Cidades

Agora é lei

Campanha "Quebrando o Silêncio" é incluída oficialmente no calendário de eventos de MS

A ação é uma iniciativa da Igreja Adventista do Sétimo Dia e está presente em toda a América do Sul

Continue lendo...

A Campanha Quebrando o Silêncio, campanha de prevenção à violência doméstica, ao abuso infantil e à violência contra a mulher, agora faz parte do Calendário Oficial de Eventos do Estado de Mato Grosso do Sul. A inclusão foi oficializada pela Lei Estadual nº 6.418, sancionada no dia 3 de junho de 2025. A data será celebrada anualmente no quarto sábado do mês de agosto.

O Quebrando o Silêncio é uma campanha que existe desde 2002 e é promovida pela Igreja Adventista do Sétimo Dia, abrangendo toda a América do Sul. Através dela, são realizadas ações educativas em escolas, comunidades, instituições públicas e igrejas, estimulando a denúncia em casos de violências, além de promover a conscientização da sociedade e, ainda, apoio às vítimas.

Para Neusa Almeida, líder da campanha em Mato Grosso do Sul, o reconhecimento oficial amplia as possibilidades de atuação no estado.

“Esse reconhecimento amplia o alcance da campanha e valoriza o trabalho silencioso, mas consistente, de milhares de voluntários em todo o estado. É uma vitória para a sociedade, especialmente para quem sofre em silêncio”, afirma.

A cada ano, a campanha é direcionada a um tema em destaque. Em 2025, as ações serão direcionadas aos riscos no ambiente virtual enfrentado por crianças, adolescentes e mulheres no ambiente virtual, com o tema “Violência Digital: quando o perigo vem da tela”. O objetivo é discutir os impactos de crimes como cyberbullying, exposição indevida de imagens, chantagem emocional e assédio online.

Com a inclusão no calendário oficial, a iniciativa garante o à campanha para mais pessoas de outros municípios aquém da Capital, fortalecendo ações conjuntas de prevenção e acolhimento.

A campanha

O Quebrando o Silêncio é um programa educativo promovido todos os anos pela Igreja Adventista do Sétimo Dia voltado à prevenção ao abuso e à violência doméstica. Integra uma iniciativa global chamada “End it Now” - “Acabe Com Isso Agora”. 

Além das mulheres, crianças, idosos e pessoas com deficiências também enfrentam riscos maiores de abuso e exploração, o que leva a campanha a incluí-los nas iniciativas de prevenção e conscientização. 

O projeto é realizado ao longo de todo o ano, mas tem como marco o quarto sábado do mês de agosto, onde ocorrem fóruns, palestras educativas e preventivas e distribuição de materiais informativos para crianças, adolescentes e adultos em toda a América do Sul.

Números

O serviço de denúncias Disque 100, do Ministério dos Direitos Humanos, registrou no período de janeiro a maio 1.577 relatos de violência contra crianças e adolescentes em Mato Grosso do Sul. Esse número representa 34% das denúncias feitas pelo canal no Estado no ano.

Entre as denuncias mencionadas no disque 100, 135 se tratava de casos de abuso e violência sexual contra crianças e adolescentes. 

Segundo o Dossiê Feminino do Ministério Público de Mato Grosso do Sul, de janeiro a dezembro de 2024, foram registrados 27 feminicídios e 82 tentativas no Estado. De janeiro a maio de 2025, o dossiê aponta o registro de 14 feminicídios consumados e 20 tentativas

Segundo aponta o Atlas da Violência, elaborado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2023 foram registrados 1.173 casos de violência contra idosos em Mato Grosso do Sul, enquanto no ano anterior foram 687, um aumento de 70,74%. Dessa forma, em média, um idoso é agredido a cada 8 horas em MS. 

Isso indica que o número de violência contra pessoas idosas aumentou mais de 70% no período de um ano em Mato Grosso do Sul, que se mantém como o estado com a maior taxa de violência cometida contra essa população no País. 
 

