Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Eu não tenho nada a ver com Carla Zambelli"

Jair Bolsonaro, após ser questionado pela PF sobre o exilio da deputada federal

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Oposição pode processar Lula por ‘interferir’ na PF

Confissão de Lula (PT) antes de viajar à França chamou a atenção de parlamentares de oposição, que agora avaliam denunciar o petista por crime de responsabilidade. Isso abre o caminho para novo pedido de impeachment. Na entrevista, afirmou haver ordenado “muita cautela” à Policia Federal e à Controladoria Geral da União (CGU) na investigação de sindicatos e associações que se beneficiaram do roubo bilionário a aposentados do INSS, que pode ter vitimado 9 milhões de pessoas.

 

Nenhuma prisão

A oposição desconfia que a interferência de Lula, que cobriu entidades de elogios, explica o fato de não terem sido feitas prisões de suspeitos.

 

Cautela’ com Frei Chico?

Entre os beneficiados pelo roubo está o “Sindicato dos Aposentados e Idosos da Força”, cujo vice-presidente é Frei Chico, irmão de Lula.

 

A que mais faturou

Entidade de Trabalhadores na Agricultura (Contag), que faturou R$3,6 bilhões, é feudo do irmão do deputado Carlos Veras (PE) do PT de Lula.

 

Saindo de fininho

Outro sindicato, de sigla Sindinapi, controlado por Milton Cavalo, do PDT do ex e do atual ministro da Previdência, embolsou R$259 milhões.

 

Já na Itália, Zambelli pode estar a salvo de prisão

Com a chegada da deputada Carla Zambelli (SP) à Itália, a avaliação na Câmara é que agora ela estaria a salvo. A Itália não extradita seus nacionais, como a maioria dos países, e alegações de perseguição do STF e do governo brasileiro calam fundo no governo de direita chefiado por Giorgia Meloni. A situação de relativa ‘segurança’ da deputada tende a liberar deputados do PL de reação incisiva em sua defesa. Muitos culpam sua pistola em punho pela derrota de Jair Bolsonaro em 2022.

 

Como Chiquinho

A tendência é que Zambelli receba tratamento idêntico ao de Chiquinho Brazão, que levou mais de um ano entre prisão e perda do mandato.

 

Cronômetro

Regimento Interno da Câmara prevê até 120 dias por sessão legislativa de licença por motivos pessoais. O que daria um respiro a Zambelli.

 

Calculadora

A Câmara tem entre 90 e 100 sessões ordinárias por ano. O que “libera”, em média, 33 faltas sem justificativas até a cassação.

 

Lula e Janja no céu

As imagens do salão luxuoso, todo dourado, onde se deu o banquete ocorrido ontem no Palácio Eliseu, sede da presidência sa, foi o cenário mais adequado para Lula e Janja. Sentiram-se no Céu.

 

Imprensa barrada

Pela primeira vez, jornalistas que cobrem as visitas de Estado não foram convidados para o tradicional jantar em torno de uma visita oficial. Em seu discurso, Lula preferiu falar mal da imprensa. Por duas vezes.

 

Climão

Habituado a plantar lorotas como bem entende, Lula tomou um revés do amigão Emmanuel Macron ao igualar Rússia e Ucrânia. O presidente francês logo lembrou quem começou a guerra e recusou o cessar-fogo.

 

Vale tudo

Com pouco apoio do Congresso, Lula acabou chamando até Chico Rodrigues (PP-RR) para bater perna na França. O senador não era lembrado por poderosos desde que a PF o flagrou com grana na cueca.

 

Pedra cantada

Com zero surpresa, como a coluna adiantou ontem, PSDB e Podemos seguiram com a incorporação, aprovada em convenção. Definiram que haverá rodízio no comando, alternando a cada seis meses.

 

Balela de sempre

Com os ministros instruídos a não comentar pesquisas negativas sobre o governo, o vice Geraldo Alckmin falou sobre reprovação de Lula, com todos os panos quentes. “Criativo”, disse que é “fotografia do momento”.

 

Crianças salvas

O governo de Javier Milei na Argentina retirou 1,7 milhão de crianças da pobreza. Para desespero dos seus adversários, que levaram aquele país à bancarrota, a constatação tem aval de entidades como a Unicef.

 

Liturgia

A suspensão do salário de Carla Zambelli (PL-SP), ordem de Alexandre de Moraes (STF), não será cumprida automaticamente. O presidente da Câmara, Hugo Motta, vai levar a questão aos líderes da Casa.

