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Familiares de desembargadores são alvos da Polícia Federal; veja lista

Relação com 27 nomes traz desde magistrados aposentados; parentes entre sobrinhos e filhos e até advogado sócio de preso na Lama Asfáltica

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Na manhã desta quinta-feira (24), a lista de alvos de busca e apreensão por parte da Polícia Federal traz desde filha e sobrinhos de desembargadores em Mato Grosso do Sul, até lobista interestadual e outros com ligações a antigos nomes da política local. 

Nessa Operação - cuja investigação começou em 2015, com a Lama Asfáltica que chegou a levar André Puccinelli à prisão - como bem acompanha o Correio do Estado, é apurado uma suposta corrupção sistêmica na cúpula dos poderes em MS. 

Com isso, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou afastamento de: cinco desembargadores, um juiz de primeira instância e um conselheiro do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul, sendo, respectivamente: 

  • Marcos Brito;
  • Vladimir Abreu;
  • Sérgio Martins (presidente do TJ);
  • Sideni Pimentel;
  • Alexandre Aguiar Bastos;
  • Paulo Afonso de Oliveira e 
  • Osmar Domingues Jeronymo. 

Laços de sangue e história

Na relação dos alvos de busca e apreensão, os próprios sobrenomes não escondem os parentescos, como de Diego e Danillo Moya Jeronymo, que são sobrinhos do conselheiro do TCE afastado. 

Além deles, a atual vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil em Mato Grosso do Sul (OAB-MS) e candidata a reeleição, Camila Cavalcante Bastos, aparece como filha de Alexandre Bastos. 

Aqui, cabe a íntegra da nota pública emitida na manhã de hoje, com posicionamento a respeito da Operação Policial: 

A Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso do Sul, em razão dos fatos noticiados pela mídia nacional sobre a deflagração de operação policial, no Estado e nesta data envolvendo magistrados, conselheiro do TCE e advogados, vem a público declarar que está acompanhando as diligências por meio de sua Comissão de Defesa e Assistência.

A OABMS informa ainda que buscará o à integralidade do quanto investigado para, com rigor e respeito ao devido processo legal e a ampla defesa, apurar as responsabilidades em âmbito próprio.

Outros nomes da lista carregam nomes de desembargadores, como Marucs Vinicius e Ana Carolina, que com os sobrenomes: Machado Abreu da Silva, não escondem o parentesco com o também desembargador afastado. 

Mesmo caso de Rodrigo e Renata Gonçalves, que carregam junto o sobrenome de Sideni Soncini Pimentel e tiveram residências, escritórios e demais locais de trabalho como alvos de busca e apreensão. 

Na lista também aparece Divoncir Schreiner Maran Júnior, que carrega o nome do pai, ex-desembargador que soltou megatraficante e, agora, junto do filho, voltou a ser alvo da Polícia Federal. 

Quase que ando desapercebido na lista, outro nome com laços antigos nessa história é o do advogado Fábio Castro Leandro, que no ado atuou como procurador-geral de Gilmar Olarte e ex-sócio de André Puccinelli. O espaço fica aberto para possíveis posicionamentos dos citados.

Abaixo você confere a lista completa dos alvos de busca e apreensão:

  • 1) Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul
  • 2) VLADIMIR ABREU DA SILVA – residência
  • 3) MARCUS VINICIUS MACHADO ABREU DA SILVA – residência e escritório
    de advocacia
  • 4) ANA CAROLINA MACHADO ABREU DA SILVA – residência e escritório de
    advocacia
  • 5) JULIO ROBERTO SIQUEIRA CARDOSO – residência
  • 6) NATACHA NEVES DE JONAS BASTOS – residência
  • 7) MAURO BOER – residência
  • 8) ALEXANDRE AGUIAR BASTOS – residência
  • 9) CAMILA CAVALCANTE BASTOS BATONI – residência e escritório
  • 10) SIDENI SONCINI PIMENTEL – residência
  • 11) RODRIGO GONÇALVES PIMENTEL – residência, escritório e demais locais de
    trabalho
  • 12) RENATA GONÇALVES PIMENTEL – residência e escritório
  • 13) SÉRGIO FERNANDES MARTINS – residência
  • 14) DIVONCIR SCHREINER MARAN – residência
  • 15) DIVONCIR SCHREINER MARAN JUNIOR – residência e escritório
  • 16) MARCOS JOSÉ DE BRITO RODRIGUES – residência
  • 17) DIOGO FERREIRA RODRIGUES – residência e escritório
  • 18) OSMAR DOMINGUES JERONYMO – residência
  • 19) FELIX JAYME NUNES DA CUNHA – residência
  • 20) EVERTON BARCELLOS DE SOUZA – residência
  • 21) DIEGO MOYA JERONYMO – residência
  • 22) DANILLO MOYA JERONYMO – residência
  • 23) PERCIVAL HENRIQUE DE SOUSA FERNANDES – residência
  • 24) PAULO AFONSO DE OLIVEIRA – residência
  • 25) FABIO CASTRO LEANDRO – residência
  • 26) ANDRESON DE OLIVEIRA GONÇALVES – residências em Brasília e Cuiabá,
    e locais de trabalho
  • 27) FLAVIO ALVES DE MORAIS - residência

**(Colaboraram Naiara Camargo; Neri Kaspary e Alanis Netto)

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EDUCAÇÃO

Prazo de inscrição no Enem é prorrogado para o dia 13 de junho

Anúncio foi feito pelo Ministério da Educação neste sábado (7)

07/06/2025 23h00

Foto: PAULO PINTO/AGÊNCIA BRASIL

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O Ministério da Educação anunciou neste sábado (7) a prorrogação das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2025. Inicialmente programadas para encerrar na sexta-feira, dia 6 de junho, as inscrições agora podem ser feitas até o dia 13 de junho.

