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Polícia apreende mais um helicóptero na rota de "Don Corleone"

Piloto pousou próximo a Naviraí após escapar de uma aborgagem no Paraná. Este foi o oitavo helicóptero descoberto na região em três anos

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Mais um helicóptero foi apreendido no fim de semana no sul do Estado, região que nos últimos três anos se notabilizou pelo uso deste tipo de aeronave para o transporte de cocaína. A suspeita principal é de que seja mais uma aeronave ligada à quadrilha ligada a Antônio Joaquim da Mota, conhecido como "Don Corleone".

Incialmente o piloto fugiu de uma tentativa de abordagem no lado paranaense, em Querência do Norte, e acabou pousando em uma fazenda a cerca de 15 quilômetros da cidade de Naviraí, onde o helicóptero acabou sendo encontrado.

Em menos de três anos, este é o oitavo helicóptero apreendido ou que se envolve em acidentes na mesma região, próximo à fronteira com o Paraguai. Na maior parte deles ficou comprovado o envolvimento com o transporte de cocaína, mas em outras ocorrências também foram encontradas evidências de envolvimento com o ilícito. 

Neste caso mais recente, nenhum entorpecente foi encontrado, mas o fato de o piloto ter escapado da abordagem policial no lado paranaense e depois ter abandonado a aeronave na área rural do lado de Mato Grosso do Sul indica que os ocupantes estavam escondendo algo dos investigadores.

O helicóptero foi localizado por integrantes da Polícia Rodoviária Federal, que fizeram sobrevoos pela região depois da fuga em Querência do Norte, município que fica na divisa com Mato Grosso do Sul. A aeronave estava sem combustível e a suspeita é de que tenha pousado naquele local por não ter conseguido chegar até o Paraguai.

Depois da localização, a aeronave foi apreendida com ajuda da Polícia Militar e levada à delegacia da Polícia Federal em Naviraí. Conforme a PM da cidade, a investigação para tentar descobrir quem era o piloto e o proprietário está a cargo da PF. Esta, por sua vez, informou que não poderia rear informações sobre o caso. 

HISTÓRICO

No começo de agosto, dois ocupantes de um helicóptero foram resgatados com vida depois de um acidente em meio às várzeas do Parque do Ivinhema. Com eles foram encontrados R$ 32 mil reais e em seu depoimento disseram que estavam a caminho de uma oficina em Fátima do Sul.

Eles acabaram sendo liberados e depois a investigação apontou que faziam voo clandestino e que pelo menos um deles já tinha sido detido por envolvimento com o megatraficante Antônio Joaquim da Mota, conhecido como Motinha, ou Don Corleone, que foi alvo de duas grandes operações da Polícia Federal em maio e junho deste ano e que é conhecido por utilizar helicópteros para transportar cocaína do Paraguai ao Brasil.

A série de acidentes envolvendo helicópteros na região sul do Estado começou em 11 de setembro de 2020, quando uma aeronave foi encontrada incendiada em uma fazenda em Iguatemi. Os investigadores chegaram à conclusão de que os ocupantes colocaram fogo na aeronave depois de fazerem o pouso de emergência. Nenhum ferido foi localizado e os proprietários nunca comunicaram o incidente às autoridades.

Depois disso, em 16 de abril de 2021, um helicóptero fez um pouso forçado no assentamento Itamaraty, em Ponta Porã, depois de bater na fiação da rede de energia de alta tensão. Antes de a polícia chegar, o piloto formatou o celular e destruiu o GPS do helicóptero para impedir que os investigadores encontrassem pistas sobre a origem e os proprietários da aeronave. 

Depois disso, no dia 3 de junho de 2021, policiais da região de Nova Andradina e Batayporã apreenderam 250 quilos de cocaína que eram transportados num helicóptero que fez um pouso próximo ao Rio Paraná, já na divisa com o estado de São Paulo. Quatro pessoas foram presas em flagrante por envolvimento com o narcotráfico. 

Meses depois, no dia 20 de outubro, um helicóptero que transportava 246 quilos de cocaína caiu e pegou fogo em uma lavoura em Ponta Porã, a cerca de 35 quilômetros da linha de fronteira com o Paraguai. Os dois ocupantes morreram. 

