Economia

Economia

Com mais uma megafábrica de celulose, MS vira "hub para o mundo", diz Alckmin

Vice-presidente lançou pedra fundamental da Arauco em Inocência e destacou que maiores indústrias estão instaladas no Estado

Continue lendo...

O vice-pesidente da República, Geraldo Alckmin, disse que as grandes indústrias instaladas em Mato Grosso do Sul transformam o Estado em "um grande hub para o mundo". A afirmação foi feita durante lançamento da pedra fundamental da megafábrica de celulose da Arauco, em Inocência, nesta quarta-feira (9).

"É o maior projeto do mundo de celulose em uma única etapa, R$ 25 bilhões de investimentos”, ressaltou o vice-presidente.

“A indústria da exportação da celulose cresceu, de 2023 para 2024, 24%. É importante na pauta da exportação brasileira e no saldo da balança comercial, agrega valor, gera emprego, está na vanguarda da inovação, certamente uma das indústrias mais modernas do mundo. Mato Grosso do Sul é um grande hub para o mundo, as maiores indústrias estão hoje aqui instaladas”, disse Alckmin.

“Nós estivemos com o presidente Lula, a ministra Simone [Tebet], o governador Eduardo [Riedel], há poucas semanas em Ribas do Rio Pardo e agora aqui em Inocência. Destacar a Arauco, um dos maiores investimentos do mundo aqui em Mato Grosso do Sul, isso mostra confiança no Brasil”, acrescentou.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, destacou o potencial industrial do Estado, especialmente no chamado "vale da celulose", com quatro grande fábricas do segmento, sendo duas da Suzano em Três Lagoas e Ribas do Rio Pardo; a Eldorado, também em Três Lagoas, além da Bracell, que solicitou estudos de viabilidade para construir unidades no Estado e da Arauco, lançada hoje.

"É Mato Grosso do Sul ajudando o Brasil naquilo que o presidente Geraldo Alckmin deixou muito claro aqui, ajudando no desenvolvimento. Uma coisa importante quando a gente fala em exportação, em balança comercial, superavitária, nós estamos falando em trazer mais dólares e, quando a gente traz mais dólares, isso fortalece a nossa moeda", disse a ministra.

"Como tudo que a gente compra tem componente com moeda estrangeira, trazer mais dólar para o Brasil através da exportação, por exemplo, da celulose, significa, inclusive, lá na ponta, diminuir a inflação, dos produtos e a inflação dos alimentos, essa é a importância deste momento", explicou Simone.

Ela destacou ainda a Rota Bioceânica, que irá trazer investidores de outros países, além de diminuir a distância dos produtos do Estado exportados para o mercado asiático.

Já o governador Eduardo Riedel ressaltou que é um desafio a mão de obra qualificada, mas que as indústrias têm gerado milhares de emprego e que é importante investir na qualificação para preencher essas vagas.

"Mato Grosso do Sul está em pleno emprego e a gente está atraindo pessoas de outros estados num movimento de crescimento muito grande. Então nós temos realmente que trabalhar na qualificação, na capacitação, na educação, para proporcionar a toda uma geração o às oportunidades que estão colocadas", disse o governador.

Arauco

A fábrica de celulose da Arauco será instalada em Inocência. A obra integra o projeto Sucuriú, que investe 4,6 bilhões de dólares no país. O investimento inclui a construção de uma planta com capacidade de produção de 3,5 milhões de toneladas de fibra curta de celulose ao ano.

A etapa de terraplanagem começou em 2024 e a previsão de entrada em operação é no final de 2027.

Durante as obras, a Arauco vai oferecer capacitação e gerar mais de 14 mil oportunidades de trabalho. Depois, a expectativa é que o Projeto Sucuriú empregará cerca de 6 mil pessoas nas unidades florestal, fábrica e operações de logística.

Para ter matéria-prima, cerca de 400 mil hectares de eucaliptos já foram ou serão plantados no entorno. 

Além de celulose, a previsão é de que o Projeto Sucuriú, que ficará às margens do rio como mesmo nome, produza eletricidade em larga escala e em um ciclo fechado (completo), com capacidade de geração superior a 400 megawatts (MW) e aproximadamente 200 MW destinados à demanda de consumo interno.

O excedente, suficiente para abastecer uma cidade com mais de 800 mil habitantes, será fornecido ao sistema de comercialização de energia elétrica nacional.

Antes mesmo de iniciar as obras da primeira etapa a direção da Arauco já fala em dobrar a capacidade de produção em uma segunda fase. 

