Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"A mulher merece respeito. A ministra, não"

Senador Plínio Valério (PSDB-AM) e a frase que deflagrou a confusão com Marina Silva

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Petistas querem Mercadante no logar de Haddad Correntes do PT discutem a eventual troca de Fernando Haddad, que acumula trapalhadas no comando do Ministério da Fazenda. A sugestão de Aloízio Mercadante, de taxar as Bets para recompor o caixa do governo gastador, foi vista como sinalização até de coragem. Petistas avaliam como positivo antecipar a saída de Haddad da Esplanada, que anda soltando por aí que vai disputar o Senado por São Paulo, caso Lula mantenha o plano de tentar disputar a reeleição no próximo ano.

 

Escanteado

Mercadante foi cogitado para a Fazenda de Lula, mas perdeu a vaga para Haddad, que pressionou pela pasta em detrimento do MEC.

 

Prêmio consolação

Barrado por Lula, que o deixou fora da Esplanada, Mercadante não ficou na chuva: ganhou a excelente boquinha de presidente do BNDES.

 

Tutti buona gente

A pressão é dos faccionados da Construindo um Novo Brasil, dominante do PT, com expoentes tipo José Dirceu, José Genoíno e o próprio Lula.

 

Deu pra ti

Tido como independente no PT, Haddad tem sido apontado como fator de desgaste de Lula com seus apressados pacotes de maldades.

 

Trapalhada com IOF piora crise entre ministros

Longe de serem bons amigos, os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Fernando Haddad (Fazenda) viram o clima piorar após a trapalhada da Fazenda, que tentou turbinar o caixa do governo com aumento do IOF, mas teve que recuar da medida horas depois do anúncio, na última semana. Ninguém sabia do conteúdo previamente. Outro arrolado na confusão foi Sidônio Palmeira (Secretária de Comunicação), que soube pela imprensa das atabalhoadas medidas da equipe econômica.

 

Ficou a mágoa

Na Secom, o sigilo não pegou bem e escancarou a desconfiança. A avaliação interna é que toda a comunicação de Haddad foi um fiasco.

 

Trapalhões

À coluna, gente da Secom lista a trapalhada: publicações no “X” quase à meia-noite, mistura de assuntos na coletiva e o recuo horas depois.

 

Ciúme de você

Apadrinhado por Costa, Sindônio na Secom desperta ciúmes. Costa disputa com Haddad protagonismo de olho na sucessão de Lula.

 

Mentira diplomática

Eduardo Bolsonaro apurou que o chanceler Mauro Vieira nunca telefonou a Marco Rubio, secretário de Estado norte-americano. Após Lula chamar Trump de “nova cara do nazismo”, não tem papo entre os governos. O deputado indaga: “E o culpado [pela relação ruim] sou eu?”

 

Cinismo peculiar

Apenas até abril de 2025, foram identificadas mais de cem compras entre R$10 mil e R$100 mil da Presidência da República. A definição no Portal da Transparência é algo cínico: “Peculiaridades”. Tudo sigiloso.

 

aram a mão

Cartão corporativo da Presidência de Lula pagou uma conta de R$167 mil no começo do ano. A “transparência” não revela o que foi comprado, quem pagou, nada, nem a data. Única explicação: “Peculiaridades.”

 

Correios agonizam

A decadência dos Correios é espantosa, no governo Lula. Carta simples de Nova York para Brasília levou 21 dias para chegar. Nos bons tempos, seriam dois. Um telegrama de aniversário se arrastou por oito dias entre o Senado, na Praça dos Três Poderes, e um bairro da capital.

 

Tem tudo para cair

Já são 20 os projetos de decreto legislativo para barrar o aumento do IOF, decretado por um governo irresponsavelmente gastador. A maioria tramita na Câmara dos Deputados.

 

Processa, Marina

O caso chamado de “ataque a Marina Silva” por manchetes amigas de Lula lembra o maltrato à dra. Nise Yamaguchi na I da Covid, ignorado nos mesmos veículos. A médica processou os senadores Omar Aziz e Otto Alencar, ambos do PSD, por misoginia, preconceito e humilhação.

 

Gafe’?

