Colunistas

CLÁUDIO HUMBERTO

"Olhar para a árvore, beleza cênica, não enche barriga"

Senador Lucas Barreto (PSD-AP), ao criticar a demora no licenciamento ambiental

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Chanceler cita opção de visto usado por tiranos

O chanceler Mauro Vieira citou ontem (28) a deputados da Comissão de Relações Exteriores uma “brecha” que obrigaria o governo dos Estados Unidos a conceder vistos de entrada a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que venham a sofrer sanções do governo de Donald Trump, incluindo anulação de vistos de entrada no país. Vieira contou lorota. Os “acordos de sede”, que citou, são usados por tiranos sob sanção dos EUA. Entram no país, discursam na ONU e vão embora.

Reservado a tiranos

Ao citar os “acordos de sede”, Mauro Vieira ofende os ministros do STF, nivelando-os a ditadores como Fidel, Chávez, Nicolás Maduro etc.

Sem poder de fala

Ministros do STF não representam o País em colegiados de organismos como ONU e OEA, por isso os “acordos de sede” são inócuos, no caso.

Adulação sem limites

Com atribuições limitadas (o chanceler de fato é Celso Amorim), Vieira faz o diabo para mostrar serviço ao regime, e mete os pés pelas mãos.  

Ninguém acreditou

Até assumiu autoria da decisão do vergonhoso asilo à ex-primeira-dama do Peru, amiga de Lula, condenada a 15 anos por roubar seu país.

PF arquiva duas investigações contra Alcolumbre 

A Polícia Federal arquivou investigação contra o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), no âmbito de duas operações contra crimes financeiros, ambas deflagradas a partir de Campinas (SP). A operação Black Flag apura desde 2021 crimes que incluem lavagem de dinheiro, envolvendo R$2,5 bilhões. Já a operação Concierge, de agosto de 2024, investiga crimes financeiros semelhantes, porém, com a participação de fintechs, da ordem de impressionantes R$7,5 bilhões.

Contra ilações

O arquivamento do caso é explicado pela necessidade de “se evitar ilações, conjecturas ou factoides persecutórios” contra Alcolumbre.

Tarjas pretas

O documento que requer o arquivamento circula com tarjas pretas sobre dados que identificariam a unidade da PF e o delegado que o assina.

SP, 26 de maio

Escapam das tarjas pretas, além do texto, o local (São Paulo) e a data de do requerimento: esta segunda, 26 de maio.

Só no sapatinho

Lula chegou ontem em Salgueiro com mais um par de sapatos de luxo, desta vez Zegna, R$7.500 o par, enquanto discursava para os pobres que mantêm pobres e aposentados que seu INSS ajudou a roubar.

Vai que é tua, Gonet

É ingenuidade ou má fé atribuir a deputado exilado a manipulação de decisões de alto nível do governo dos EUA. Como em todos os países, o Departamento de Estado é municiado por suas embaixadas. A PGR poderia fazer um experimento: investigar o embaixador dos EUA.

Palma da mão

José Dirceu afirmou com segurança que Jair Bolsonaro “será preso em outubro” pelo Supremo Tribunal Federal. Ele deixa claro conhecer bem a corte que o descondenou, após se enrolar no mensalão e no petrolão.

Ideia de quem

Lula ainda vai querer faturar algum caso indique uma mulher ao TSE. Acontece que os nomes foram enviados pelo STF, que montou uma das duas listas apenas candidatas femininas para o posto.

É inconstitucional

Avançou no Senado a proposta que proíbe celebridades fazendo propaganda de bets. Apesar de ser considerado eticamente defensável, o projeto deve cair por inconstitucionalidade, por discriminar pessoas.

Apertem os cintos...

Para o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro, o anúncio do aumento do IOF foi “lamentável” e o governo Lula vai levar para casa nova crise. “Bateu desespero na equipe econômica. O piloto sumiu”, diz.

Tico e Teco trapalhões

Nos corredores do Planalto e pelas costas dos ministros, já chamam a dupla Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda) de Tico e Teco, pelas recorrentes trapalhadas que fazem na economia.