No país desde 2002, a Arauco atua nos segmentos Florestal e de Madeiras e conta com cinco unidades industriais brasileiras. A unidade de Inocência será a primeira fábrica de celulose branqueada.

ANÁLISE

Redução do consumo pode frear o crescimento econômico no 2º semestre

Apesar da forte atuação do agronegócio, enfraquecimento da demanda interna pode brecar o desempenho

07/06/2025 09h00

A queda no consumo pode impactar o crescimento do PIB

A queda no consumo pode impactar o crescimento do PIB Foto: Gerson Oliveira/Correio do Estado

Continue Lendo...

O desempenho da economia sul-mato-grossense no primeiro trimestre deste ano reforçou o papel decisivo do agronegócio no avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Impulsionado pela soja e com expectativa de supersafra de milho, Mato Grosso do Sul deve crescer acima da média nacional neste ano. Mas, apesar do otimismo na oferta, o consumo interno acende um sinal de alerta para o segundo semestre.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Jaime Verruck, há uma preocupação com a queda do consumo.

“O crescimento de 1,4% no PIB é uma sinalização positiva para a economia brasileira, mas, quando a gente olha de onde vem essa força, ela está concentrada no agronegócio. Isso é bom para MS, mas há uma preocupação clara do outro lado: o consumo no Brasil cresceu muito pouco”, afirmou o secretário, em entrevista ao Correio do Estado.

Segundo Verruck, o crescimento da pecuária de 12,2% no trimestre e o avanço das lavouras explicam o bom desempenho da economia nacional, mas esse movimento se reflete especialmente na retomada da produção em relação ao ano ado, quando houve frustração de safra. 

“No caso de Mato Grosso do Sul, a situação é ainda melhor. Temos crescimento da produção de soja e estamos iniciando uma colheita excepcional de milho. Isso projeta um crescimento de 4,4% no PIB estadual, acima da média nacional”, detalha.

O cenário foi destacado na reportagem publicada pelo Correio do Estado na última semana, que mostrou como o agronegócio tem puxado o crescimento da economia de MS de forma contínua, mesmo em meio a um ambiente macroeconômico de juros altos e consumo retraído.

No entanto, o secretário pondera que o otimismo precisa ser equilibrado com a leitura do lado da demanda.

“Esse é o PIB do lado da oferta. Mas, quando olhamos a demanda, que reflete o consumo das famílias, o crescimento é praticamente nulo. Isso está diretamente ligado à renda e ao crédito, e é um fator de atenção que pode comprometer o segundo semestre, se não houver reação”, alerta.

O doutor em Economia e professor da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) Daniel Frainer ressalta que o setor de serviços é o principal monitor do crescimento brasileiro.

“Deve-se considerar também que, tanto aqui no Estado como nacionalmente, os setores que têm mais participação no PIB são serviços, em primeiro lugar, e indústria, em segundo lugar”.

QUEDA

A preocupação com a demanda é corroborada pelos dados regionais. Em Campo Grande, o Índice de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) caiu pelo quarto mês consecutivo e atingiu 100,5 pontos em maio, segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O indicador está no limite da zona positiva e reflete insatisfação crescente dos consumidores com a renda e com o cenário econômico.

A principal queda foi registrada na percepção sobre a compra de bens duráveis (-4,4%), seguida da perspectiva profissional (-2,5%) e da renda (-1,3%). Para a economista Regiane Dedé de Oliveira, do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento Fecomércio-MS (IPF-MS), o consumidor está mais cauteloso.

“A combinação de juros ainda elevados com o aumento no preço de produtos essenciais está fazendo as famílias irem com mais calma às compras, especialmente as de maior valor”.

O comportamento pode impactar diretamente o comércio e os serviços, setores que dependem da circulação de renda dentro do Estado. E, embora o agronegócio esteja gerando riqueza, nem sempre esses ganhos se traduzem em maior consumo local.

“Com a renda estagnada e o crédito , o consumo interno pode ser o freio do nosso crescimento. E isso é ruim, pois, mesmo com um bom desempenho no campo, a economia depende da reação da demanda para se sustentar no longo prazo”, alerta Verruck.

COMÉRCIO

No setor empresarial, os sinais também são de prudência. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) em Campo Grande ficou em 99,2 pontos em maio, entrando no terceiro mês seguido na zona negativa. Em maio do ano ado, o índice estava em 107,5 pontos.

“O empresariado local está mais cauteloso diante da percepção de piora nas condições da economia nacional. Para 84% dos entrevistados, a situação atual piorou. Isso reflete um momento de decisões mais conservadoras”, avalia Regiane.

