Governo prevê semana de derrotas no Congresso
Na reunião desta segunda-feira (2) com os ministros Sidônio Palmeira (Secom) e com Rui Costa (Casa Civil), Lula (PT) cobrou dos seus auxiliares ações para tirar o governo das cordas. Sangrando com o escândalo do roubo aos aposentados, situação agravada com a trapalhada de Fernando Haddad (Fazenda) e o aumento de imposto sem falar com os colegas, o petista fez previsão nada otimista: antes do recesso do Congresso, dia 18, o governo vai apanhar ainda mais.
Liberou geral
Lula avalia que o Congresso vai aproveitar o recesso para avançar com pautas caras ao governo, como as mudanças das regras ambientais.
Cadê Marina?
Pela data anunciada pelo presidente da Câmara, Hugo Motta (Rep-PB), para a votação, véspera do recesso, a derrota também é esperada.
Crise pós-recesso
Pesquisas internas do governo mostram a popularidade de Lula ainda em queda. Deve piorar com a instalação da MI do roubo do INSS.
Pega leve
O governo quer dividir com o Congresso uma solução ao IOF e mitigar outra surra nas redes sociais, que se avizinha com a queda do decreto.
Receita erra em 3 milhões declarações entregues
A Receita Federal enfrenta uma saia justa inédita, após errar, pela primeira vez, na estimativa do número de declarações de Imposto de Renda a serem entregues até a data-limite. A previsão era que 46,2 milhões de declarações seriam entregues até sexta-feira, de 30 de maio, mas foram 43,3 milhões, 3 milhões menos. O problema agora é explicar isso. O mercado suspeita que o governo Lula (PT) inflou a previsão para manipular dados, a fim de “melhorar” números sobre rendimento.
Sempre superou
Historicamente, o número de declarações entregues sempre superou as expectativas. O volume era maior ao final do período de entrega.
Alguma explicação?
Três milhões a menos de declarações entregues são, em tese, daqueles que deveriam ter recebido, em 2024, acima de R$33.888. O que houve?
Ainda sob análise
A Receita informou que ainda analisa o perfil desses contribuintes para saber se estavam ou não obrigados a apresentar a declaração.
Quem avacalha?
Enquanto Lula vê risco de o STF ser “avacalhado”, caso a esquerda não controle o Senado, a direita acha que ele já fez isso, nomeando ministro seu advogado pessoal e envolvendo a Corte em seu projeto eleitoral.
Janja viajou 359 vezes
O deputado Luciano Zucco (PL-RS) manifestou indignação, ontem, ao informar que a primeira-dama Janja fez 359 viagens e ficou 153 dias no exterior por conta de quem paga impostos, apesar de “não ocupar cargo e não dever explicações”, como o Planalto repete à exaustão.
Promessas ao vento
O ministro da Fazenda tentou jogar para a plateia ao defender o fim dos supersalários na reforma istrativa. O projeto que dá fim a essa malandragem se arrasta no Congresso há quase dez anos
Lula flanando
Como ninguém é de ferro e Lula ainda não foi a Paris (França) este ano, o petista embarca esta noite por um tour no país europeu. O tour de Lula é grande, bate perna por lá até a próxima segunda-feira (9).
Penta só por milagre
A apresentação da Seleção deve ter dado a Carlo Ancelotti a impressão de que não assistia a chegada de atletas e sim a um desfile de cortes de cabelo bizarros. Eles am mais tempo no espelho do que treinando.
Jogo jogado
O Supremo retoma amanhã (4) o julgamento do Marco Civil da Internet, que o ministro e legislador Gilmar Mendes (STF), disse em Paris (França), claro, ser um “esboço da regulação da mídia social”.
Na moleza
Está com tudo para não ir muito além de embromação o primeiro dia do Fórum Parlamentar do Brics, que já começa tarde, 10h30. O roteiro prevê solenidades, almoço, coffee-break, coquetel 17h, jantar 19h30...
Nosso bolso
Prepare o bolso para encarar mais uma indecência na conta de luz. A Aneel, que parece trabalhar contra o pagador de impostos, liberou a bandeira vermelha1 para junho. A conta sobe R$4,46 a cada 100 kWh.
Pensando bem...
...reforma estrutural mesmo só em outubro de 2026.
PODER SEM PUDOR

Política cruzada
Ex-ministro do Tribunal de Contas da União, o mineiro Olavo Drummond era um político “do bem”. Certa vez, como prefeito de Araxá, ele dizia a vereadores que a política ensinava maneiras de ser gentil, mesmo fazendo declarações graves. O vereador João Bosco Borges não conseguia entender essa arte de usar, na política, palavras diferentes, mais suaves. Olavo deu a dica: “Faça palavras cruzadas. Só vence em política quem usa os sinônimos.”