ACIDENTE

Motorista fica preso às ferragens em acidente entre carretas no interior do Estado

Colisão ocorreu próximo à entrada do Assentamento Montana e mobilizou o Corpo de Bombeiros e a PRF

07/06/2025 11h30

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas

Motorista fica preso as ferragens em acidente entre carretas FOTO: Tiago Apolinário/Da Hora Bataguassu

Continue Lendo...

Na última quinta-feira (5), um acidente envolvendo duas carretas no km 45 da BR-267, em Bataguassu – distante a 335 quilômetros de Campo Grande, deixou um motorista presa às ferragens.

De acordo com as informações, a carreta que transportava peças industriais seguia no sentido Bataguassu quando, ao ar por uma curva, uma das peças atingiu uma carreta carregada com couro que vinha no sentido contrário.

Conforme relatos das testemunhas, um caminhão de menor porte que seguia à frente da carreta com peças tentou ar o assentamento, cruzando a rodovia. Nesse momento, o motorista da carreta com couro tentou ar entre os dois veículos, o que resultou na colisão.

Com o impacto da batida, a carreta com couro saiu da pista e parou em meio à vegetação e o motorista ficou preso às ferragens e precisou ser resgatado por uma equipe do Corpo de Bombeiros.

A carga de couro ficou espalhada pela pista.

Durante os trabalhos de resgate, a Polícia Rodoviária Federal esteve no local, para os procedimentos de praxe e o trânsito fluiu em meia pista, durante os trabalhos de resgate.

O condutor da carreta que transportava as peças, um homem de 45 anos, não se feriu.

Assine o Correio do Estado.

negócio bilionário

Sheiks do petróleo estão de olho em mais três usinas de cana em MS

O fundo de investimentos Mubadala, de Abu Dhabi, já controla três e agora está negociando a compra das usinas da Raízen, em Rio Brilhante e Caarapó

07/06/2025 11h30

Usina da Raízen de Caarapó, na qual existe promessa para geração de etanol de segunda geração, estaria no pacote de venda

Usina da Raízen de Caarapó, na qual existe promessa para geração de etanol de segunda geração, estaria no pacote de venda

Continue Lendo...

Empresa estatal controlada pelos sheiks do petróleo de Abu Dhabi, a Mubadala Capital está negociando a aquisição de mais três usinas de açúcar e etanol em Mato Grosso do Sul, estado onde o bilionário fundo de investimentos árabe já tem três unidades.

Desta vez, segundo publicação do jornal O Globo de sexta-feira (6), o alvo das negociações, que estariam bastante adiantadas, seriam as usinas Rio Brilhante e atempo, ambas no município de Rio Brilhante. Desde 2021 elas pertencem à Raízen, do Grupo Cosan, que está tentando se desfazer das indústrias e dos cerca de 150 mil hectares de plantações de cana.

A publicação carioca não cita a unidade  da Raízen de Caarapó, também comprada em 2021 do grupo francês Louis Dreyfus Company (LDC). Mas, ela também estaria no pacote de negociação entre a Atvos, controlada pelo Mubadala, e a Raízen. 

Para a usina de Caarapó a Raízen chegou a anunciar, ainda em 2023, investimento de R$ 1,3 bilhão para produção de etanol de segunda geração, produzido a partir do bagaço da cana. Mas, apesar daquele anúncio, a venda pode ocorrer antes da concretização deste investimento. 

Em Mato Grosso do Sul, os sheiks do petróleo, por meio da Atvos, já controlam as usinas Santa Luzia, em Nova alvorada do Sul; a Eldorado, no município de Rio Brilhante; e da usina de Costa Rica, no município com o mesmo nome.

A publicação do jornal carioca se baseia em informações da agência de notícias Bloomberg, que teria tido o a três fontes envolvidas na negociação bilionária. Ainda de acordo com a Bloomberg, o Itaú BBA estaria conduzindo as negociações em nome da Raízen, controlada pelo bilionário Rubens Ometto. 