Na semana seguinte, no dia 27, outro helicóptero fez um pouso forçado no município de Batayporã. Ele foi destruído pelo fogo e a investigação apontou que o incêndio foi criminoso para dificultar o trabalho da polícia. 

Por último, já neste ano, no dia 9 de fevereiro, dois ocupantes de um helicóptero morreram do lado paraguaio da fronteira, no departamento de Concepcion. As vítimas eram um brasileiro e um paraguaio. 

A suspeita é de que a fatalidade tenha ocorrido porque o piloto estava muito baixo e acabou atingindo a rede de energia. E, de acordo com a polícia, a baixa altitude é uma das características de atuação dos narcotraficantes. 

O piloto e o helicóptero era brasileiros e os familiares da vítima não souberam informar com exatidão qual o tipo de trabalho ele fazia na região de fronteira entre Brasil e Paraguai.

MOTINHA

Em nenhuma das oito ocorrências elencadas acima os investigadores informaram os nomes dos proprietários destas aeronaves, que podem ter custo da ordem R$ 5 milhões. Porém, em operações da PF no dia 30 de junho e 11 de maio deste ano, a instituição informou que a quadrilha comandada pelo sul-mato-grossense Antônio Joaquim da Mota, o Motinha, é especializada no uso de helicópteros para o transporte de cocaína

Informou, ainda, que em menos de três anos apreendeu 13 aeronaves pertencentes ao grupo.  Motinha conseguiu fugir de dois cercos policiais montados em maio e junho. Em ambas utilizou helicóptero. 
 

POLÍCIA

Delegado esclarece feminicídio de mulher carbonizada no Pantanal de MS

Lourenço Xavier teria jogado combustível de roçadeira em Eliane Guanes pelas costas, perseguindo a vítima até conseguir incendiá-la

08/06/2025 10h24

Segundo o delegado, funcionária teve seu corpo incendiado por quem seria seu colega de trabalho

Segundo o delegado, funcionária teve seu corpo incendiado por quem seria seu colega de trabalho "em razão de desavenças que existiam entre eles".  Reprodução/Divulgação

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Morta após ser carbonizada no Pantanal de MS por Lourenço Xavier, de 54 anos, o feminicídio de Eliane Guanes, de 59 anos, foi explicado na manhã deste domingo pelo delegado Jean Castro, da 1ª Delegacia de Polícia de Corumbá. 

Longe aproximadamente 357 quilômetros de Campo Grande, como bem acompanhou o Correio do Estado, o caso aconteceu em uma fazenda na região de Nhecolândia, no Pantanal de Corumbá, com a morte de Eliane confirmada por volta de 23h30 de sexta-feira (09). 

Conforme reado hoje (08), pela Polícia Civil à imprensa, o delegado confirmou a dinâmica dos eventos que levaram à morte de 15ª mulher vítima de feminicídio em 2025 no Mato Grosso do Sul. 

Por volta de 14h, segundo o delegado, a funcionária teve seu corpo incendiado por quem seria seu colega de trabalho "em razão de desavenças que existiam entre eles". 

Com auxílio do Batalhão de Operações Especiais (BOPE), a Polícia Civil foi até o local do crime para o devido exame pericial e ouvir algumas testemunhas. 

"Uma delas relatou que a vítima estava sentada, [Xavier] chegou por trás e jogou combustível sobre ela. A vítima teria saído correndo e ela saiu perseguindo", conta o delegado Jean Castro.

Ainda conforme o delegado, a testemunha confessou que até tentou segurar o criminoso antes que perseguisse a vítima, tentando agarrá-lo pelo cinto, sendo que Xavier se desvencilhou e acabou alcançando Eliane. 

Ateando fogo na vítima, Lourenço Xavier, que tem agens por furto, porte legal de arma de fogo e também por violência doméstica, foi preso e seguirá à disposição da Justiça. 

A vítima chegou a ser encaminhada até a Santa Casa, em Campo Grande, porém não resistiu aos ferimentos causados pelas queimaduras. 

Feminicídios de 2025

Com a confirmação da morte de Eliane, esta foi a 15ª vítima de feminicídio no ano em Mato Grosso do Sul, sendo que pela ordem cronológica, o primeiro caso de 2025 foi o de Karina Corin, de 29 anos, nos primeiros dias de fevereiro, baleada na cabeça pelo ex-companheiro, Renan Dantas Valenzuela, de 31 anos. 

