Em abril deste ano, a Renault iniciou a pré-venda nacional do Kwid E-Tech, o veículo mais ível da gama elétrica da marca sa. Importado da China, o modelo começou a ser entregue agora – 750 unidades já foram comercializadas e mais 800 chegarão até o final do ano. Oferecido por R$ 146.990, o subcompacto entrou na briga dos elétricos mais baratos (ou “menos caros”) do país, batendo o JAC E-JSI, que custa R$ 159.900 e também vem da China. Contudo, pouco tempo depois, ambos foram superados pelo Caoa Chery iCar, igualmente de origem chinesa e oferecido por R$ 144.990. O Kwid E-Tech compõe o “time elétrico” da Renault do Brasil junto com o Zoe E-Tech, o Kangoo E-Tech e o Twizy. E a família crescerá. No segundo trimestre de 2023, a van Master E-Tech chegará ao país – a pré-venda começa ainda este ano. Outras novidades agendadas para o ano que vem são as versões E-Tech do hatch médio Mègane e da multivan Kangoo. E a Renault ainda planeja iniciar, provavelmente até o final de 2023, a produção de veículos híbridos flex em sua fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná.
Apesar de ter um preço competitivo em relação aos concorrentes conterrâneos, o Kwid E-Tech custa expressivos R$ 75 mil a mais que o Kwid com motor flex mais bem equipado – a versão Outsider aparece no site da Renault por R$ 71.990. O Kwid E-Tech também estará disponível no Renault on Demand, solução de veículos por da fabricante. No plano padrão de 48 meses com mil quilômetros por mês, a mensalidade do Kwid E-Tech é de R$ 3.339, e o plano inclui revisões preventivas, proteção contra roubo, furto, incêndio e terceiros e assistência vinte e quatro horas.
O Kwid E-Tech tem motor com 48 kW de potência (equivalente a 65 cavalos) e 11,5 kgfm de torque. Segundo a Renault, o elétrico acelera de zero aos 50 km/h em 4,1 segundos, de zero a 100 km/h em 8,2 segundos, pode chegar a 130 km/h e tem autonomia de 298 quilômetros conforme a norma do Inmetro. O baixo peso do modelo, apenas 977 quilos, colabora não apenas na autonomia quanto na redução do custo por quilômetro rodado. Conforme a Renault, o custo aproximado de um quilômetro rodado pelo Kwid elétrico é equivalente a um sétimo do que é despendido por um veículo térmico equivalente. A bateria do modelo da Renault tem 26,8 kWh de capacidade e, de acordo com a fabricante, pode ser recarregada em uma tomada comum de 220V em uma noite na garagem ou em 40 minutos em um carregador de corrente contínua, garantindo 80% de capacidade da bateria. O Kwid E-Tech tem três anos de garantia, oito anos para a bateria e está isento do rodízio da cidade de São Paulo.
Como é comum nos carros elétricos, a frenagem regenerativa no Kwid E-Tech recupera energia a cada vez que o motorista deixa de exercer pressão sobre o pedal do acelerador ou quando freia. O modo de condução “Eco” aumenta a autonomia da bateria. Esse modo torna a frenagem regenerativa mais atuante, limita a potência em 33 kW e a velocidade máxima em 100 km/h. O veículo é recarregado por um conector localizado atrás da grade frontal. Enquanto o Kwid E-Tech está carregando, o de bordo exibe o indicador de recarga e mostra a autonomia disponível em quilômetros. Carregadores WEG e Schneider podem ser adquiridos nas concessionárias ou por pelo Renault on Demand. O subcompacto elétrico da Renault traz ainda o sistema AVAS (Acoustic Vehicle Alert System), que emite um sinal sonoro de alerta aos pedestres até o veículo atingir 30 km/h, velocidade comum em áreas urbanas. De acordo com a Renault, a versão elétrica cobra metade da correlata do Kwid a combustão quando se trada de custo de manutenção.
Em termos de design, o Kwid que pode ser carregado em tomadas repete o visual já conhecido da versão flex, com discretas diferenças. A configuração elétrica tem um capô vincado, um grande para-choque dianteiro e um conjunto óptico separado com luzes de circulação diurna (DRL) em leds que se prolongam até a grade. Como todos os modelos “verdes” da marca, a grade frontal do Kwid E-Tech é inteiriça, para abrigar o conector de recarga. As rodas são de quatro parafusos em vez de três, para ar melhor o torque instantâneo. Na traseira, o para-choque tem protetor (“skid plate”) pintado na cor prata e refletores integrados. O lado “ecologicamente amigável” é explicitado nas faixas laterais e na tampa traseira com a inscrição “E-Tech Electric”. O porta-malas carrega os mesmos 290 litros da versão térmica e o banco traseiro também pode ser rebatido, ampliando para 1.100 litros. O veículo está disponível nas cores Branco Glacier Polar (do modelo avaliado), Prata Diamond e Verde Noronha e vem com itens de segurança como seis airbags, controle eletrônico de estabilidade (ESP), freios ABS com BAS (Braking Assist System), assistente de partida em rampa (HSA), câmera de ré, sensor de estacionamento traseiro e direção elétrica com assistência variável. O multimídia Media Evolution é de série.
Ficha Técnica
Renault Kwid E-Tech 2023
Motor: elétrico de 48 kW, síncrono de imãs permanentes com redutor integrado. Baterias de íon-lítio. Tração dianteira
Potência: 65 cavalos
Torque: 11,5 kgfm
Transmissão: automática de uma marcha à frente e uma a ré
Carroceria: hatch subcompacto de quatro lugares e quatro portas
Suspensão: dianteira Maherson com amortecedores hidráulicos telescópicos e molas helicoidais. Traseira com eixo rígido com molas helicoidais
Direção: elétrica
Roda e Pneus: 175/70 R14
Freios: disco ventilado na dianteira e tambor na traseira
Peso: 977 kg
Dimensão: 3,68 metros de comprimento, 1,58 metro de largura, 1,48 metro de altura e 2,42 metros de distância de entre-eixos
Porta-malas: 290 litros
Preço: R$ 146.990