 

Pensando bem...

...o órgão público que fará censura do conteúdo nas redes sociais será “técnico”.

 

PODER SEM PUDOR

Babá Sansão

O PT critica a possível sanção dos EUA a ministros do STF aliados de Lula, mas o partido é especialista nisso. Certa vez, a bancada do PT na Câmara discutia, em clima de STF, as sanções a serem aplicadas a petistas “rebeldes”. Lá pelas tantas, o líder do governo, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ), ajeitou a própria juba e sugeriu: “Pra mim, é simples. A gente pede para uns cinco camaradas bem fortes segurarem o Babá (um dos deputados que acabaram fundando o Psol) e a a tesoura naquele cabelão. Ninguém mais vai reconhecê-lo na televisão e, assim, ele fica mais calminho”. Os deputados Babá (PA) e Heloísa Helena (AL) estavam entre os rebeldes, que, caçados pelo PT, viram-se obrigados a sair da legenda e fundar o Psol, para escapar do paredão petista.

ARTIGOS

O desafio da erradicação da pobreza extrema

05/06/2025 07h30

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Não se ite mais que o enfrentamento à extrema pobreza seja feito com a antiga e insuficiente fórmula da transferência de renda isolada. Essa se assemelha mais a mero assistencialismo que uma política séria de Estado para a erradicação da extrema pobreza.

Há a necessidade de associar a transferência de renda a políticas de Estado que visem estruturar o desenvolvimento social dos indivíduos que compõe a unidade familiar, a qual se deseja dar mobilidade no tecido social.

Ou seja, se eu quero que uma família alcance um outro patamar de qualidade de vida, no sentido mais amplo (renda, educação, o à saúde e a emprego, etc.), preciso dar meios para que isso aconteça e também medir os indicadores que possam impedir ou dificultar o resultado, interferindo de maneira a estimulá-lo.

Um modelo assertivo e já testado de enfrentamento à extrema pobreza é a focalização. Tal modelo traz como premissa focalizar iniciativas e recursos econômicos na camada da população que se deseja dar mobilidade.

Em outras palavras, em vez de se dar um pouco a cada cidadão em uma faixa de renda mais extensa, a proposta é diminuir a faixa de renda e colocar toda a energia e o recurso para o enfrentamento dos inúmeros problemas que os cidadãos daquela faixa enfrentam, até que adquiram mobilidade social, mudando de estamento e podendo andar com as próprias pernas, sem a necessidade do amparo de programas sociais.

Os programas devem ser instrumentos de agem, e não de permanência do cidadão. O antigo Progressa, programa social mexicano depois nominado Prospera, baseado na transferência condicionada de recursos, bem como o programa social chileno La Puente, gerou estudos de vários países e foi a inspiração do que ora se propõe e se pratica no estado de Mato Grosso do Sul com a atual gestão.

Os resultados dos modelos citados foram tão claros ao ponto de a Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual o Brasil faz parte, fomentar o Puente in the Caribbean Program como iniciativa de cooperação horizontal que busca estratégias para a proteção social da população vulnerável dos países do Caribe.

A focalização fundamentada em indicadores, agregada à busca ativa por parte do estado de Mato Grosso do Sul, que foi possível pelo pujante desenvolvimento econômico, bem como o monitoramento da qualidade dos gastos no setor social, produziu de maneira rápida a redução de 25% da extrema pobreza em dois anos de gestão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reduzimos o porcentual total das pessoas em extrema pobreza de 2,7 % da população sul-mato-grossense para 2%.

Por meio da busca ativa, encontramos no início da nossa gestão em torno de 40 mil famílias em extrema pobreza, as quais não eram assistidas por nenhum programa social, seja de âmbito federal, seja estadual. Na atualidade, ainda existem aproximadamente 17.500 famílias que em breve receberão o e estrutural e financeiro do Estado, caminhando assim para a real erradicação da extrema pobreza em Mato Grosso do Sul.

O Estado trabalha com programas estruturantes como o Mais Social, que visa a segurança alimentar e que tem duas modalidades: a transferência de renda condicionada de R$ 450 mensais e a distribuição de 20 mil cestas alimentares, mensalmente, para os indígenas em ambiente rural, com o encaminhamento dos cidadãos para a qualificação e vagas de emprego.

