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Empresa de Trump vê censura e pede responsabilização de Moraes nos EUA

A ação alega que Moraes violou a Constituição americana ao aplicar leis do Brasil sobre liberdade de expressão a empresas dos Estados Unidos

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A empresa Trump Media, ligada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Justiça americana a responsabilização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela emissão de "ordens secretas de censura extraterritorial".

A ação apresentada pela empresa de Trump e a plataforma de vídeos Rumble alega que Moraes violou a Constituição americana ao aplicar leis do Brasil sobre liberdade de expressão a empresas dos Estados Unidos. O STF informou que não comentaria.

O pedido feito à Justiça americana cita o inquérito que mira o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como uma evidência do "abuso de autoridade" de Moraes. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a ser investigado por suposta atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Segundo o ofício da Trump Media e Rumble, Eduardo solicitou asilo político nos Estados Unidos em março. Para a PGR, o deputado licenciado tem se dedicado a conseguir do governo americano sanções a integrantes do STF, do Ministério Público e da Polícia Federal com o "intuito de embaraçar o andamento do julgamento" de Bolsonaro, réu na Corte por tentativa de golpe.

Indenização

As empresas querem que a Justiça americana declare as ordens de Moraes "inexequíveis" no território americano, por violarem a Primeira Emenda. As partes também pedem uma indenização e a responsabilidade pessoal do magistrado brasileiro.

A ação conjunta tramita em um tribunal da Flórida e não é a primeira a ter Moraes como alvo. Em fevereiro, as mesmas Rumble e Trump Media acionaram a Justiça americana contra o ministro do Supremo por suposta violação à soberania do país. O processo é considerado estranho aos trâmites do Direito Internacional e pode ser nulo na esfera jurídica, de acordo com especialistas.

Desta vez, um dos pontos citados na ação é o fato de o inquérito das fake news - cujo relator é Moraes - ter sido aberto "unilateralmente", ignorando o Ministério Público. Segundo a peça, críticos no Brasil e no exterior afirmam que o inquérito é inconstitucional por atribuir ao ministro as funções de investigador, promotor e juiz sob a bandeira do combate a "notícias fraudulentas".

'Discriminação'

Empresa e plataforma alegam que o inquérito das fake news - aberto em 2019 - se transformou num "mecanismo abrangente de repressão digital, implementando a discriminação política contra oponentes e vozes independentes na imprensa".

E argumentam que Moraes tem emitido, rotineiramente, ordens "obrigando os EUA e provedores de serviços online a proibir usuários com base em alegações de 'discurso criminoso' ou 'antidemocrático'".

"Desde 2022, o ministro Alexandre de Moraes teria ordenado a suspensão de quase 150 contas de redes sociais, visando uma ampla gama de indivíduos, incluindo funcionários eleitos, jornalistas, profissionais jurídicos, artistas e cidadãos comuns A esmagadora maioria desses alvos é crítica do atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro ou das instituições brasileiras sob seu controle", diz a ação conjunta

Ainda de acordo com a peça, as ordens do magistrado brasileiro "representam o tipo de violação da liberdade de expressão que os Estados Unidos têm sistematicamente rejeitado por ser incompatível com sua ordem constitucional". Para a empresa e a plataforma, Moraes impõe multas e pedidos de prisão de brasileiros em solo americano com "alegações vagas de discurso antidemocrático", o que infringe a política dos EUA.

'Interferência'

A Rumble destaca que Moraes promove uma interferência indevida na plataforma, que "possui contratos válidos com seus usuários por meio de seus termos de uso". "O contrato oferece o compartilhamento de vídeos sob termos especificados.

Os usuários concordam com os termos de uso ao criar uma conta. A Rumble fornece serviços de compartilhamento de vídeos e outros recursos, enquanto os usuários fornecem conteúdo e tráfego que geram monetização", afirma a ação.

Em fevereiro, o ministro do STF suspendeu a Rumble no Brasil após a empresa descumprir a determinação judicial que exigia a indicação de um representante legal no País. Em março, por unanimidade, o plenário do Supremo manteve a decisão do ministro

O embate entre Moraes e a plataforma teve início após a Rumble se recusar a bloquear o perfil do blogueiro Allan dos Santos, que está foragido das autoridades brasileiras. Investigado por espalhar fake news e ataques a integrantes do STF, Santos teve perfis suspensos em outras redes sociais.

"O juiz Moraes interferiu nos contratos existentes da Rumble e nas relações comerciais prospectivas, inclusive por meio da emissão de ordens direcionadas à plataforma exigindo a suspensão e proibindo a criação de contas, exigindo que a Rumble entregue contas protegidas."

Conforme a ação, o ministro viola a Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, uma vez que as suspensões de contas determinadas por Moraes impedem a disponibilidade do conteúdo em território americano.

Viagem

EUA emitem alerta sobre Brasil e pedem que americanos evitem áreas com risco de sequestro

O alerta recomenda "maior cautela no Brasil devido ao crime e sequestro".

