ambiente de maior estímulo ao crédito e à renda. 

“É fundamental que o consumo reaja, especialmente nos centros urbanos. Caso contrário, teremos um agronegócio forte convivendo com um comércio fraco, o que pode limitar nosso desenvolvimento”, conclui o secretário.

Assine o Correio do Estado

LOTERIA

Resultado da Dupla-Sena de ontem, concurso 2817, sexta-feira (06/06): veja o rateio

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

07/06/2025 08h55

Confira o resultado da Dupla-Sena

Confira o resultado da Dupla-Sena Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2817 da Dupla Sena na noite desta sexta-feira, 6 de junho de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 5 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 5,6 milhões.

Premiação - 1º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 10 apostas ganhadoras (R$ 9.696,03 cada);
  • 4 acertos - 825 apostas ganhadoras (R$ 134,31 cada);
  • 3 acertos - 18.682 apostas ganhadoras (R$ 2,96 cada);

Premiação - 2º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 11 apostas ganhadoras (R$ 7.933,12 cada);
  • 4 acertos - 837 apostas ganhadoras (R$ 132,39 cada);
  • 3 acertos - 16.906 apostas ganhadoras (R$ 3,27 cada);

Confira o resultado da Dupla-Sena de ontem!

Os números da Dupla Sena 2817 são:

Primeiro sorteio

  • 27 - 40 - 20 - 08 - 03 - 32

Segundo sorteio

  • 39 - 40 - 46 - 29 - 45 - 16

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Dupla Sena 2818

Como a Dupla Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 9 de junho, a partir das 20 horas, pelo concurso 2818. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dupla Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Como jogar na Dupla-Sena

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais: às segundas, quartas e sextas, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer.

Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com seis dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de acertar 6 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 15.890.700 segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 3.174, ainda segundo a Caixa.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).