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Deputados federais do PSDB do Estado devem se transferir para o Republicanos

Após a fusão do partido com o Podemos, os parlamentares já estudam bater asas do ninho tucano para nova morada política

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Os três deputados federais do PSDB de Mato Grosso do Sul estariam de malas prontas para trocar o tradicional partido pelo Republicanos, de olho na reeleição para a Câmara dos Deputados nas eleições gerais do próximo ano.

Conforme apuração do Correio do Estado, os parlamentares Beto Pereira, Dagoberto Nogueira e Geraldo Resende entendem que a fusão do PSDB com o Podemos não resolve o problema de falta de força política no pleito de 2026.

Por isso, em conversa com os dois principais caciques do ninho tucano de Mato Grosso do Sul, o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Reinaldo Azambuja, eles teriam informado a estratégica política dos três para lutar pela reeleição no próximo ano.

A reportagem obteve a informação de que Beto, Dagoberto e Geraldo entendem que, como Riedel deve ir para o PP, da senadora Tereza Cristina, e Azambuja para o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, a melhor alternativo para o trio seria o Republicanos, pois sabem que não há espaço na primeira legenda e que a segunda não representa o viés políticos dos três.

O Correio do Estado ficou sabendo ainda que o presidente nacional do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), já teria, inclusive, feito o convite para que o trio tucano bata asas do atual ninho e faça morada na nova legenda, que está em vias de oficializar uma federação com o MDB, do deputado federal Baleia Rossi (SP).

Ainda segundo a apuração da reportagem, o deputado federal Beto Pereira seria o novo presidente estadual do Republicanos em Mato Grosso do Sul e receberia todo o apoio do partido para buscar a reeleição, assim como os seus dois colegas do PSDB no Estado.

Caso as trocas sejam confirmadas, o ninho tucano teria a maior revoada desde a criação da legenda em Mato Grosso do Sul, porém, suas principais lideranças, incluindo o trio de deputados federais, estariam no comando ou fazendo parte das cabeças das maiores siglas do Estado: a federação União Progressista (União Brasil e PP), o PL e a provável federação Republicanos e MDB.

REPERCUSSÃO

O Correio do Estado entrou em contato com os três deputados federais do PSDB, e o trio não descartou a possibilidade de deixar o ninho tucano para ingressar nos quadros políticos do Republicanos.

O deputado federal Beto Pereira disse à reportagem que as chances são grandes de tal troca partidária acontecer.

“É uma possibilidade muito grande de sair do PSDB e me filiar ao Republicanos. Sobre assumir a presidência do partido em Mato Grosso do Sul, trata-se de um detalhe”, declarou.

Já o deputado federal Dagoberto Nogueira foi mais comedido quanto a uma possível troca do PSDB pelo Republicanos.

“Estou aguardando uma decisão do governador Eduardo Riedel e do presidente estadual do PSDB, o ex-governador Reinaldo Azambuja”, revelou.

No entanto, ele não descartou tal fato.

“Não vou negar que sim. Ou seja, o Republicanos é uma das alternativas caso eu realmente resolva sair do PSDB”, argumentou.

Para o deputado federal Geraldo Resende, sair do PSDB para se filiar ao Republicanos não é impossível.

“Pode ser, nada é impossível na política. O Republicanos não deixa de ser uma excelente alternativa”, finalizou.

CONVENÇÃO NACIONAL

O diretório nacional do PSDB convocou sua convenção nacional para esta quinta-feira e deve decidir sobre a incorporação ou a fusão com o Podemos, que já está praticamente definida, mas um dos assuntos que tem sido debatido pelos filiados é a manutenção dos símbolos da sigla, como o famoso tucano.

A parceria dos dois partidos tem uma função importante de fortalecer as legendas, e o objetivo é que as características de cada um sejam mantidas, pois há diversas propostas para que um não se sobreponha ao outro, como manter o número do Podemos com o logo do PSDB. 

Para a direção nacional, manter o tucano como símbolo será importante, pois, desde a fundação do partido é utilizado e muitos consideram fundamental mantê-lo para que o PSDB não perca suas características e nem corra o risco de acabar com a possível fusão ou incorporação. 

O Podemos chegou a registrar aumento de representantes eleitos, enquanto o PSDB segue vendo seus números baixarem. No Senado, por exemplo, o Podemos tinha, no início de 2024, sete representantes, enquanto o PSDB tinha apenas dois. 

Já em 2023 os números eram cinco contra três. Mas, no começo deste ano, houve encolhimento do Podemos para apenas quatro representantes e os tucanos seguiram com três. Já na Câmara dos Deputados, o Podemos tem nesta legislatura 15 cadeiras e o PSDB, 13.

