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Portugal anuncia a expulsão 'em massa' de 18 mil estrangeiros ilegais

Decisão ocorre antes das eleições nacionais do país lusitano

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Na preparação para a eleição parlamentar nacional, o governo interino de Portugal anunciou que planeja expulsar cerca de 18 mil estrangeiros que vivem no país sem autorização.

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, disse, neste sábado, 3, que o governo de centro-direita emitirá aproximadamente 18 mil notificações para que as pessoas que estão no país de maneira ilegal saiam.

O ministro afirmou que, na próxima semana, as autoridades começarão a emitir os pedidos para que cerca de 4,5 mil estrangeiros nesta situação saiam voluntariamente dentro de 20 dias.

Eleições portuguesas

A medida foi anunciada às vésperas das eleições parlamentares. O endurecimento das regras de imigração tornou-se uma das principais bandeiras de campanha do governo de centro-direita da Aliança Democrática, que busca a reeleição.

Portugal realizará uma eleição geral antecipada em 18 de maio. O primeiro-ministro, Luis Montenegro, convocou a votação antecipada em março, depois que seu governo minoritário, liderado pelo Partido Social Democrata, conservador, perdeu o voto de confiança no Parlamento e renunciou.

Portugal foi pego pela onda crescente de populismo na Europa, com o partido de extrema-direita na terceira posição nas eleições do ano ado.

 

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liberdade de expressão

Empresa de Trump vê censura e pede responsabilização de Moraes nos EUA

A ação alega que Moraes violou a Constituição americana ao aplicar leis do Brasil sobre liberdade de expressão a empresas dos Estados Unidos

07/06/2025 07h29

Acredita-se que  ministro Alexandre de Moraes, do STF, esteja sendo alvo depois da atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA

Acredita-se que ministro Alexandre de Moraes, do STF, esteja sendo alvo depois da atuação de Eduardo Bolsonaro nos EUA

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A empresa Trump Media, ligada ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu à Justiça americana a responsabilização do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pela emissão de "ordens secretas de censura extraterritorial".

A ação apresentada pela empresa de Trump e a plataforma de vídeos Rumble alega que Moraes violou a Constituição americana ao aplicar leis do Brasil sobre liberdade de expressão a empresas dos Estados Unidos. O STF informou que não comentaria.

O pedido feito à Justiça americana cita o inquérito que mira o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como uma evidência do "abuso de autoridade" de Moraes. A pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ou a ser investigado por suposta atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

Segundo o ofício da Trump Media e Rumble, Eduardo solicitou asilo político nos Estados Unidos em março. Para a PGR, o deputado licenciado tem se dedicado a conseguir do governo americano sanções a integrantes do STF, do Ministério Público e da Polícia Federal com o "intuito de embaraçar o andamento do julgamento" de Bolsonaro, réu na Corte por tentativa de golpe.

Indenização

As empresas querem que a Justiça americana declare as ordens de Moraes "inexequíveis" no território americano, por violarem a Primeira Emenda. As partes também pedem uma indenização e a responsabilidade pessoal do magistrado brasileiro.

A ação conjunta tramita em um tribunal da Flórida e não é a primeira a ter Moraes como alvo. Em fevereiro, as mesmas Rumble e Trump Media acionaram a Justiça americana contra o ministro do Supremo por suposta violação à soberania do país. O processo é considerado estranho aos trâmites do Direito Internacional e pode ser nulo na esfera jurídica, de acordo com especialistas.

Desta vez, um dos pontos citados na ação é o fato de o inquérito das fake news - cujo relator é Moraes - ter sido aberto "unilateralmente", ignorando o Ministério Público. Segundo a peça, críticos no Brasil e no exterior afirmam que o inquérito é inconstitucional por atribuir ao ministro as funções de investigador, promotor e juiz sob a bandeira do combate a "notícias fraudulentas".

'Discriminação'

Empresa e plataforma alegam que o inquérito das fake news - aberto em 2019 - se transformou num "mecanismo abrangente de repressão digital, implementando a discriminação política contra oponentes e vozes independentes na imprensa".

E argumentam que Moraes tem emitido, rotineiramente, ordens "obrigando os EUA e provedores de serviços online a proibir usuários com base em alegações de 'discurso criminoso' ou 'antidemocrático'".

"Desde 2022, o ministro Alexandre de Moraes teria ordenado a suspensão de quase 150 contas de redes sociais, visando uma ampla gama de indivíduos, incluindo funcionários eleitos, jornalistas, profissionais jurídicos, artistas e cidadãos comuns A esmagadora maioria desses alvos é crítica do atual presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, do ministro ou das instituições brasileiras sob seu controle", diz a ação conjunta

Ainda de acordo com a peça, as ordens do magistrado brasileiro "representam o tipo de violação da liberdade de expressão que os Estados Unidos têm sistematicamente rejeitado por ser incompatível com sua ordem constitucional". Para a empresa e a plataforma, Moraes impõe multas e pedidos de prisão de brasileiros em solo americano com "alegações vagas de discurso antidemocrático", o que infringe a política dos EUA.

'Interferência'

A Rumble destaca que Moraes promove uma interferência indevida na plataforma, que "possui contratos válidos com seus usuários por meio de seus termos de uso". "O contrato oferece o compartilhamento de vídeos sob termos especificados.

