Com o final da temporada europeia 24/25 na maioria dos países, mais um campo-grandense se destacou e ergueu a taça de campeão, desta vez no Campeonato Russo
Trata-se de Diego Costa, de 25 anos, titular absoluto da zaga do Krasnodar, que, neste último sábado (24), confirmou o título inédito da competição, com 67 pontos conquistados, um a mais que o segundo colocado Zenit, dos brasileiros Luiz Henrique, Douglas Santos e Nino.
Avaliado em sete milhões de euros (R$ 45 milhões, na cotação atual), o defensor esteve em campo 28 vezes nesta temporada pela liga nacional, sendo todas entre os 11 iniciais. Segundo o aplicativo Sofascore, especializado em estatísticas do mundo esportivo, Diego liderou a competição em cortes por jogo, com média de 7.3, e foi o quarto em bolas longas certas por partida, com 4.6.
Esses dados lhe ajudaram a ser o quinto zagueiro com mais nota durante a competição, com 7.28. Ao lado do zagueiro brasileiro Vítor Tomena e dos laterais Lucas Olaza e Sergei Petrov, a defesa do Krasnodar foi a terceira menos vazada da competição, com 23 gols sofridos em 30 partidas, estatística que o ajudaram a ser a equipe com menos derrotas.
Agora, pelas atuações nesta temporada, Diego Costa deve receber propostas de ligas mais competitivas no cenário europeu. Segundo apuração do portal Bola Vip, o zagueiro atraiu olhares de clubes alemães e ingleses e pode sair nesta janela de transferências do meio do ano. Caso seja vendido, o São Paulo tem direito a 15% do valor da transferência, por ter sido o clube formador do atleta, assim como garante as regras de mercado da FIFA.
Rússia banida: entenda
Em outros anos, o campeão russo garantia vaga na próxima edição da UEFA Champions League. Porém, desde 2022, por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia, os times do país estão banidos de competições internacionais organizadas pela entidade. Com isso, Diego Costa e seus colegas não jogarão o torneio de clubes mais importante do planeta na temporada 25/26.
Antes do Congresso da UEFA, realizada em abril deste ano, o presidente da Associação Alemã de Futebol, Bernd Neuendorf, explicou a situação atual da Rússia no cenário esportivo. "A verdade é que a situação que levou à suspensão dos times russos não mudou. A Rússia continua a guerra contra a Ucrânia sem trégua, violando o direito internacional".
A seleção russa também está banida de competições de caráter continental, como a Eurocopa e Nations League, tanto no masculino quanto no feminino. Tanto que, a candidatura do país para tentar sediar a Eurocopa de 2028 ou 2032 foi rejeitada, já que a UEFA a considerou "não legível".
Além da entidade europeia, a Rússia também está banida pela FIFA, ou seja, está fora da Copa do Mundo até segunda ordem. O último jogo oficial da seleção russa foi em novembro de 2021, na derrota por 1 a 0 para a Croácia. Desde então, realiza partidas com nações de menor expressão, como neste ano já enfrentou Zâmbia e Granada.
Recentemente, Gianni Infantino, presidente da entidade máxima do futebol, afirmou ter esperanças que a federação russa possa retornar ao cenário esportivo internacional em breve. "À medida que as negociações pela paz continuam na Ucrânia, espero que possamos em breve dar o próximo o e trazer a Rússia de volta ao cenário do futebol mundial. Isso significaria que tudo está resolvido".
Ainda, como forma de reforçar o que aconteceu com a Rússia, Infantino lembrou o que aconteceu com a Sérvia na década de 90, quando o país foi banido de competições futebolísticas, em especial da Eurocopa de 1992, por causa de questões políticas, defendendo que "devemos sempre tentar usar o futebol para unir os países, especialmente em nosso mundo dividido".
Em 2018, anos antes das sanções, a Rússia foi o país-sede da Copa do Mundo, o que também lhe ajudou a realizar a melhor campanha de sua história na maior competição de futebol, sendo eliminada somente nas quartas de final para a Croácia, nos pênaltis, após empate emocionante por 2 a 2 nos 120 minutos regulamentares. Nas oitavas, superou a gigante Espanha, de Andrés Iniesta e Sérgio Ramos.
Trajetória: Diego Costa
Nascido no dia 21 de julgo de 1999 em Campo Grande, Diego Costa iniciou sua carreira nas categorias de base do Grêmio Prudente, de Presidente Prudente (SP), em 2011. Em 2015, foi contratado pelo São Paulo, onde ficaria por anos.
Durante sua agem na base da equipe paulistana, o zagueiro conquistou os principais campeonatos de base do país, como Paulistão sub-17, Campeonato Brasileiro sub-23, Copa do Brasil sub-20 e Supercopa do Brasil sub-20. No dia 8 dezembro de 2019, estreou no profissional da equipe, na 38ª rodada do Brasileirão, contra o CSA.
Rapidamente, com apenas 20 para 21 anos, o zagueiro conquistou espaço entre os titulares do São Paulo e foi destaque da equipe na temporada de 2020. A partir daí, se firmaria no clube, conquistando três títulos expressivos: Paulistão de 2021, Copa do Brasil de 2023 e Supercopa do Brasil de 2024. Ainda, em 2022, foi vice-campeão da Copa Sul-Americana, quando o tricolor paulista perdeu para o Independente Dell Vale, do Equador, por 2x0.
Em julho de 2024 foi vendido para o Krasnodar, da Rússia, por 7,5 milhões de euros (R$ 44,25 milhões na cotação da época). Com a camisa do São Paulo atuou em 161 jogos e marcou cinco gols. Já com a camisa da equipe russa tem 20 jogos e um gol marcado.
Atualmente, segundo o Transfermarkt, site especializado no mercado da bola, o zagueiro vale 7 milhões de euros (cerca de R$ 45 milhões na cotação atual).