Uma das principais reclamações dos usuários do transporte coletivo de Campo Grande é a superlotação dos ônibus. A situação, no entanto, não acontece, segundo o diretor-presidente da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), Janine Bruno.
Durante inauguração de nova base da Guarda Municipal na manhã desta sexta-feira, no Terminal Júlio de Castilho, Janine disse ao Correio do Estado que o transporte público está operando com a lotação máxima de 70% dos ônibus, conforme determina decreto da prefeitura.
Segundo ele, desta forma, não tem como se falar em superlotação, quando não é atingida nem a lotação.
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Ele utilizou como exemplo um veículo de eio para exemplificar a afirmação.
"A capacidade do carro é cinco lugares, então a lotação é cinco pessoas, se botar 6 ou 7 tem superlotação, agora se botar 4 ou 3 está abaixo da lotação. Então o que tem que entender é isso, a gente não tem superlotação porque a gente não tem nem a lotação, a gente trabalha com 70% da capacidade, não atinge nem o máximo que pode atingir, que é 100%. Se eu não atinjo 100%, como estou atingindo 110%, 120%? Isso não acontece", explicou.
Outra reclamação constante dos usuário é aglomeração nos pontos e terminais. Segundo Janine, quando há pico, veículos de reforço são colocados nas linhas.
"Se uma linha, por algum motivo, tem mais gente que o normal, a gente pega um ônibus desse [de reforço] na hora, e em cinco, 10 minutos já está no terminal. Quando dá 70%, as pessoas que não conseguiram entrar e ficaram na fila, já vem esse ônibus, não tem superlotação", afirmou.
O diretor-presidente disse ainda que a pandemia leva as pessoas a ficarem com medo de aglomeração no transporte público.
"As pessoas estão num momento de medo, todo mundo tem medo, então é natural dentro do ônibus, se a pessoa está um pouquinho mais perto, já fica com medo, mas falar que isso é superlotação também não dá", concluiu.
Reclamações
As reclamações dos usuários do transporte coletivo têm sido constantes, mas aumentaram muito durante as semanas de restrições em Campo Grande.
A frota, que em dias úteis da pandemia funciona com 370 veículos, ou a atuar com 127 carros durante as semanas restritivas, tendo de atender cerca de 36 mil pessoas, número registrado na segunda-feira, quando o decreto municipal ou a valer.
No primeiro dia, os ônibus circularam com 87 veículos, como em dias de feriado, mas por conta do número de trabalhadores, a frota precisou ser aumentada.
A Defensoria Pública de Mato Grosso do Sul criou um canal de comunicação para que a população possa realizar denúncias de aglomerações em terminais de ônibus.
As denúncias podem ser realizadas por meio do WhatsApp: 3317-8732 ou pelo e-mail: [email protected].
Para a denúncia ser registrada é necessário enviar foto da aglomeração, dia, hora e local do registro.