Só piora

Com parte do PT tramando vê-lo pelas costas, o ministro Fernando Haddad se movimenta para ser visto com a “elite da esquerda”. Armou ida a evento do Prerrogativas, turma de advogados pró-Lula e PT.

Pensando bem…

…em briga de autoridade, a plateia aplaude.

PODER SEM PUDOR

Vivo revelador

O senador Ernandes Amorim (RO) sempre se queixava da perseguição da imprensa contra os parlamentares. No final do ano 2000, em discurso, ele avisou que a TV Senado impedia os jornalistas escrevam o que querem: “Antes falavam mal e a população não tinha como saber a verdade.” A colega Heloísa Helena (Psol-AL) observou, sorrindo: “Bobagem, os senadores continuam mal falados, só que a TV agora mostra tudo ao vivo!”.

ARTIGOS

INSS, fator previdenciário e aposentados

05/06/2025 07h45

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Pior que os descontos em folha dos aposentados é a Lei do Fator Previdenciário, aprovada em 1999 pelo Congresso Nacional – logo após a reforma da Previdência aprovada em 1998 – e que já provocou um rombo de 65% no valor dos benefícios de quem já estava aposentado, não respeitando nem sequer os direitos adquiridos. Resultado disso: empobrecimento e mortes causadas por depressão.

Quem já estava aposentado pelo teto da época – que era de 10 salários mínimos, hoje cerca de R$ 15 mil – não percebe mais que R$ 4 mil. As dificuldades, ano após ano, com as perdas salariais, os levaram à pobreza. 

Já não conseguiam pagar o IPVA do velho carro, muito menos o IPTU da casa adquirida ao longo da vida laboral. Foram forçados a se desfazer dos bens que possuíam, ando a morar de aluguel em pequenas casas da periferia ou a se submeter à condição de aceitar abrigo em casas de parentes ou amigos.

Contudo, é de nosso conhecimento que se encontra dormindo na gaveta da Câmara dos Deputados o Projeto de Lei (PL) nº 4.434/2008 – vejam bem, de 2008 – sem que tenha sido colocado para discussão no plenário da Casa. Note-se que esse PL já foi aprovado pelo Senado.

A Lei do Fator Previdenciário fere frontalmente os princípios dos direitos humanos, sendo um verdadeiro massacre, e o Estado brasileiro – que deveria proteger seus idosos – com essa legislação perversa acabou deixando-os na vala da miséria. E sem exageros, praticou-se um verdadeiro holocausto contra aqueles que trabalharam e contribuíram regiamente para os cofres da Previdência, na esperança de terem uma velhice digna.

Porém, ao contrário, quem ainda sobrevive sofre a humilhação de morar por favor em casas de parentes ou instituições de caridade.

Suas Excelências continuam fazendo cara de paisagem, agora com discursos inflamados por conta de mais um escândalo de desvios de dinheiro do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos seus miseráveis aposentados, mas sabem agir com rapidez quando o assunto é de interesse corporativo.

É bom ressaltar que os aposentados atingidos pela Lei do Fator Previdenciário somam cerca de 12 milhões e, apesar de idosos, ainda fazem questão de votar. A “lei do retorno” é infalível, senhores. Cumpram com seus deveres, sejam humanos e reparem esse mal que envergonha o nosso país: o desprezo pelos idosos.

ARTIGOS

O desafio da erradicação da pobreza extrema

05/06/2025 07h30

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Não se ite mais que o enfrentamento à extrema pobreza seja feito com a antiga e insuficiente fórmula da transferência de renda isolada. Essa se assemelha mais a mero assistencialismo que uma política séria de Estado para a erradicação da extrema pobreza.

Há a necessidade de associar a transferência de renda a políticas de Estado que visem estruturar o desenvolvimento social dos indivíduos que compõe a unidade familiar, a qual se deseja dar mobilidade no tecido social.

Ou seja, se eu quero que uma família alcance um outro patamar de qualidade de vida, no sentido mais amplo (renda, educação, o à saúde e a emprego, etc.), preciso dar meios para que isso aconteça e também medir os indicadores que possam impedir ou dificultar o resultado, interferindo de maneira a estimulá-lo.