Por sua vez, o Supera MS subsidia o estudo universitário e técnico com a transferência condicionada de um salário mínimo por estudante. Já o Cuidar de Quem Cuida estrutura os lares e transfere R$ 900 mensais para familiares cuidadores de pessoas com deficiência níveis dois e três. Ainda, o Energia Zero quita a conta de energia das pessoas que vivem com meio salário mínimo de renda per capta e dois salários mínimos de renda familiar.

Também há o Recomeços, que mobília a residência das mulheres vítimas de violência desacolhidas da Casa Abrigo, monitora e paga um salário mínimo mensal para que refaçam suas vidas. E o Programa de Apoio a Mãe Trabalhadora Chefe de Família, que garante a aquisição de vagas privadas na Educação Infantil para as mães que não encontram vagas na rede pública, além da transferência de renda àquelas que retornem ao ensino regular por meio da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A densa experiência de Mato Grosso do Sul nesse campo é didática e vale a pena ser visitada como uma equação que vem transformando a função do Estado – de provedor para colaborador do empoderamento e do crescimento humano do cidadão vulnerável. Por exemplo, no Mais Social, aproximadamente 50% dos beneficiários superaram o limite de renda e se desligaram do programa.

É hora de colocar, finalmente, no centro do debate, a questão da qualidade do gasto público. Aqui, mais uma vez, o que interessa não é discutir mais apenas quanto, mas como e para quê. Assim, Mato Grosso do Sul não está deixando ninguém para trás!

EDITORIAL

Avanço necessário na saúde pública

Se há um setor no qual a eficiência não pode ser opcional, esse é o da saúde. Afinal, é nele que se concentra uma das maiores demandas da população

05/06/2025 07h15

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O governo de Mato Grosso do Sul tomou uma decisão estratégica ao dar seguimento à parceria público-privada (PPP) para a gestão do Hospital Regional. Trata-se de um projeto de grande relevância para a saúde pública do Estado, a qual precisa urgentemente de mais eficiência, organização e resultados concretos. Em vez de repetir fórmulas que já se mostraram insuficientes, o poder público aposta agora em um modelo que tem se mostrado eficaz em outras regiões do País.

Se há um setor no qual a eficiência não pode ser opcional, esse é o da saúde. Afinal, é nela que se concentra uma das maiores demandas da população. E também é lá que a dor é mais sentida: 
nos corredores de hospitais lotados, nas filas por exames e na espera angustiante por um leito ou por um atendimento especializado. Melhorar a gestão da saúde é, portanto, mais que uma decisão istrativa, mas uma ação de humanidade.

Um gasto público eficiente na saúde representa algo concreto: menos mortes evitáveis, mais qualidade de vida nas cidades, mais pessoas saudáveis prontas para produzir e viver plenamente. Significa também a diminuição de inúmeros problemas sociais – da sobrecarga das famílias ao colapso dos sistemas públicos por doenças que poderiam ter sido prevenidas ou tratadas com agilidade.

Do ponto de vista macroeconômico e sistêmico, a lógica também se sustenta: um hospital regional que funcione com mais eficiência significa mais atendimentos, mais diagnósticos precoces, mais terapias eficazes e menos sofrimento acumulado. Aumentar a capacidade de resposta do sistema de saúde é um objetivo nobre e absolutamente necessário – e a PPP tem potencial para ajudar nisso.

No fim das contas, tudo converge para um ideal que é comum a todos: viver bem. As pessoas querem (e têm direito) a uma vida plena, com saúde, boa convivência social, oportunidades de formação e crescimento pessoal. Ao investir na melhoria do sistema de saúde, o poder público contribui de maneira decisiva para essa plenitude. Trata-se de um investimento que reverbera em todas as esferas da vida em sociedade.

É claro que uma PPP exige critérios, metas, fiscalização e transparência. Mas também é certo que, quando bem implementada, pode trazer ganhos concretos e mensuráveis para a sociedade. O que se espera agora é que esse modelo seja conduzido com responsabilidade, planejamento e foco nos resultados.

Quanto mais serviços públicos forem eficientes, com resultados visíveis e mensuráveis, mais a sociedade ganha. O cidadão, em sua individualidade, a a ter respostas mais rápidas e eficazes às suas necessidades. Ainda, a coletividade como um todo se fortalece com uma istração estadual que entrega aquilo que promete: qualidade de vida e dignidade. O início dessa nova etapa no Hospital Regional é, portanto, um avanço que merece ser reconhecido e acompanhado de perto.

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