Política

JULGAMENTO

TRE-MS livra Adriane Lopes e vice de cassação

Maioria dos julgadores entendeu que acusadores não conseguiram provar participação de Adriane no ato de compra de votos durante as eleições

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O Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) livrou a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP) e sua vice, Camila Nascimento de Oliveira (Avante) do pedido de cassação de seu diploma feito pelos partidos PDT e Democracia Cristã. 

Pela maioria de 5 a 2, os juízes e desembargadores do TRE-MS não atenderam o pedido que poderia imediatamente, tirar prefeita e vice do mandato por suposta compra de votos durante o processo eleitoral. 

Votaram para manter o mandato de Adriane Lopes o juiz de carreira, Alexandre Antunes da Silva, relator do caso, que havia aberto a votação na semana ada, o juiz eleitoral indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS), Márcio de Ávila de Martins Filho; o desembargador Sérgio Martins; o juiz Carlos Alberto Almeida; e o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Carlos Eduardo Contar. 

Divergiram do relator os juízes Vitor Luis de Oliveira Guibo e o juiz também indicado pela OAB, Fernando Nardon Nielsen. 

Basicamente, todos os julgadores reconheceram as provas que apontavam a compra de voto. As divergências se deram sob a tese se Adriane Lopes e sua vice tinham ou não conhecimento de que seus assessores e cabos eleitorais estavam pagando pelos votos para beneficiá-la.

“Entendo que a anuência das recorrentes (Adriane e Camila) tem de ser de forma inequívoca”, argumentou Carlos Eduardo Contar. Quando ele votou, o julgamento já estava com o placar de 4 a 2, favorável a atual prefeita. 

Cabe recurso da decisão ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Fundamentações

Nas fundamentações dos votos, o juiz Márcio de Ávila de Martins Filho, que votou contra a cassação, disse que quanto a alegação de compra de votos, ele não vislumbrou elementos probatórios da participação das então candidatasm nem que elas tivessem ciência dos fatos.

"Não restou provado que os transgressores ocupam cargo de primeiro escalão, assim como não restou comprovado que havia livre o deles as candidatas ou provas que demonstram que conviviam com as candidatas", disse o juiz.

"Não se pode afirmar com convicção que há o preenchimento dos requisitos e não se pode ter certeza da anuência das candidatas, o que faz deste um indispensável ponto, se não há prova contundente e havendo dúvida, deve permanecer o entendimento que melhor preserve a vontade do eleitor", acrescentou, acompanhando o voto do relator.

Na sequência, o desembargador Sérgio Fernandes Martins também acompanhou o relator, negando o recurso.

Em sua manifestação, ele salientou que para verificar se as candidatas praticaram crimes ou tinham ciência que crimes estavam sendo sendo praticados, é imprescindível que haja provas contundentes, o que não ocorreu no caso analisado.

Segundo o desembargador, de 14 testemunhas ouvidas, cinco citaram quve houve captação ilítica de sufrágio.

"Não há nenhum indício de provas de que [Adriane e a vice] tenham cometido o ilícito ou de que tinham conhecimento de que terceiros o faziam em seu nome. Entendo que cinco afirmam que houve captação ilítica de sufrágio, mas não havendo caracterização da participação direta das candidatas, ainda que se fale em participação indireta, não há prova de ciencia inequivoca", afirmou o magistrado em seu voto.

O juiz Vitor Luis de Oliveira Guibo divergiu e votou a favor da cassação, considerando que, em seu juízo, as provas demonstraram a ocorrência da compra de votos, citando o comprovante de um pix feito a uma das testemunhas.

"Essa prova documental corrobora as provas ditas, mas a testemunha apresentou depoimentos que tem densidade probatória, o pix foi transferido por servidora do gabinete da prefeita, que demonstra ligação da prefeita com esses fatos", disse.

O juiz Carlos Alberto Almeida foi sucinto ao votar.

"Não se consegue observar indubitalvemente o preenchimento dos requisitos [para a cassação], em especial a participação ou anuência das candidatas na compra de votos, sigo o voto do relator na integralidade", votou.

O juiz Fernando Nardon Nielsen foi o segundo que votou pela cassação dos mandatos, também citando as transferências pix, onde os comprovantes apontam que a transferência foi feita por uma servidora municipal.

"A origem dos valores vinculada a servidores do gabinete da então prefeita e candidata a reeleição, corrobora a tese de responsabilidade indireta das recorridas. Não há nos autos qualquer elementos objetivo que contrarie essa versão", considerou.

O desembargador Carlos Eduardo Contar também citou que para se determinar o esquema de compra de votos, deve existir provas inequivocas e incontroversas de requisitos, entre eles a ciência ou anuência do candidato beneficiado no ato.