30/05/2025 20h00

EUA emitem alerta sobre Brasil e pedem que americanos evitem áreas com risco de sequestro

EUA emitem alerta sobre Brasil e pedem que americanos evitem áreas com risco de sequestro Divulgação

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O Departamento de Estado dos Estados Unidos atualizou seu aviso de viagem ao Brasil para incluir um alerta específico sobre sequestros, recomendando "maior cautela no Brasil devido ao crime e sequestro".

O comunicado, divulgado pela Embaixada dos EUA no Brasil nesta sexta-feira, ressalta que "algumas áreas apresentam risco elevado".

Os EUA pedem que seus cidadãos evitem totalmente áreas próximas às fronteiras terrestres com oito países, áreas de comunidades e cidades-satélites de Brasília durante a noite. "Não viaje para essas áreas por nenhum motivo", afirma o texto.

Em relação às fronteiras com Bolívia, Colômbia, Guiana, Guiana sa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela, o governo dos EUA recomenda que não se transite em um raio de 160 quilômetros. A única exceção são visitas ao Parque Nacional do Iguaçu e ao Parque Nacional do Pantanal. Elas foram classificadas com nível 4 de perigo - o maior possível.

Sobre comunidades, também 'nível 4', os EUA recomendam que "não se viaje para favelas, mesmo em eios guiados". Segundo o comunicado, "nem as empresas de turismo nem a polícia podem garantir sua segurança" nesses locais. A embaixada ainda adverte que "a situação pode mudar rapidamente, mesmo em áreas consideradas seguras por autoridades locais".

O alerta também inclui cidades-satélites de Brasília, Ceilândia, Santa Maria, São Sebastião e Paranoá, entre os locais de risco máximo. "Não viaje para essas áreas entre 18h e 6h", diz o texto

O comunicado detalha que "crimes violentos, incluindo assassinato, assalto à mão armada e roubo de carros, podem ocorrer em áreas urbanas, de dia e à noite". Também relata que "houve um sequestro com pedido de resgate envolvendo cidadãos dos EUA" e alerta para "atividade de gangues e crime organizado associados ao tráfico de drogas".

Além disso, o documento faz menção ao uso de sedativos em bebidas, com incidência maior no Rio de Janeiro, e orienta turistas a "evitar aceitar comida ou bebida de desconhecidos".

O uso de aplicativos de namoro também é apontado como risco, uma vez que criminosos estariam usando essas plataformas para atrair e dopar vítimas estrangeiras.

O governo americano também recomenda não utilizar ônibus municipais no Brasil, especialmente à noite, devido ao "sério risco de assalto e agressão".

Para os que decidirem viajar, o aviso recomenda vigilância constante, evitar exibir itens de valor e manter comunicação com familiares ou empregadores.

longa espera

Brasil é reconhecido pela OMSA como país livre de febre aftosa sem vacinação

Novo status sanitário foi concedido durante a 92ª assembleia da Organização realizada na manhã desta quinta-feira, 29, em Paris

29/05/2025 07h39

Certificado foi emitido ao Brasil depois do fim da vacinação, que abrangia um rebanho de cerca de 240 milhões de bovinos

Certificado foi emitido ao Brasil depois do fim da vacinação, que abrangia um rebanho de cerca de 240 milhões de bovinos

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O Brasil foi reconhecido como área livre de febre aftosa sem vacinação. O novo status sanitário foi concedido ao país pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e aprovado durante a 92ª Assembleia da Organização realizada na manhã desta quinta-feira, 29, em Paris, na França.

O certificado foi recebido pelo diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Marcelo Mota. Na próxima semana, uma comitiva com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estará na França para a cerimônia oficial de entrega do reconhecimento ao Brasil pela presidente da OMSA, Emmanuelle Soubeyra.

O Brasil se declarou livre da febre aftosa sem vacinação há um ano, após o fim da última imunização contra a doença. A certificação pela OMSA exige a suspensão da vacinação contra a febre aftosa e a proibição de ingresso de animais vacinados nos Estados por, pelo menos, 12 meses antes da mudança do status sanitário, o que foi cumprido pelo País.

Agora, com o certificado da OMSA, o Brasil tem o reconhecimento internacional da evolução do status sanitário.

O governo e o setor produtivo avaliam que o novo status sanitário deve permitir o o das carnes brasileiras a mercados mais exigentes, e mais remuneradores, como Japão e Coreia do Sul.

Ao todo, mais de 244 milhões de bovinos e bubalinos em cerca de 3,2 milhões de propriedades deixaram de ser vacinados contra a doença, processo iniciado há mais de 50 anos, segundo informações do Ministério da Agricultura.

A última ocorrência da doença em território nacional foi em 2006, seguida da implementação de zonas livres de febre aftosa. Até então, somente os Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia e partes do Amazonas e de Mato Grosso tinham o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela OMSA.

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