Já o segundo feminicídio deste ano no Estado foi a morte de Vanessa Ricarte, esfaqueada aos 42 anos, por Caio Nascimento, criminoso com agens por roubo, tentativa de suicídio, ameaça, além de outros casos de violência doméstica contra a mãe, irmã e outras namoradas.

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PREVISÃO DO TEMPO

Domingo de chuva em parte do Estado 'abre as portas' do frio no Mato Grosso do Sul

Mês de junho traz a chegada do inverno e há regiões no Estado com possibilidade de geada na estação que se aproxima

08/06/2025 08h54

Com pancadas isoladas neste domingo (08) até a noite em regiões isoladas da Capital, para o campo-grandense a segunda-feira (09) também deve amanhecer debaixo de chuva

Com pancadas isoladas neste domingo (08) até a noite em regiões isoladas da Capital, para o campo-grandense a segunda-feira (09) também deve amanhecer debaixo de chuva Gerson Oliveira/Correio do Estado

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Com a previsão do tempo apontando para um domingo (08) de nuvens carregadas e pontos com um volume de chuva forte, que podem bater 80 quilômetros por hora em regiões como o centro-sul do Estado, o sul-mato-grossense pode preparar o casaco pois o frio deve aparecer com o início da semana. 

Com a chegada do mês de junho, até o fim do mês, conforme análise da chegada do inverno pelo Climatempo, Mato Grosso do Sul está entre as regiões que devem sentir fortes ondas de frio, com o centro-sul do Estado sendo suscetível à geadas. 

Porém, antes da chegada do frio, de fato, o sul-mato-grossense já deve experimentar essas características de tempo menos "convidativas", como a queda da temperatura e pancadas de chuvas isoladas como as que caem neste domingo (08) até a noite em regiões isoladas de Campo Grande. 

Para o campo-grandense a segunda-feira (09) também deve amanhecer debaixo de pancadas de chuva e trovoadas isoladas, que deve ser ageira e dar lugar ao sol claro já no período da tarde na Capital e clima mais estável durante a semana, com os termômetros não ando da casa dos 27 . 

Domingo de chuva

Semelhante à Capital, o domingo (08) deve ser de chuva em boa parte do Estado, como em Três Lagoas no extremo leste de MS, que apesar da manhã mais estável deve observar pancadas de chuva isoladas até o período da noite, conforme dados do Instituto Nacional de Meteorologia. 

Já no extremo sul do Estado, a chuva não deve dar trégua em Iguatemi, que aparece com as maiores possibilidades de chuva neste domingo (08) em Mato Grosso do Sul e trovoadas que devem se estender durante toda a noite no município. 

Mais ao sudoeste em Mato Grosso do Sul, Porto Murtinho, por exemplo, é outro município que pode ar o domingo debaixo de pancadas de chuva isoladas, menos intensas que no sul do Estado, porém, com uma manhã de segunda-feira (09) mais chuvosa que as demais cidades. 

Já Corumbá, apesar da grande concentração de nuvens sobre a Cidade Branca não há previsão de chuva para este domingo (08), entretanto os termômetros devem cair no município com chance da temperatura bater 12ºC na segunda-feira (09)

Com exceção do clima mais frio, o extremo norte de Mato Grosso do Sul deve registrar um domingo e início de semana mais estável, sem possibilidade de chuva apesar do grande acúmulo de nuvens como o que aparece em Coxim. 

Inverno

O inverno começa no dia 21 de junho. Ainda não há prognóstico de como será a estação neste ano.

Historicamente, o inverno, que  compreende os meses de junho, julho, agosto e parte de setembro, costuma ser marcado pelo tempo seco e estiagem.

É também a estação com o menor volume de chuvas no ano, com pancadas irregulares e mal distribuídas.

Durante o período, costuma haver oscilação, com dias de calor e outros de frio. Frentes frias ocorrem, geralmente, durante os primeiros 30 dias de inverno.

A partir de agosto, o frio costuma ficar menos frequente, com temperaturas entre amenas e elevadas, além de períodos de estiagem, com longos períodos sem precipitações.

Outra característica da estação é que o primeiro dia do inverno é o mais curto do ano, com a noite mais longa, com duração de 14 horas.

 

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