Com isso, o pagamento da taxa de inscrição pode ser feito até o dia 18 de junho. Já os pedidos de tratamento por nome social e solicitações de atendimento especializado devem ser feitos até o dia 13 de junho, mesma data em que se encerram as inscrições.

Em sua rede social, o Inep publicou um vídeo com o tutorial de como fazer a inscrição.

Inscrições

Os participantes que tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição e as justificativas de ausência em 2024 aprovados pelo Inep precisam se inscrever no exame.

Os estudantes do 3º ano do ensino médio em escola pública, mesmo com a inscrição pré-preenchida automaticamente, precisam atualizar os dados solicitados e confirmar a inscrição para garantir a participação nesta edição. Esses candidatos não pagarão a taxa de inscrição. A medida pretende estimular a participação desse público no Enem e facilitar o processo de inscrição.

MEIO AMBIENTE

Reflexo de incêndios, alta no desmate da Amazônia atinge 92% em maio

No acumulado de agosto a maio, o bioma registrou aumento de 9% no desmatamento, em comparação ao período de agosto de 2023 a maio de 2024

07/06/2025 22h00

Governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030

Governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030 Foto: Carlos Fabal / AFP /

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O desmatamento na Amazônia teve alta de 92% em maio de 2025, em relação ao mesmo mês do ano ado, segundo dados oficiais divulgados nesta sexta-feira, 6. Para o governo, a devastação tem agora um novo perfil, consequência dos incêndios e do colapso de florestas.

No acumulado de agosto a maio, o bioma registrou aumento de 9% no desmatamento, em comparação ao período de agosto de 2023 a maio de 2024. É a partir de maio que as nuvens se dissipam na Amazônia e os satélites "enxergam" melhor o cenário consolidado das áreas desmatadas.

Já os dados de desmatamento no Cerrado e no Pantanal foram positivos: queda de 15% no desmatamento no Cerrado em maio, em relação ao mesmo mês em 2024, e de 22% de agosto de 2024 a maio de 2025, considerando o período anterior; queda de 65% no desmate do Pantanal em maio, e de 74% no acumulado desde agosto

O governo federal promete zerar o desmatamento em todos os biomas até 2030, uma das metas do compromisso de redução de emissões do País, sede da COP-30 neste ano. Os Ministérios do Meio Ambiente e da Ciência e Tecnologia divulgaram os dados coletados pelo Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

As informações do sistema de monitoramento, que funciona com alertas diários, dão pista dos dados consolidados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), que registra as taxas anuais de desmate.

Impacto dos incêndios

Segundo os dados do Inpe, o peso dos incêndios florestais no desmatamento, quase insignificante no ado, tem crescido - as queimadas foram responsáveis por 51% da área desmatada em maio. Assim, boa parte dos 960 km² de floresta perdidos em maio não foi causada pelo "corte raso" de vegetação nativa no último mês, e sim pelo colapso de áreas que pegaram fogo no segundo semestre do ano ado.

Segundo o secretário executivo da pasta do Meio Ambiente, João Paulo Capobianco, é uma "realidade nova" para o combate ao desmatamento, com maior impacto do fogo na floresta pelas mudanças climáticas e pela ação antrópica. O desmate na Amazônia vinha em trajetória de queda até recentemente, com diminuição de 45,7% na devastação de agosto de 2023 a julho de 2024.

Floresta em colapso

O Deter separa o desmatamento em três tipos: por mineração, quando o garimpo remove a cobertura florestal principalmente ao longo de rios; com solo exposto, que se dá por remoção direta da floresta; com vegetação, quando cicatrizes de fogo danificam a floresta, que ainda pode se regenerar se não for atingida por novos incêndios.

De agosto de 2024 até agora, os focos de incêndio aram a atingir mais áreas de vegetação nativa, que antes eram menos suscetíveis ao fogo. Esse "novo tipo" de desmate, que tem se tornado mais expressivo, pode ser lento e ocorre com a degradação progressiva da floresta até deixar de ser floresta, perdendo biodiversidade e funções ecológicas que cumpre para o ciclo da água e a estocagem de carbono.

Na avaliação do governo, o cenário exige um ajuste nas ações de enfrentamento ao desmatamento implementadas até agora. O Ibama, que sempre teve maior foco em fiscalização e controle do desmatamento, tem aumentado sua estrutura para lidar com a prevenção e o combate a incêndios, recebeu no dia 2 um aporte de R$ 825 milhões do Fundo Amazônia para fortalecer suas ações.

Um dos destaques recentes foram os embargos remotos por desmatamento ilegal feitos pelo Ibama em 5 mil propriedades na Amazônia, totalizando mais de 500 mil hectares embargados desde agosto de 2024. O controle dos incêndios depende ainda de ações de coordenação com os Estados e os municípios, conforme a Política Nacional de Manejo Integrado do Fogo, instituída em 2024, que o governo federal diz que implementará neste ano.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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