Os usuários concordam com os termos de uso ao criar uma conta. A Rumble fornece serviços de compartilhamento de vídeos e outros recursos, enquanto os usuários fornecem conteúdo e tráfego que geram monetização", afirma a ação.

Em fevereiro, o ministro do STF suspendeu a Rumble no Brasil após a empresa descumprir a determinação judicial que exigia a indicação de um representante legal no País. Em março, por unanimidade, o plenário do Supremo manteve a decisão do ministro

O embate entre Moraes e a plataforma teve início após a Rumble se recusar a bloquear o perfil do blogueiro Allan dos Santos, que está foragido das autoridades brasileiras. Investigado por espalhar fake news e ataques a integrantes do STF, Santos teve perfis suspensos em outras redes sociais.

"O juiz Moraes interferiu nos contratos existentes da Rumble e nas relações comerciais prospectivas, inclusive por meio da emissão de ordens direcionadas à plataforma exigindo a suspensão e proibindo a criação de contas, exigindo que a Rumble entregue contas protegidas."

Conforme a ação, o ministro viola a Primeira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, uma vez que as suspensões de contas determinadas por Moraes impedem a disponibilidade do conteúdo em território americano.

cachorro grande

Trump rejeita reconciliação com Musk e guerra preocupa republicanos

Depois de receber seu apoio na campanha e no começo do Governo, agora Trump diz que Musk tem problema com drogas

07/06/2025 07h19

Aliança de Trump e Musk descambou para o lado das ofensas pessoais e por enquanto não existe sinal de trégua

Aliança de Trump e Musk descambou para o lado das ofensas pessoais e por enquanto não existe sinal de trégua

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O presidente americano, Donald Trump, acusou nesta sexta-feira, 6, o bilionário e ex-aliado Elon Musk de "perder a cabeça", enquanto o rompimento dramático entre o homem mais poderoso e o mais rico do mundo se transformou em uma disputa generalizada, com possíveis consequências políticas e econômicas

Os republicanos aguardavam ansiosos por uma distensão, alertando que a briga pode desviar a atenção da agenda do presidente e inviabilizar o seu "grande e belo projeto de lei" no Congresso. "Só espero que isso se resolva rapidamente, pelo bem do país", disse o presidente da Câmara, Mike Johnson, em entrevista à CNBC ontem.

Mas a paz parecia distante. Em uma série de ligações para canais da mídia americana, Trump rebateu os ataques do magnata da tecnologia nas redes sociais. A saraivada de insultos terminou com Musk dizendo que o presidente é citado nos chamados "arquivos Epstein" - em referência ao financista condenado por prostituição de menores, que se matou na prisão, em 2019.

Nas entrevistas, Trump buscou mudar o foco para seu projeto de lei de impostos e imigração, pendente no Senado. Mesmo assim, ele não parou de criticar Musk, se referindo a ele como "o homem que perdeu o juízo". "Nem estou pensando no Elon. Ele tem um problema. O coitado tem um problema", disse Trump à CNN, culpando o comportamento de Musk pelo uso de drogas e acrescentando que não falaria com ele por um tempo.

Recusa

Autoridades do governo disseram que Trump demonstrou pouco interesse em falar com Musk, mesmo depois de o bilionário sinalizar que estaria aberto a acalmar a discussão.

Um funcionário da Casa Branca, que falou sob condição de anonimato, disse que o presidente planejava vender o Tesla vermelho que comprou em março. Trump adquiriu o carro originalmente para demonstrar seu apoio a Musk em meio à reação negativa ao seu papel no governo.

Na noite de quinta-feira, 5, Musk recuou da ameaça de desativar a nave espacial Dragon, da SpaceX, que transporta astronautas e suprimentos da Nasa para a Estação Espacial Internacional. Pouco tempo depois, quando Bill Ackman, o bilionário dos fundos de hedge, postou nas redes sociais que os dois homens "deveriam fazer as pazes" em benefício do país, Musk respondeu: "Você não está errado".

Para Musk, uma disputa prolongada com Trump pode custar muito caro. Suas empresas, incluindo a SpaceX, se beneficiaram de bilhões de dólares em contratos governamentais e estavam posicionadas para receber outros bilhões. Trump ameaçou rescindir esses contratos.

A disputa também é arriscada para Trump. Musk gastou cerca de US$ 275 milhões para ajudar a eleger Trump em 2024 e prometeu doar US$ 100 milhões a grupos controlados pela equipe do presidente antes das eleições de meio de mandato de 2026. Esses fundos ainda não foram entregues e estão em xeque. Trump também precisa enfrentar a ira de um aliado que virou inimigo e parece determinado a minar sua posição na direita.

Autoridades do governo alertaram que o presidente poderia mudar de ideia a qualquer momento e decidir falar com Musk. Ainda assim, alguns dos assessores de Trump estão se preparando para uma possível guerra prolongada contra Musk, na qual aliados tanto da tecnologia quanto da política serão forçados a escolher um lado, de acordo com uma pessoa próxima do presidente que falou ao New York Times sob condição de anonimato.

PIADA

Enquanto isso, na Rússia, o ex-presidente Dimitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança do Kremlin, fez uma piada ontem no X sobre a Rússia mediar a questão. "Estamos prontos para facilitar a conclusão de um acordo de paz entre D e E por uma taxa razoável e aceitar ações da Starlink como pagamento", escreveu ele, referindo-se à empresa de internet via satélite de Musk.

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