Janja pagou mais um mico. Ao apoiar Marina Silva (Meio Ambiente) após o barraco no Senado, disse que a ministra “implantou políticas que contribuíram significativamente para o desmatamento”.

 

O inexplicável

Se não der o bolo, como fez da outra vez, o chanceler Mauro Vieira explica hoje (28) na Câmara o vergonhoso asilo, com direito a jatinho da FAB, à corrupta ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia.

 

Pergunta ao povão

Ministro merece respeito só por ser ministro, ainda que não se faça respeitar como ministro?

 

PODER SEM PUDOR

Coitada da mulher de César

Em 1989, os vereadores de Manaus discutiam a Lei Orgânica do Município. Um deles, exaltado, dirigiu-se ao então presidente da Casa, César Bomfim, repetindo uma velha frase:

- Não basta à mulher de César ser honesta. Tem que parecer honesta!

Rápida no gatilho, a vereadora Lurdes Lopes não perdoou, em aparte:

- Alto lá! O nobre colega não tem o direito de falar assim! O que o senhor tem contra a mulher do presidente desta Casa?

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ARTIGOS

INSS, fator previdenciário e aposentados

05/06/2025 07h45

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Pior que os descontos em folha dos aposentados é a Lei do Fator Previdenciário, aprovada em 1999 pelo Congresso Nacional – logo após a reforma da Previdência aprovada em 1998 – e que já provocou um rombo de 65% no valor dos benefícios de quem já estava aposentado, não respeitando nem sequer os direitos adquiridos. Resultado disso: empobrecimento e mortes causadas por depressão.

Quem já estava aposentado pelo teto da época – que era de 10 salários mínimos, hoje cerca de R$ 15 mil – não percebe mais que R$ 4 mil. As dificuldades, ano após ano, com as perdas salariais, os levaram à pobreza. 

Já não conseguiam pagar o IPVA do velho carro, muito menos o IPTU da casa adquirida ao longo da vida laboral. Foram forçados a se desfazer dos bens que possuíam, ando a morar de aluguel em pequenas casas da periferia ou a se submeter à condição de aceitar abrigo em casas de parentes ou amigos.

Contudo, é de nosso conhecimento que se encontra dormindo na gaveta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) nº 4.434/2008 – vejam bem, de 2008 – sem que tenha sido colocado para discussão no plenário da Casa. Note-se que esse PL já foi aprovado pelo Senado.

A Lei do Fator Previdenciário fere frontalmente os princípios dos direitos humanos, sendo um verdadeiro massacre, e o Estado brasileiro – que deveria proteger seus idosos – com essa legislação perversa acabou deixando-os na vala da miséria. E sem exageros, praticou-se um verdadeiro holocausto contra aqueles que trabalharam e contribuíram regiamente para os cofres da Previdência, na esperança de terem uma velhice digna.

Porém, ao contrário, quem ainda sobrevive sofre a humilhação de morar por favor em casas de parentes ou instituições de caridade.

Suas Excelências continuam fazendo cara de paisagem, agora com discursos inflamados por conta de mais um escândalo de desvios de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos seus miseráveis aposentados, mas sabem agir com rapidez quando o assunto é de interesse corporativo.

É bom ressaltar que os aposentados atingidos pela Lei do Fator Previdenciário somam cerca de 12 milhões e, apesar de idosos, ainda fazem questão de votar. A “lei do retorno” é infalível, senhores. Cumpram com seus deveres, sejam humanos e reparem esse mal que envergonha o nosso país: o desprezo pelos idosos.

ARTIGOS

O desafio da erradicação da pobreza extrema

05/06/2025 07h30

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Não se ite mais que o enfrentamento à extrema pobreza seja feito com a antiga e insuficiente fórmula da transferência de renda isolada. Essa se assemelha mais a mero assistencialismo que uma política séria de Estado para a erradicação da extrema pobreza.

Há a necessidade de associar a transferência de renda a políticas de Estado que visem estruturar o desenvolvimento social dos indivíduos que compõe a unidade familiar, a qual se deseja dar mobilidade no tecido social.