"As provas produzidas na presente ação de investigação judicial eleitoral, no tocante a captação ilícita de sufrágio, não são suficientes ao édito condenatório, justamente por não demonstrar a participação, anuência ou mesmo ciência das candidatas beneficiadas", disse o desembargador.

Prospecção

Com Riedel "de malas prontas", deputado diz que PSDB se apequenou

Presidente municipal dos tucanos em Campo Grande, deputado Beto Pereira alega que incorporação ao Podemos será positiva

06/06/2025 17h49

Beto Pereira, deputado federal

Beto Pereira, deputado federal Agencia Câmara

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Presidente municipal do PSDB em Campo Grande, o deputado federal Beto Pereira argumentou que a incorporação do partido ao Podemos representa um importante ponto de partida para a reconstrução dos tucanos, visto que, segundo ele, o partido diminuiu com o tempo.

Com Riedel de "malas prontas", a sigla aprovou a fusão com o Podemos nesta quinta-feira (5) para não ser atingido pela cláusula de desempenho. A mudança ou com 201 votos a favor e 2 contra.

De acordo com Beto, o partido atualmente enfrenta desafios para garantir sua relevância nos debates políticos nacionais. “Estamos no PSDB fragilizados e isso se deve ao nosso apequenamento nas discussões a nível nacional", afirmou.Em análise, o deputado destacou que enquanto o partido se apequenava, outros grupos se  fortaleciam.

"Vemos o PL com 100 deputados e uma federação entre União e PP que também possui mais de 100 representantes. O PSDB, por outro lado, precisa se reerguer", disse.

O deputado ressaltou a importância de que essa nova configuração não seja apenas uma solução temporária e enfatizou que a união com o Podemos deverá trazer resultados concretos para a recuperação do partido, longe de ser meramente uma mudança de nome.

Beto mencionou a urgência de discutir estratégias que proporcionem ao PSDB uma nova posição no cenário político brasileiro. "Precisamos de um modelo que ofereça uma verdadeira sobrevida ao partido, que não seja apenas paliativo", disse, apontando para a necessidade de um fortalecimento consistente.

A perspectiva de que a incorporação ao Podemos, juntamente com uma possível federação com os Republicanos, possa criar uma unidade efetiva, tendo como pré-candidato a presidência o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

"Essa unidade deve garantir nossa participação efetiva nos principais debates que afetam a sociedade", concluiu o deputado.

De malas prontas

Último governador do PSDB no Brasil, Eduardo Riedel, está de malas prontas para deixar o partido a qualquer momento, agora que foi aprovada, na 17ª convenção nacional da legenda, realizada ontem, em Brasília (DF), a continuidade dos trâmites para a incorporação ao Podemos, formando assim um partido que representará as duas siglas.

A informação foi obtida ontem pelo Correio do Estado, durante a convenção nacional, com o ex-presidente nacional do PSDB e ex-governador de Minas Gerais, deputado federal Aécio Neves (MG), que explicou que será um grande equívoco essa decisão de Riedel de deixar o ninho tucano por uma outra legenda.

Apesar disso, o parlamentar federal mineiro destacou que ficar ou sair de um partido é uma decisão muito pessoal. “Eu acho um equívoco [a saída de Riedel], como achei um equívoco o que os governadores Eduardo Leite [RS] e Raquel Lyra [PE] fizeram, ao trocar o PSDB pelo PSD. Eles não saíram para um projeto”, lamentou.

Ele completou que é meio nostálgico nesse sentido. “Se você tem seus sonhos, você tem que ter uma coisa não palpável, que te move, que sabe que te movimenta”, afirmou.

O ex-governador mineiro ressaltou ainda que Riedel “é um quadro altamente extraordinário, sendo um governador moderno e, com os resultados econômicos apresentados por Mato Grosso do Sul na sua gestão, talvez seja um dos melhores do Brasil”.

Saiba

Esta é a 1ª etapa de um processo que ainda levará alguns meses até a homologação pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O Podemos ainda precisa aprovar oficialmente a fusão em convenção. partidária.

Colaborou Daniel Pedra

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POLÍTICA

Câmara Municipal de Campo Grande destaca atuação da nova legislatura

Sob a presidência do vereador Epaminondas Neto, o Papy, a Câmara vive um momento de integração

06/06/2025 14h00

Câmara Municipal de Campo Grande destaca atuação da nova legislatura

Câmara Municipal de Campo Grande destaca atuação da nova legislatura FOTO: Divulgação

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Nesta sexta-feira (06), a Câmara Municipal de Campo Grande, divulgou um balanço dos primeiros seis meses da nova legislatura, destacando pluralidade política, experiência e renovação para enfrentar os desafios da cidade com responsabilidade.

