Lá vem ela
Ao completar 70 anos de atividades no Brasil, a Volkswagen confirma a chegada ao país da versão contemporânea de seu primeiro modelo montado em solo nacional, em 1957. Agora em forma elétrica e chamada por um nome pouco atrativo – finalmente desembarcará no mercado brasileiro. A “Velha Senhora” da marca alemã virá inicialmente em um lote de 70 unidades – comemorativo às sete décadas da Volkswagen no Brasil –, dez anos depois de ser tirada de produção no país e 18 meses após o ID.Buzz ser apresentado globalmente. O ID.Buzz é equipado com uma bateria de 77 kWh, que fornece corrente para um motor de 204 cavalos de potência, acoplado ao eixo traseiro. A potência de carga, utilizando corrente alternada (AC), é de 11 kW. Com uma tomada CCS, em estação de carga rápida de corrente contínua (DC), a potência de carga aumenta para 170 kW. Carregada dessa maneira, o nível da bateria sobe de 5% para 80% em cerca de 30 minutos. “Após 56 anos de histórias e emoções a bordo da Kombi, os brasileiros poderão reviver a liberdade, independência e emoção da ‘Velha Senhora’, agora com zero emissões e totalmente sustentável. A Kombi Elétrica é a união de forças das nossas estratégias de crescimento e descarbonização, com os lemas ‘Acelera VW’ e ‘Way To Zero’”, comemorou Alexander Seitz, presidente do Conselho de istração da Volkswagen América Latina.
Novo SUV “verde”
O SUV 100% elétrico ID.4 foi lançado oficialmente no Brasil na comemoração dos 70 anos da Volkswagen no país. Já homologado para o mercado brasileiro, o ID.4 será disponibilizado em versão única, a Pro. Assim como as unidades que já estavam em testes no Brasil, o conjunto elétrico montado no eixo traseiro de 150 kW segue oferecendo 204 cavalos de potência e 31,6 kgfm de torque. A bateria de 77 kW oferece sistema de recarga rápida e é capaz de completar até 80% da carga em cerca de 40 minutos, considerando um carregador DC (150 kW). A bateria, assim como o motor, estão montados no assoalho do carro, permitindo um melhor aproveitamento da cabine. Na parte externa, os faróis e as lanternas têm tecnologia IQ.Light Matrix, acompanhados por rodas de 21 polegadas Narvik, conectadas ao Controle Adaptativo de Suspensão (DCC), para adaptação do modo de condução e terreno. Nas laterais, o emblema com nomenclatura “Pro” confirma a versão do modelo. O ID.4 poderá ser configurado em duas opções de cores: Azul Dusk e Cinza Moonstone, ambas com teto na cor Preto Piano. O preço do novo elétrico não foi confirmado.

Bahia em festa
O complexo industrial da Ford em Camaçari (BA), que encerrou suas atividades no início de 2021, será comprado pela chinesa BYD. Em um investimento de R$ 3 bilhões, um dos primeiros modelos da marca chinesa cotado para ser fabricado em solo nacional é o SUV híbrido plug-in Song Plus, mas a perspectiva é a de produzir na Bahia o primeiro automóvel 100% elétrico “made in Brazil”. Havia uma informação de que as cidades de Feira de Santana e Salvador tentaram convencer a BYD de que seria melhor construir uma fábrica totalmente nova ao invés de comprar as instalações desativadas da Ford. Porém, os chineses optaram por investir em Camaçari. O porto anexo ao complexo construído para escoamento da produção da Ford pesou na escolha da cidade. Depois do recente lançamento do hatch elétrico compacto Dolphin EV, trazido da China pelo preço de R$ 149.800, a marca chinesa está alastrando sua estrutura pelo Brasil. Já foram inauguradas 24 concessionárias no país, com a previsão de fechar este ano com cem lojas. A fabricante chinesa anunciou também que importará para o Brasil o seu elétrico mais barato na China, o subcompacto Seagull. Apresentado globalmente em abril, o carro elétrico já é sucesso de vendas na China e deve desembarcar aqui no próximo ano.