Ou seja, se eu quero que uma família alcance um outro patamar de qualidade de vida, no sentido mais amplo (renda, educação, o à saúde e a emprego, etc.), preciso dar meios para que isso aconteça e também medir os indicadores que possam impedir ou dificultar o resultado, interferindo de maneira a estimulá-lo.

Um modelo assertivo e já testado de enfrentamento à extrema pobreza é a focalização. Tal modelo traz como premissa focalizar iniciativas e recursos econômicos na camada da população que se deseja dar mobilidade.

Em outras palavras, em vez de se dar um pouco a cada cidadão em uma faixa de renda mais extensa, a proposta é diminuir a faixa de renda e colocar toda a energia e o recurso para o enfrentamento dos inúmeros problemas que os cidadãos daquela faixa enfrentam, até que adquiram mobilidade social, mudando de estamento e podendo andar com as próprias pernas, sem a necessidade do amparo de programas sociais.

Os programas devem ser instrumentos de agem, e não de permanência do cidadão. O antigo Progressa, programa social mexicano depois nominado Prospera, baseado na transferência condicionada de recursos, bem como o programa social chileno La Puente, gerou estudos de vários países e foi a inspiração do que ora se propõe e se pratica no estado de Mato Grosso do Sul com a atual gestão.

Os resultados dos modelos citados foram tão claros ao ponto de a Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual o Brasil faz parte, fomentar o Puente in the Caribbean Program como iniciativa de cooperação horizontal que busca estratégias para a proteção social da população vulnerável dos países do Caribe.

A focalização fundamentada em indicadores, agregada à busca ativa por parte do estado de Mato Grosso do Sul, que foi possível pelo pujante desenvolvimento econômico, bem como o monitoramento da qualidade dos gastos no setor social, produziu de maneira rápida a redução de 25% da extrema pobreza em dois anos de gestão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reduzimos o porcentual total das pessoas em extrema pobreza de 2,7 % da população sul-mato-grossense para 2%.

Por meio da busca ativa, encontramos no início da nossa gestão em torno de 40 mil famílias em extrema pobreza, as quais não eram assistidas por nenhum programa social, seja de âmbito federal, seja estadual. Na atualidade, ainda existem aproximadamente 17.500 famílias que em breve receberão o e estrutural e financeiro do Estado, caminhando assim para a real erradicação da extrema pobreza em Mato Grosso do Sul.

O Estado trabalha com programas estruturantes como o Mais Social, que visa a segurança alimentar e que tem duas modalidades: a transferência de renda condicionada de R$ 450 mensais e a distribuição de 20 mil cestas alimentares, mensalmente, para os indígenas em ambiente rural, com o encaminhamento dos cidadãos para a qualificação e vagas de emprego.

Por sua vez, o Supera MS subsidia o estudo universitário e técnico com a transferência condicionada de um salário mínimo por estudante. Já o Cuidar de Quem Cuida estrutura os lares e transfere R$ 900 mensais para familiares cuidadores de pessoas com deficiência níveis dois e três. Ainda, o Energia Zero quita a conta de energia das pessoas que vivem com meio salário mínimo de renda per capta e dois salários mínimos de renda familiar.

Também há o Recomeços, que mobília a residência das mulheres vítimas de violência desacolhidas da Casa Abrigo, monitora e paga um salário mínimo mensal para que refaçam suas vidas. E o Programa de Apoio a Mãe Trabalhadora Chefe de Família, que garante a aquisição de vagas privadas na Educação Infantil para as mães que não encontram vagas na rede pública, além da transferência de renda àquelas que retornem ao ensino regular por meio da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A densa experiência de Mato Grosso do Sul nesse campo é didática e vale a pena ser visitada como uma equação que vem transformando a função do Estado – de provedor para colaborador do empoderamento e do crescimento humano do cidadão vulnerável. Por exemplo, no Mais Social, aproximadamente 50% dos beneficiários superaram o limite de renda e se desligaram do programa.

É hora de colocar, finalmente, no centro do debate, a questão da qualidade do gasto público. Aqui, mais uma vez, o que interessa não é discutir mais apenas quanto, mas como e para quê. Assim, Mato Grosso do Sul não está deixando ninguém para trás!

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