A nova legislatura é composta por vereadores de diferentes vertentes ideológicas, e ainda sim, a Casa de Leis tem mantido o foco no bem comum, valorizando o diálogo e o respeito às diferenças. A convivência democrática, mesmo em meio a debates acalorados, fortalece a atuação parlamentar e garante decisões mais representativas.

Eleito como presidente da Câmara no início do ano, o vereador Epaminondas Neto, o Papy, afirmou que a Casa de Leis vive um momento de integração, no qual parlamentares experientes e novatos atuam lado a lado, somando forças em torno de ações concretas. "Um exemplo disso é o programa Pronto Pro Trabalho, que oferta 10 mil vagas de capacitação profissional gratuitas em parceria com o Senai-Fiems. O projeto é resultado direto da união entre diferentes mandatos e comprova que, quando há sintonia institucional, o discurso se transforma em prática", afirmou.

Durante toda esta semana, dezenas de pessoas de diferentes bairros participaram de cursos de panificação e confeitaria em carreta instalada no estacionamento da Casa de Leis. A ideia, agora, é levar esse e outras opções de cursos para todas as regiões da cidade.

“Essa parceria busca contribuir para reduzir o apagão de mão de obra. Muitas pessoas têm vontade de trabalhar, mas não estão aptas por falta de qualificação e acabam perdendo a vaga de emprego. Aí acabam no subemprego ou buscando a assistência social”, afirmou o presidente Papy, salientando a importância do Projeto Pronto Pro Trabalho. Cada vereador poderá indicar locais onde as pessoas vão participar dessas qualificações nos bairros. “É uma ferramenta para os 29 vereadores poderem contribuir com emprego e renda”, disse.

CÂMARA UNIDA

A pluralidade da Câmara, longe de ser um entrave, tem sido uma alavanca para avanços. “Tem gente de todo lado político dentro da Câmara. E isso é bom. Quando há respeito, há avanço”, resume o presidente Papy. Essa convivência entre diferentes ideias garante que mais vozes sejam ouvidas e que as decisões reflitam de forma fiel a diversidade da população campo-grandense. “Temos vereadores de direita, esquerda e de centro. Somos formados pela ideologia, mas nossa principal função na Câmara é o atendimento às pessoas e todos convergidos neste mesmo lugar e objetivo”, afirmou o presidente Papy, durante entrevista ao Povo na TV nesta sexta-feira, dia 6.

Outro ponto que marca a atual legislatura é o compromisso com a transparência. A instalação da I do Transporte Público, com todos os atos transmitidos e registrados, reforça que a Câmara entende que transparência é dever, não favor. O objetivo é ouvir a população, investigar com seriedade e propor soluções que melhorem um serviço essencial para milhares de pessoas que dependem diariamente dos ônibus na Capital.

O presidente Papy lembrou que a composição da I também mostra como parlamentares de diferentes partidos, de ideologias opostas, podem atuar pelo objetivo de melhorar a vida da população. A I  tem como integrantes os vereadores Dr Lívio (União Brasil), Ana Portela (PL), Júnior Coringa (MDB), Luiza Ribeiro (PT) e Maicon Nogueira (PP). Ele destacou a importância dessa investigação que, em outras legislaturas, não tinha sido aberta. “A I está indo no caminho do resultado, para melhorar a vida de quem pega ônibus. A I está debruçada nisso. Temos propostas para melhorar a qualidade, com ônibus novos, para melhorar a fiscalização pela prefeitura com algumas regras em legislações e também para criar normas para o Consórcio em relação à qualidade do serviço que oferece às pessoas”, disse.

Além das pautas locais, a Câmara também tem trabalhado de forma integrada com a bancada federal, que vai destinar R$ 112 milhões em investimentos para a mobilidade urbana de Campo Grande. O recurso será aplicado na construção de dois viadutos importantes: um na Via Park com a avenida Mato Grosso, e outro na Gury Marques com a Interlagos, próximo à Coca Cola. São obras que vão desafogar o trânsito e melhorar a qualidade de vida de quem circula pela cidade.

A atuação da Câmara Municipal de Campo Grande tem mostrado que é possível superar diferenças e trabalhar com maturidade política, responsabilidade e foco no cidadão. Com união e compromisso, o Legislativo municipal tem cumprido seu papel e deixado uma marca positiva nesta nova legislatura.

“A Câmara está presente, transparente, sempre perto da população”, destacou o presidente na entrevista. Ele convida a população a acompanhar o trabalho na Câmara, no site, nas redes sociais e também nas transmissões ao vivo das sessões ordinárias e Audiências Públicas na TV Câmara, no canal 7.3 e no Youtube da Casa de Leis.

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