Caso o negócio seja concretizado, os sheiks do petróleo ariam a controlar seis das 19 usinas de etanol e açúcar de Mato Grosso do Sul, onde 916 mil hectares estão ocupados com cana-de-açúcar na safra que está em andamento em 2025. 

A previsão é de que em Mato Grosso do Sul sejam produzidas 50,5 milhões de toneladas de cana nesta safra, que começou em abril. Todas as plantas geram eletricidade, somando 2 milhões de MWh de abril a dezembro. Doze delas injetam o excedente para a rede nacional de energia elétrica. 

DINHEIRO DO PETRÓLEO

Os árabes entraram no setor sucroenergético de Mato Grosso do Sul há pouco mais de dois anos. No começo de 2023 o fundo de investimentos Mubadala Capital anunciou investimentos da ordem de R$ 3 bilhões ao longo de três anos nas três usinas do grupo Atvos em Mato Grosso do Sul. 

Por conta destes aportes, em setembro daquele ano as usinas, que pertenciam ao grupo Odebrecht, conseguiram superar o estágio de recuperação judicial em que se encontravam desde 2019.  

Ao final do investimento de R$ 3 bilhões no Estado, eles prometiam aumentar a capacidade de produção de cana em mais de três milhões de toneladas nas três unidades no Estado, onde estão empregadas em torno de quatro mil pessoas. 

A Santa Luzia, por exemplo, havia fechado a safra anterior com quatro milhões de toneladas, mas tem capacidade para até 5,5 milhões. A Eldorado, por sua vez, processou R$ 3,1 milhões de toneladas, mas seu potencial é para até R$ 4,1 milhões de toneladas. Em Costa Rica, a capacidade é de cerca de 4 milhões de toneladas por ano. 

NEGÓCIO LUCRATIVO

E o interesse dos árabes por mais três usinas possivelmente tem relação direta com o lucro das unidades que já têm em Mato Grosso do Sul. Depois do aporte financeiro, duas das três usinas da Atvos no Estado recuperaram suas finanças, aumentaram a produção de cana e fecharam a safra do ano ado com lucro líquido superior a meio bilhão de reais.

Juntas, as usinas Santa Luzia e Eldorado, respectivamente instaladas em Nova Alvorada do Sul e em Rio Brilhante, anunciaram superávit 348% superior ao ano anterior, fechando com lucro de R$ 520 milhões, ante R$ 116 milhões no período ado. 

A usina Eldorado, instalada a cerca de 80 quilômetros da zona urbana de Rio Brilhante, havia fechado a safra anterior com prejuízo de R$ 13,4 milhões. No ciclo seguinte, encerrado em março do ano ado, contabilizou lucro líquido de R$ 269 milhões. 

O dinheiro do petróleo para produzir combustível renovável foi destinado principalmente ao aumento na produção de cana. Na usina Eldorado, o ano terminou com produção de 4 milhões de toneladas, o que é 29% a mais que as 3,1 milhões de toneladas da safra anterior. . 

O lucro da usina de Nova Alvorada do Sul teve crescimento menor que a de Rio Brilhante, ando de R$ 129 milhões para R$ 251milhões.

NÚMEROS

Em Mato Grosso do Sul, a cana-de-açúcar está presente em 48 municípios. Mas, quase um terço (32%) da área plantada está justamente nos três municípios onde os árabes estão presentes e onde pretendem comprar mais duas usinas (Rio Brilhante, Nova Alvorada do Sul e Costa Rica).


 

NEWSLETTER

Fique sempre bem informado com as notícias mais importantes do MS, do Brasil e do mundo.

Fique Ligado

Para evitar que a nossa resposta seja recebida como SPAM, adicione endereço de

e-mail [email protected] na lista de remetentes confiáveis do seu e-mail (whitelist).