Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"O INSS não é botequim da esquina"

Ministro Carlos Lupi (Previdência) tentando explicar o inexplicável roubo no INSS

Continue lendo...

Afano no INSS enterra volta do imposto sindical

O envolvimento de sindicatos no esquema que surrupiou mais de R$6 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS fez o governo frear as costuras para tentar ressuscitar o imposto sindical, sonho do ministro Luiz Marinho (Trabalho). Dentro do governo e da oposição, há a certeza de que o projeto não avança, “é um projeto de poder, de financiamento de aliados e de perpetuação desse esquema que beneficia poucos e prejudica milhões”, disse à coluna o deputado Evair de Melo (PP-ES).

 

Cabresto sindical

“Vamos trabalhar para enterrar de vez essa tentativa absurda de meter a mão no bolso do trabalhador”, diz Evair ao rejeitar o “cabresto sindical”.

 

Fim da democracia

Na mesma linha segue o deputado Osmar Terra (MDB-RS), que chama a contribuição obrigatória de escandalosa e antidemocrática.

 

Projeto terceirizado

O governo ensaiou apoiar uma proposta do deputado Luiz Gastão (PSD-CE). O plano era apresentar o projeto ainda neste semestre.

 

Tamanho do butim

Estudos que circulam entre deputados apontam que, uma vez vigorando, o imposto pode gerar renda na casa dos R$4 bilhões aos sindicatos.

 

Mariana: escritório britânico dá sinais de agonia

O escritório britânico de advocacia Pogust Goodhead (PG) faz de tudo para não perder mais clientes nas ações contra Vale e BHP na Europa. É que termina no fim de maio o prazo para que as pessoas físicas afetadas pela tragédia de Mariana façam opção pelo acordo no Brasil. Entre as cidades afetadas, 26 abandonaram as ações do PG. Quando os clientes abandonam o processo no exterior, cai o faturamento do PG na causa. E agrava mais a situação financeira do escritório, já à beira do abismo.

 

Faltando fôlego

O balanço de 2022 do PG, publicado em abril, com 18 meses de atraso, revelam dívida de curto prazo superior a 500 milhões de libras (R$3,8 bi).

 

Incerteza material

Enquanto se aguarda o balanço de 2023 desde setembro, auditores sinalizaram “incerteza material” sobre o fôlego do negócio para funcionar.

 

Com bolso forrado

Em meio demissões em Londres e no Brasil, a banca britânica é acusada de haver embolsado adiantamento de 4,24 milhões de libras (R$31,2 mi).

 

Motivação eleitoral

Novo patrocinador da CBF, a Jordan (marca da Nike) estréia mudando a cor da camisa da Seleção para vermelho, na Copa de 2026, em plena campanha eleitoral presidencial. Grave não é os lacradores da Nike fazerem a presepada, é a CBF vender o uso eleitoral da ex-canarinha.

 

Bandeira será vermelha

A mudança na cor da Seleção debocha da máxima conservadora de que “a bandeira do Brasil jamais será vermelha”. Parece que é esse o plano, a começar pelo enterro da camisa mais respeitada do futebol mundial.

 

Jane do Clezão

O STF o deixou morrer na Papuda, mas Clezão parece destinado a viver na memória da cidade. Já circula nos carros de Brasília o adesivo “Jane do Clezão”, referência à pré-candidatura da viúva, em 2026.

 

Auxiliar diligente

A decisão do presidente da Câmara, Hugo Motta, de protelar o projeto da isenção do Imposto de Renda foi interpretada por deputados como mais uma obediência a Lula: o governo não tem como bancar a promessa de campanha, nem o desgaste eventual por itir o rombo nas contas.

 

EUA nos Brics

Apesar de não participar do encontro dos ministros do grupo dos Brics, que se realiza no Rio de Janeiro, esta semana, os Estados Unidos (e as tarifas de Donald Trump) dominam todas as mesas de discussões.

 

aporte

Taxadd viaja de novo, agora aos EUA e México, na sexta (2). Diz que vai atrás de investimentos. Ficará flanando até quarta (7), chega na quinta e, como petista não é de ferro, expediente garantido só na segunda (12).

 

 

Que escândalo?

Enquanto a PF colocava na rua o escândalo da gatunagem no INSS, Lula estava com os ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Sidônio Palmeira (Comunicação Social) definindo participação nos atos de 1º de Maio.

 

Encontro fortuito

Após o funeral do Papa, onde não se encontraram, os presidentes Trump e Lula podem se cruzar ainda este ano na 10ª Cúpula das Américas, da OEA, marcada para outubro, em Punta Cana, República Dominicana.