Montana RS?
Entre suas versões especiais, a sigla RS é usada pela Chevrolet para agregar acabamentos exclusivos de design esportivo. Atualmente, no Brasil, a RS está estampada no Onix, no Tracker, no Cruze e no Equinox. Mas a marca norte-americana promete que durante o Festival Interlagos para carros, previsto para 20 a 23 de julho, anunciará um novo integrante de seu portfólio com a sigla “RS”. “A novidade estreará em julho e se destacará ainda por ser inédita globalmente”, aguça Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da General Motors América do Sul. No entanto, uma análise mais criteriosa da foto revelada pela fabricante dá sinais de que o modelo a ser “premiado” com a variante esportiva pode ser a Montana. A picape ou da condição de compacta para intermediária este ano, quando foi finalmente apresentada, totalmente reestilizada e com a grade frontal quase idêntica à da imagem divulgada pela montadora, carregando o “RS” vermelho com bordas brancas no seu lado esquerdo.
Para voar baixo
A Toyota Gazzo Racing, divisão esportiva da marca japonesa, anunciou a chegada do GR Corolla ao Brasil. Com preço de R$ 416.990, o hatch é o primeiro veículo com apelo 100% esportivo que a Toyota traz ao país em mais de 65 anos de história por aqui. O GR Corolla foi totalmente concebido a partir das competições e conta com uma versão reforçada do motor 1.6 turbo intercooler de três cilindros, já encontrado no GR Yaris, resultando em uma potência de 304 cavalos e torque de 37,7 kgfm, acoplado ao câmbio manual de 6 marchas, enquanto o sistema integral GR-Four garante tração nas quatro rodas em qualquer tipo de terreno. De acordo com a GR, o interior do carro é totalmente focado no motorista. O modelo não contempla apoio central de braço para o condutor justamente para viabilizar mais espaço em casos de manobras mais agressivas. O de instrumentos tem novo display que melhora a visibilidade do motorista durante a direção esportiva e contém informações sobre pressão do turbo, indicador de posição de marcha e tacômetro. A central multimídia tem tela de 7 polegadas e espelhamento para Android Auto e Apple CarPlay.

Ainda na liderança
Pelo segundo mês seguido, o GWM Haval H6 – nas suas três versões, H6 HEV, H6 PHEV e H6 GT, importadas da China – foi o híbrido mais vendido no Brasil. Em junho, foram emplacadas 969 unidades da linha, representando 15,3% de participação de mercado entre os veículos eletrificados no país. Com esse volume, o H6 ficou à frente dos Toyota Corolla Cross (890 unidades) e Corolla sedã (626), do Caoa Chery Tiggo 5X (525) e do Volvo XC60 (392), todos em suas configurações híbridas. Posicionada como uma companhia global, a empresa chinesa investirá nos próximos dez anos mais de R$ 10 bilhões na sua operação no Brasil – incluindo a compra da fábrica em Iracemápolis (SP) que pertencia à Mercedes-Benz – para colocar no mercado SUVs e picapes eletrificados e conectados. Maior empresa automotiva chinesa de capital 100% privado, a GWM é a quarta maior fabricante de picapes médias do planeta.

A segurança dos veteranos
O seguro para veículos com mais de dez anos segue o mesmo padrão dos carros novos, pois as principais coberturas são contra roubo e furto, assistência vinte e quatro horas e guincho. Assim como ocorre com carros zero-quilômetro e seminovos, o valor do seguro para um veículo mais antigo depende de questões como o modelo, o ano e o perfil do motorista. Porém, não são todas as seguradoras que oferecem esse tipo de serviço, pois o carro antigo tem mais riscos de sofrer sinistro, está mais propenso a problemas técnicos e têm uma manutenção mais cara. “O mercado de seguro para automóvel está maior e mais diversificado. Isso permite que o condutor tenha não só mais opções para escolher mas também uma variedade nos benefícios oferecidos por cada seguradora”, afirma Márcia Camacho, diretora de Operações da Minuto Seguros. A executiva esclarece ainda que há uma diferença entre seguros para carros nacionais e estrangeiros. Os nacionais de até dez anos são aceitos sem problemas pelas seguradoras. De dez a 20 anos, há aceitação por algumas seguradoras, enquanto que, para os de mais de 20 anos, existe apenas o seguro contra roubo e furto ou os acidentes causados a terceiros. “Já para os importados, os que têm até cinco anos são aceitos. De cinco a dez anos, há aceitação de algumas seguradoras e, para os acima de dez anos, normalmente o serviço cobre contra roubo e furto ou em acidentes provocados por terceiros”, completa Márcia.