Outro ponto levantado por Verruck é a política de juros do Banco Central. A taxa Selic está mantida em patamar elevado para controlar a inflação, mas isso pode ter efeitos colaterais indesejáveis. 

“Essa elevação dos juros é para conter a inflação, mas pode estar impactando diretamente o nível de investimento e de consumo. Com esse crescimento do PIB, há o risco de se manter os juros altos por mais tempo, e isso não seria o ideal neste momento”, afirma. 

Para ele, a economia de MS tem força para manter o ritmo de crescimento, mas precisa de um ambiente de maior estímulo ao crédito e à renda. 

“É fundamental que o consumo reaja, especialmente nos centros urbanos. Caso contrário, teremos um agronegócio forte convivendo com um comércio fraco, o que pode limitar nosso desenvolvimento”, conclui o secretário.

Assine o Correio do Estado

LOTERIA

Resultado da Dupla-Sena de ontem, concurso 2817, sexta-feira (06/06): veja o rateio

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais, às segundas, quartas e sextas, sempre às 20h; veja quais os números sorteados no último concurso

07/06/2025 08h55

Confira o resultado da Dupla-Sena

Confira o resultado da Dupla-Sena Foto: Divulgação

Continue Lendo...

A Caixa Econômica Federal realizou o sorteio do concurso 2817 da Dupla Sena na noite desta sexta-feira, 6 de junho de 2025, a partir das 20h (de Brasília). A extração dos números ocorreu no Espaço da Sorte, em São Paulo, com um prêmio estimado em R$ 5 milhões. Nenhuma aposta saiu vencedora e o prêmio acumulou para R$ 5,6 milhões.

Premiação - 1º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 10 apostas ganhadoras (R$ 9.696,03 cada);
  • 4 acertos - 825 apostas ganhadoras (R$ 134,31 cada);
  • 3 acertos - 18.682 apostas ganhadoras (R$ 2,96 cada);

Premiação - 2º Sorteio

  • 6 acertos - Não houve ganhadores;
  • 5 acertos - 11 apostas ganhadoras (R$ 7.933,12 cada);
  • 4 acertos - 837 apostas ganhadoras (R$ 132,39 cada);
  • 3 acertos - 16.906 apostas ganhadoras (R$ 3,27 cada);

Confira o resultado da Dupla-Sena de ontem!

Os números da Dupla Sena 2817 são:

Primeiro sorteio

  • 27 - 40 - 20 - 08 - 03 - 32

Segundo sorteio

  • 39 - 40 - 46 - 29 - 45 - 16

O sorteio da Dupla Sena é transmitido ao vivo pela Caixa Econômica Federal e pode ser assistido no canal oficial da Caixa no Youtube.

Próximo sorteio: Dupla Sena 2818

Como a Dupla Sena tem três sorteios regulares semanais, o próximo sorteio ocorre na segunda-feira, 9 de junho, a partir das 20 horas, pelo concurso 2818. O valor da premiação vai depender se no sorteio atual o prêmio será acumulado ou não.

Para participar dos sorteios da Dupla Sena é necessário fazer um jogo nas casas lotéricas ou canais eletrônicos.

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer. Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Como jogar na Dupla-Sena

A Dupla-Sena tem três sorteios semanais: às segundas, quartas e sextas, às 19h (horário de MS).

O apostador deve marcar de 6 a 15 números dentre os 50 disponíveis no volante e torcer.

Caso prefira o sistema pode escolher os números para você através da Surpresinha ou ainda pode concorrer com a mesma aposta por 2, 3, 4, 6, 8, 9 ou 12 concursos consecutivos com a Teimosinha.

Com apenas um bilhete da Dupla Sena, você tem o dobro de chances de ganhar: são dois sorteios por concurso e ganha acertando 3, 4, 5 ou 6 números no primeiro e/ou segundo sorteios.

O preço da aposta com 6 números é de R$ 2,50.

É possível marcar mais números. No entanto, quanto mais números marcar, maior o preço da aposta.

Probabilidades

A probabilidade de vencer em cada concurso varia de acordo com o número de dezenas jogadas e do tipo de aposta realizada.

Para a aposta simples, com seis dezenas e preço de R$ 2,50, a probabilidade de acertar 6 números e ganhar o prêmio milionário é de 1 em 15.890.700 segundo a Caixa.

Já para uma aposta com 15 dezenas (limite máximo), a probabilidade de acertar o prêmio é de 1 em 3.174, ainda segundo a Caixa.

Assine o Correio do Estado

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).