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Manifestação

Deputado Glauber Braga vem a Campo Grande para ato contra sua cassação

A "Caravana Glauber Fica", é parte das manifestações que ocorrem em todo o Brasil em prol da manutenção do mandato do psolista

04/06/2025 16h30

Deputado federal Glauber Braga

Deputado federal Glauber Braga Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) estará nesta quinta-feira (5) em Campo Grande, para participar de um ato contra a cassação de seu mandato.

A “Caravana Glauber Fica”, é parte das manifestações que ocorrem em todo o Brasil em prol da manutenção do mandato do psolista, levado ao Conselho de Ética da Câmara, acusado de agredir com socos e chutes, Gabriel Costenaro, integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), em abril de 2024. 

Na ocasião, o deputado alegou se defender de ofensas proferidas contra ele e sua mãe. 

Sua cassação foi aprovada por 13 votos a 5, em abril deste ano. O processo vai ao Plenário da Câmara, que decidirá se o deputado será cassado ou não.

Há dois meses, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) rejeitou por 44 votos a 22, o recurso do deputado contra decisão do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar favorável à cassação do seu mandato.

Neste momento, o processo será encaminhado para a Mesa Diretora da Câmara e submetido ao Plenário. São necessários os votos de pelo menos 257 deputados para que a cassação seja aprovada, em votação aberta.

Presidente da Câmara, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), firmou compromisso com Braga de só colocar o caso em votação 60 dias após a deliberação do recurso na CCJ.

Serviço

Na capital, o ato ocorre na Associação Campograndense de Professores (A), às 17h.

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8 de janeiro

Atos golpistas: STF condena 31 réus que se recusaram a fechar acordo com PGR

Para 28 réus, as penas foram fixadas em um ano de detenção, substituídas por restrições de direitos

04/06/2025 14h44

Inssureição de 8 de janeiro de 2023

Inssureição de 8 de janeiro de 2023 Arquivo

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O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou mais 31 pessoas envolvidas nos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro. Os julgamentos ocorreram em sessões virtuais do plenário da Corte entre 12 e 30 de maio. Para 28 réus, as penas foram fixadas em um ano de detenção, substituídas por restrições de direitos. Para os três restantes, a pena foi de dois anos e cinco meses de detenção.

Em todas as ações penais, prevaleceu o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, que entendeu que os réus integravam um grupo com a intenção de derrubar o governo democraticamente eleito em 2022. Ele destacou que, conforme apontado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), tratou-se de um crime de autoria coletiva, no qual todos contribuíram para o resultado por meio de ação conjunta.

As defesas alegaram, entre outros pontos, que os atos não teriam eficácia para concretizar um golpe de Estado e que os acusados apenas pretendiam participar de uma manifestação pacífica. Também negaram a existência de crimes de autoria coletiva.

Contudo, segundo o relator, a PGR demonstrou que os materiais divulgados nas redes sociais “deixam claro que a intenção era impedir o exercício dos Poderes e a tomada de poder”. A acusação sustentou que o grupo agia de forma organizada, com tarefas definidas, sendo incumbido de permanecer no acampamento golpista para incentivar outras pessoas à prática de crimes.

Além disso, cabia ao grupo incitar a animosidade entre as Forças Armadas e os Poderes republicanos, o que configuraria os crimes de associação criminosa e incitação ao crime.

Recusa ao acordo que evitaria a condenação

Segundo o STF, embora os 31 sentenciados tenham cometido crimes de menor gravidade, eles rejeitaram o Acordo de Não Persecução Penal (ANPP), proposto pela PGR, que evitaria o prosseguimento da ação penal.

Além da pena de um ano de detenção, substituída por restrições de direitos, eles deverão pagar multa de dez salários mínimos por incitação ao crime, por terem incentivado as Forças Armadas a tomarem o poder sob a alegação de fraude eleitoral.

Alguns réus receberam penas maiores - dois anos e cinco meses, em regime inicial semiaberto - por descumprirem medidas cautelares previamente impostas, como comparecimento em juízo e uso de tornozeleira eletrônica.

Todos os condenados deverão pagar uma indenização no valor de R$ 5 milhões, a ser dividida com os outros condenados pelos mesmos delitos.

Mesmo com a substituição da pena de detenção, os envolvidos deixarão de ser réus primários quando não houver mais possibilidade de recursos e a decisão transitar em julgado. O ministro Alexandre de Moraes ressaltou que mais de 500 pessoas em situação semelhante optaram por confessar os crimes e firmar um acordo.

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