Um modelo assertivo e já testado de enfrentamento à extrema pobreza é a focalização. Tal modelo traz como premissa focalizar iniciativas e recursos econômicos na camada da população que se deseja dar mobilidade.

Em outras palavras, em vez de se dar um pouco a cada cidadão em uma faixa de renda mais extensa, a proposta é diminuir a faixa de renda e colocar toda a energia e o recurso para o enfrentamento dos inúmeros problemas que os cidadãos daquela faixa enfrentam, até que adquiram mobilidade social, mudando de estamento e podendo andar com as próprias pernas, sem a necessidade do amparo de programas sociais.

Os programas devem ser instrumentos de agem, e não de permanência do cidadão. O antigo Progressa, programa social mexicano depois nominado Prospera, baseado na transferência condicionada de recursos, bem como o programa social chileno La Puente, gerou estudos de vários países e foi a inspiração do que ora se propõe e se pratica no estado de Mato Grosso do Sul com a atual gestão.

Os resultados dos modelos citados foram tão claros ao ponto de a Organização dos Estados Americanos (OEA), da qual o Brasil faz parte, fomentar o Puente in the Caribbean Program como iniciativa de cooperação horizontal que busca estratégias para a proteção social da população vulnerável dos países do Caribe.

A focalização fundamentada em indicadores, agregada à busca ativa por parte do estado de Mato Grosso do Sul, que foi possível pelo pujante desenvolvimento econômico, bem como o monitoramento da qualidade dos gastos no setor social, produziu de maneira rápida a redução de 25% da extrema pobreza em dois anos de gestão. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), reduzimos o porcentual total das pessoas em extrema pobreza de 2,7 % da população sul-mato-grossense para 2%.

Por meio da busca ativa, encontramos no início da nossa gestão em torno de 40 mil famílias em extrema pobreza, as quais não eram assistidas por nenhum programa social, seja de âmbito federal, seja estadual. Na atualidade, ainda existem aproximadamente 17.500 famílias que em breve receberão o e estrutural e financeiro do Estado, caminhando assim para a real erradicação da extrema pobreza em Mato Grosso do Sul.

O Estado trabalha com programas estruturantes como o Mais Social, que visa a segurança alimentar e que tem duas modalidades: a transferência de renda condicionada de R$ 450 mensais e a distribuição de 20 mil cestas alimentares, mensalmente, para os indígenas em ambiente rural, com o encaminhamento dos cidadãos para a qualificação e vagas de emprego.

Por sua vez, o Supera MS subsidia o estudo universitário e técnico com a transferência condicionada de um salário mínimo por estudante. Já o Cuidar de Quem Cuida estrutura os lares e transfere R$ 900 mensais para familiares cuidadores de pessoas com deficiência níveis dois e três. Ainda, o Energia Zero quita a conta de energia das pessoas que vivem com meio salário mínimo de renda per capta e dois salários mínimos de renda familiar.

Também há o Recomeços, que mobília a residência das mulheres vítimas de violência desacolhidas da Casa Abrigo, monitora e paga um salário mínimo mensal para que refaçam suas vidas. E o Programa de Apoio a Mãe Trabalhadora Chefe de Família, que garante a aquisição de vagas privadas na Educação Infantil para as mães que não encontram vagas na rede pública, além da transferência de renda àquelas que retornem ao ensino regular por meio da modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A densa experiência de Mato Grosso do Sul nesse campo é didática e vale a pena ser visitada como uma equação que vem transformando a função do Estado – de provedor para colaborador do empoderamento e do crescimento humano do cidadão vulnerável. Por exemplo, no Mais Social, aproximadamente 50% dos beneficiários superaram o limite de renda e se desligaram do programa.

É hora de colocar, finalmente, no centro do debate, a questão da qualidade do gasto público. Aqui, mais uma vez, o que interessa não é discutir mais apenas quanto, mas como e para quê. Assim, Mato Grosso do Sul não está deixando ninguém para trás!

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