 

Responda rápido
Você compraria um carro usado de Carlos Lupi, ministro da Previdência?

 

PODER SEM PUDOR

Presidente muito doido

Eleito presidente, Jânio Quadros viajou à Europa no navio Aragon, acompanhado da mulher e da mãe. João Dantas, diretor do Diário de Notícias, do Rio, mandou o mestre Joel Silveira, seu melhor repórter, cobrir o eio que seria relatado depois no seu livro “Viagem com o Presidente Eleito” (Mauad, Rio, 1996). A bordo, Joel ficou chocado com o “tom frio, isento” do presidente meio maluco, ao apresentar a própria mãe: “E esta é D. Leonor, minha mãe. Está com câncer já adiantado, irreversível. Tem talvez mais uns poucos anos de vida.”

EDITORIAL

Prudência é aliada das incertezas

Com planejamento e racionalidade, temos todas as condições para manter o desenvolvimento do Estado e do País em uma trajetória sustentável

07/06/2025 07h15

Continue Lendo...

Ao longo desta semana, publicamos ao menos três reportagens que oferecem um panorama cauteloso – mas necessário – sobre o cenário econômico que se desenha para o segundo semestre deste ano e para 2026. As análises não apontam para uma crise iminente, tampouco sugerem um ciclo de crescimento robusto. A leitura mais honesta é que estamos diante de um período que exigirá equilíbrio, planejamento e, acima de tudo, prudência.

O principal fator de preocupação gira em torno de um possível desaquecimento do consumo, tendência que, se confirmada, terá impacto direto na arrecadação pública e no desempenho da economia, tanto em nível nacional quanto regional. Mato Grosso do Sul, que nos últimos anos apresentou avanços importantes, não está imune a essas pressões. O enfraquecimento da atividade comercial e do poder de compra das famílias tende a repercutir em toda a cadeia produtiva, exigindo respostas firmes e realistas.

Como destacamos nas reportagens desta semana, o Estado já ultraou o limite prudencial de gastos com pessoal – um alerta que não pode ser ignorado. A consequência imediata pode ser um contingenciamento orçamentário neste ano. Além disso, como mostramos na edição de hoje, a retração no consumo prevista para o segundo semestre pode prejudicar o crescimento econômico, limitando a capacidade de investimento e geração de emprego.

Em primeiro lugar, torcemos para que essas perspectivas não se confirmem. Nenhum de nós deseja que o Estado ou o País enfrente uma desaceleração que afete o bem-estar da população. Mas tão importante quanto torcer é estar preparado. E nesse sentido, a sociedade civil, os gestores públicos e o setor produtivo precisam agir de forma coordenada e responsável para mitigar eventuais efeitos negativos.

Se for necessário rever gastos e priorizar a eficiência na gestão pública, que isso seja feito com clareza, diálogo e foco em resultados. É fundamental que a resposta a um possível cenário adverso não seja simplesmente o aumento de impostos, especialmente em um momento de desaquecimento da economia, quando a população e as empresas já enfrentam dificuldades para manter seu equilíbrio financeiro.

A cautela, nesse momento, pode ser a principal aliada da estabilidade. Se todos os atores – governo, iniciativa privada e cidadãos – atuarem com responsabilidade e comprometimento, é possível atravessar o período de incerteza sem maiores sobressaltos. A prevenção sempre será menos custosa que a correção posterior de erros por negligência ou excesso de otimismo.

Dificuldades podem surgir sim, mas elas não precisam ser sinônimo de colapso. Com planejamento e racionalidade, temos todas as condições para manter o desenvolvimento do Estado e do País em uma trajetória sustentável – ainda que mais moderada. Afinal, o Brasil já enfrentou desafios maiores e os superou. O segredo está em reconhecer os sinais do presente e agir com lucidez antes que eles se tornem problemas irreversíveis.

CLÁUDIO HUMBERTO

"Facção tem que ser criminalizada, não exaltada!"

Senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), após o Psol tentar blindar funkeiros ligados ao crime

07/06/2025 07h00

Cláudio Humberto

Cláudio Humberto

Continue Lendo...

Denúncia na PGR vê conluio na interferência de Lula

Virou alvo de denúncia à Procuradoria-Geral da República (PGR) a confissão do presidente Lula (PT) de que recomendou “muita cautela” à Polícia Federal e à Controladoria Geral da União (CGU) na investigação das entidades picaretas beneficiados pelo roubo aos aposentados do INSS. Segundo o autor da denúncia, deputado Evair de Melo (PP-ES), não é papel do chefe de Estado moldar o ritmo da Justiça: “[Lula] não pratica a virtude da prudência, mas o vício do conluio”, diz.

Interferência clara

“Não é cautela, é interferência. Não é estadismo, é subversão silenciosa do Estado de Direito”, afirma a denúncia contra o presidente.

Irmão é agravante

Para Evair, a conduta representa tentativa de obstrução institucional, agravada pela ligação do irmão de Lula Frei Chico a um dos sindicatos.

Objetivo foi blindar

O objetivo seria “preservar interesses de base aliada, sindicatos e entidades que orbitam politicamente o governo”, diz a denúncia.

PGR irá ‘analisar’

A PGR deve “analisar” as acusações contra Lula, como a de desvio de finalidade, por se utilizar do cargo para influenciar as investigações.

Renúncia fiscal beneficiou hotel de Lula em Paris

Longe de ar aperto, até pelas salgadas diárias que partem dos R$2,9 mil para sustentar o alto luxo, o grupo hoteleiro Intercontinental foi favorecido em mais de R$7,8 milhões em renúncias fiscais pelo governo brasileiro. A benevolência não comoveu e nem fez a menor diferença na hora de o Intercontinental Paris cobrar a milionária fatura de Lula, Janja e enorme comitiva que recebeu na capital sa. A estada brasileira custou mais de R$1,2 milhão aos brasileiros pagadores de impostos.

Origem da benesse

Quase toda renúncia ocorreu via Perse, programa emergencial criado para socorrer o setor de eventos na pandemia do coronavírus.

Coisa de milhões

Em 2022, o Intercontinental conseguiu alívio de R$ 3,3 milhões com a alíquota do Imposto de Renda e do imposto sobre lucro líquido zerada.

Alô, Taxxad

Em 2023, o fisco foi ainda mais gentil com o grupo hoteleiro de luxo. A renúncia fiscal superou os R$4,5 milhões. Outra vez, usando o Perse.

Mandato medíocre

O PT anda tão em baixa em São Paulo que virou “projeto” convencer o deputado Guilherme Boulos (Psol) a desistir de qualquer candidatura em 2026, até pela atuação apagada na Câmara, para favorecer candidatos do PT. O pagamento seria um ministério. Qualquer um serve.

Problema baiano

Caciques baianos dão como certo que o senador Jaques Wagner (PT-BA) tentará renovar o mandato. O problema é que tem outros de olho na vaga: Rui Costa (PT) e o ainda aliado Ângelo Coronel (PSD-BA) .

Fácil imaginar

Osmar Terra (MDB-RS) lembra que a declaração do presidente do STF, Luis Roberto Barroso, de que a Corte é “órgão político” pode influenciar instâncias inferiores: “Imagine um juiz do interior dizer ‘não vou ser mais técnico, vou ser político’. Que segurança isso dá à população?”.

Silêncio na lacrolândia

Após mais uma piada de Lula contra uma mulher, o alvo da vez foi a ministra Marina Silva (Meio Ambiente), o vereador Rubinho Nunes (União-SP) estranhou, “Cadê as feministas do sovaco cabeludo?”.

Barraqueiro na fila

Deputados que apoiam Carla Zambelli (PL-SP) lembram que há mais gente na fila da cassação de mandato, até em posição menos favorável, como o barraqueiro Glauber Braga (Psol-RJ).

É o Senado

Lula garantiu Carlos Fávaro como ministro da Agricultura até 2026, quando ele deve sair do cargo para se candidatar. O petista não disse, mas Fávaro deve tentar se reeleger senador por Mato Grosso.

Mara deputada

A ex-tucana Mara Gabrilli (PSD-SP) decidiu que não tentará renovar seu mandato no Senado, em 2026. Não quer ser nem mesmo ser deputada federal: disputará mandato na Assembleia Legislativa (Alesp).

BYD bomba

Parece que os elétricos vieram para ficar: a chinesa BYD deixou a japonesa Toyota para trás: foi a quarta montadora que mais vendeu veículos leves no Brasil. As contas são da Fenabrave.

Pensando bem...

...“muita cautela” com piada não tem.

PODER SEM PUDOR

O Papa e o amigo senador

Paraibano de Pombal, Rui Carneiro era candidato a senador pelo PSD, em 1955, enfrentando a UDN. Reza a lenda da política local que após uma viagem à Europa, ele iniciou sua campanha vitoriosa contando uma história de impacto, num comício: “Paraibanos, estive em Roma com o Papa. Ele me disse: Rui, se destruírem meu trono aqui no Vaticano, sei que tenho um amigo lá na Paraíba. Vá, dê lembranças à comadre Alice e diga ao povo que estou com você.”

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).